✞ CAPÍTULO QUATRO ✞

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— Animada? — pergunta, Sebastian enquanto escreve algumas coisas na prancheta de cor parda que ficava presa à cabeceira da cama

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— Animada? — pergunta, Sebastian enquanto escreve algumas coisas na prancheta de cor parda que ficava presa à cabeceira da cama.

— Para o quê exatamente? — questionei, no mesmo instante.

— Amanhã você irá receber alta médica... — avisou, com um sorriso murcho.

— Sério? — ele responde com um sinal de positivo com o polegar — Finalmente, não aguento mais ficar deitada aqui e não vejo a hora de tirar isso do meu corpo!

A última parte falei me referindo aos diversos curativos espalhados por meu corpo. Principalmente a faixa envolta do tórax, me apertava como um espartilho ao estilo vitoriano.

  — Alguém vem te buscar amanhã?

Respirei fundo — Não... Creio que não.

— Não? — ele sentou à beira da cama — Nem mãe, pai ou... Um namorado?

Neguei com a cabeça. Confesso que sentir uma pontada no peito por essa triste realidade.

— Minha família... — não conseguir terminar de falar — Enfim, eu moro com uma amiga, mas ela estava viajando quando tudo aconteceu.

— Tem o número dela? Talvez eu posso ajudar.

Fiquei animada com a ideia e me sentindo um tanto burra por não ter feito isso antes. Entretanto seria impossível contactar Kathy. Mesmo assim, escrevi o número em um papel que Sebastian me deu para esta finalidade.

— Bom, agora vou chamar uma enfermeira para te ajudar a tomar banho.

Agradeci e ele saiu. Tinha sorte de ter um médico atencioso. O jeito meigo dele me lembrava o de Ross.

FLASHBACK:


Maisie! — ouvi a voz de papai me chamar assim que entrei em casa — Pode vir aqui por favor?

Yuri Tarasov tinha um jeito próprio de pedir as coisas. Se ele falasse "Por gentileza": significava que realmente precisava de um favor. Porém, se  dissesse um "Por favor": queria dizer que aquilo era um ordem expressa!

Sabendo disso, me dirigir ao escritório, entrando no mesmo. Lá estava ele; usando um dos seus ternos chiquérrimos, sentado daquele jeito parecia um imperador.

— Sim, papai? — disse, e ele apontou para a própria bochecha.

Fui para mais perto, beijei sua mão ao pedir a benção e lhe dei um beijinho na bochecha.

— O senhor precisa de algo?

— Preciso... — começou com um timbre firme — Preciso que me diga o que estava fazendo ontem até tarde na rua.

Ergui uma sobrancelha e pensei na melhor desculpa para dar a ele. Achei que tivesse sido silenciosa, que eles estivessem dormindo ontem quando cheguei depois de passar horas em um bar com um cara que conheci em uma festa.

𝐎 𝐐𝐔𝐄 𝐅𝐎𝐑 𝐏𝐑𝐄𝐂𝐈𝐒𝐎 Där berättelser lever. Upptäck nu