Capítulo 27

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Acordei, fiz minha higiene e desci, não vi Ragnar e fui para a cozinha com Angel e Afonso.

- Bom dia. Ele já desceu? - Pergunto para a Sra. Donna.

Ainda é cedo, se Ragnar não saiu deve estar para descer.

- Bom dia, ainda não. - A Sra. Donna diz e vou arrumar o café de Angel e Afonso.

- Não vou para a empresa, seria impossível trabalhar no clima que estamos, ele ia ficar puto e não quero atrapalhar os negócios de Ragnar. Eu sei que já falei isso ontem... me desculpe, eu estou tagarela e repetitiva. - Falo pegando a ração dos bebês.

- Imagina, você sabe que sempre podemos conversar. - A Sra. Donna diz me dando um sorriso.

- Obrigada. Hoje tenho que marcar nutricionista, e também quero falar com a minha mãe. Vou omitir toda a confusão com Ragnar, não vou ficar falando dos meus problemas com ela... - Se eu falar da confusão, ela vai falar que me casei muito cedo, e enfim, não quero me desgastar, já tenho muitos problemas.

- Acho que sua mãe vai ficar feliz, ela vai ser avó de primeira viagem. - A Sra. Donna diz e assinto.

- Pois é, mas duvido que ela venha me ver. Pra ela é mais importante o amante e o pai dele... - Digo colocando comida para os bebês.

- Pense positivo, tudo vai ficar bem. - A Sra. Donna diz e concorda.

- Estão com fominha? Depois vamos para o quintal, mamãe vai ficar em casa. O estúpido do pai de vocês é um asno e agora vão ser meses de gritaria e nervoso. - Falo e coloco os potinhos de comida no chão.

Angel e Afonso começam a comer e Ragnar entra na cozinha.

Ele veste um terno preto de três peças, camisa preta e gravata preta, parece estar de luto.

- Donna me dê um café. - Ele pede meio grosso.

Fico fitando meu marido que nem olha pra minha cara.

Ragnar se abaixa, faz cafuné nos bebês e depois se levanta pegando sua xícara de café. Pego um copo d'água pra mim, e Ragnar me olha com nojo e ódio.

- A porra do contrato do casamento está na sala, leia aquela merda. Ainda essa semana quero um exame de DNA, assim já te chuto da minha casa. A guarda da Angel e do Afonso é minha. Não quero você perto deles. - Ragnar diz e sinto vontade de jogar o copo que seguro na cara dele.

- Não vou ler contrato nenhum. E também não vou colocar a vida dos nossos filhos em risco. Não vou nem fodendo deixar ninguém perfurar minha barriga. Quanto a Angel e ao Afonso, eles não vão sair de perto de mim, e eu também não vou sair dessa casa. - Falo segurando o copo com força.

- Se é assim que você quer. Hoje mesmo vou entrar com um processo contra você. - Ele diz petulante.

- Não sou advogada, mas sou bem esperta. Nenhum processo vai me obrigar a furar minha barriga. É a minha primeira gravidez e de trigêmeos, então nenhum juiz vai assinar um papel mandando eu me colocar em risco, pois todos os médicos vão afirmar que um exame de DNA agora seria um risco. Eu nunca te traí, então não tem provas de nada, pois elas são inexistentes. Coloque na sua cabeça que tudo vai continuar como está. - Digo vendo a cara de puto dele e continuo.

- Não vou trabalhar para não te atrapalhar, mas vou continuar nessa casa, eu preciso tomar cuidado com a gestação, e não posso passar nervoso. Já entendi que você vai continuar duvidando de mim, só vai cair em si quando os nossos filhos nascerem, então até lá, tudo vai ficar como está, Ragnar. Tá pra nascer o homem que vai me tirar dessa casa, então pode aquietar o seu cu. E digo mais, vai no médico e faz um ultrassom, em um minuto você vai entender que essa porra de vasectomia reverteu. - Digo e passo os olhos na mão dele, o filho da puta tá sem aliança.

Ragnar um Terror de ChefeWhere stories live. Discover now