-você não entende? - gritou. - tudo que fizemos foi por você, exclusivamente por você, para proteger você! - segurou meus braços bruscamente.

-para com isso! - me espantei quando laura empurrou meu pai para longe ficando do meu lado, como sempre. - não vamos resolver nada nessa gritaria.

-pelo menos alguém nessa família está do meu lado.

-eu não estou do seu lado. - seu olhar de julgamento se voltou para mim. - seu pai está certo, tudo que sua família fez foi para te proteger dessa mal maior, e sua atitude inconsequente pode chegar a te matar. Eu sinceramente não consigo acreditar que você tomou uma atitude dessa e ainda prendeu a sua mãe.

-não preciso de sermões agora. - meus olhos se marejaram.

-acredito que não, até porquê você já é bem grandinha para isso. - debochou. - vamos dar um jeito, vamos procurar em alguns livro para se livrar de hollow.

-e o que nós tentamos fazer todos esse ano, laura? - meu pai deu um passo ficando frente à frente com ela. - eu não vou deixar minha filha morrer porque você quer aceitar a decisão dela. Uma decisão que pode matá-la.

-em nenhum momento eu falei que aceitaria a decisão dela! - respondeu no mesmo tom. - eu só falei que irei dar um jeito, como eu sempre faço por essa família. Aliás, olha para voce, um homem que nem sequer conversou com a filha sobre o porque dela tomar uma atitude dessas. Talvez você possa ser o maior culpado dessa história!

E saiu furiosa deixando meu pai sem nenhuma palavra. Eu sempre soube que eles tinham algo, e sempre soube que meu pai era caidinho por ela. Mas, não imaginei que duraria tanto tempo, como fez agora.

Por Laura.

Depois do meu dia cansativo o meu amigo vincente pediu para eu ir até sua casa para conversamos. E assim fiz.

-você veio. - ele sorriu para mim que entrava na sua casa.

-você chamou, eu vim. - pisquei divertida. - mas acredito que minha visita não seja por causa da saudades, estou certa?

-bom, vou direto ao ponto... você disse que se hope não tivesse nascido hollow iria te querer, não é? - concordei me aproximando dele. - talvez esse seja o motivo.

Vicente abriu alguns grimório apontando para feitiços que eu não fazia a mínima ideia do que se tratava.

-não sei o que é isso... - ele me olhou um pouco tenso.

-há 7 anos atrás eu falei sobre os restos mortais de hollow ser distribuído para 4 pessoas, 4 lugares.

-eu lembro. - afirmei curiosa. - você falou isso quando botou inadu dentro dos Mikaelson.

-exatamente. Os restos mortais de hollow foi separado e entregado para os 4 anciãos mais poderoso daquele época, sendo assim, para a tribo labonair , tribo Lockwood, tribo Xavier Dumas e tribo Brixton.

-não estou entendendo onde você quer chegar com isso, Vincente.

-nas minhas pesquisas e feitiços você é descendente da tribo xavier dumas, sendo assim, você faz parte da linhagem que tentou matar inadu. Por isso ela queria que possuir.

-isso é impossível. - dei de ombros. - não sou desse país, e nem tenho ligações com esses ancestrais.

-você é de um país onde o povo é bastante miscigenada. - cruzei os braços. - lá são inúmeras povos, não existe apenas um em si.

-e por que você tá me falando isso agora?

-porque a muito tempo você queria saber qual arma poderia te matar, e com minhas pesquisas eu acabei descobrindo também.

Meu corpo começou a gelar. Um dos meus medos era saber qual arma poderia ser fatal para mim.

-a única arma que pode ter matar é a junção de todos os quatros descendente dos anciões mais poderosos, ja que eles não estão mais vivos.

-então o meu próprio sangue pode me matar?

-não apenas o seu sangue, e sim dos outros descentes dos anciões, mas também o sangue da pessoa mais poderosa que você. Juntando eles e fazendo um feitiço chega na arma que pode te destruir de vez.

-hope... - murmurei para mim mesma. - ela é o ser mais poderoso do mundo. Eu... eu preciso ir agora.

Deixei a casa dele um pouco atordoada com a descoberta. Hope poderia me matar, o seu sangue era a minha fraqueza. Andei por nola quase que em velocidade, porém, fui parada bruscamente por um encosto.

-por que toda essa pressa, querida? - ele, rafael, me parou.

-por favor, não estou com paciência agora, me deixe ir. - supliquei.

-uma evolução... uau.... não me xingou ou não me mandou embora. - por incrível que pareça, eu sorri com seu comentário. - vamos lá... me conheça. Eu sou um ótimo amigo.

-nossa... você tem amigos? Estou chocada!

Ele deu uma gargalhada gostosa e aquilo me tocou de uma maneira extremamente estranha.

-eu realmente preciso ir, nos vemos depois.

Quase que sai correndo para a mansão tentando despistar rafael. Eu tinha medo, tinha medo de criar sentimentos e me magoar. Ou magoá-lo. Não tenho estrutura emocional para relacionamentos conturbados, pois, meu coração já é quebrado o suficiente para outro alguém tentar entrar. Mas, uma pontada de felicidade me atingiu quando coloquei meus pés na sala e vi hayley sentada no sofá.

-hayley... você... você tá bem? - corri até ela abraçando seu corpo com toda minha força.

-e... eu poderei responder se você não me esmagar antes. - eu a soltei um pouco ofegante. - eu estou bem, pelo menos sai viva do coma.

-olha... eu sei que hope pegou pesado, mas não briga com ela. Você sabe, ela fez isso somente para ter a família de volta.

-e você como sempre passando a mão na cabeça dela, não é?

Sorrimos juntas e ficamos conversando por um longo tempo, até que ela resolveu ir ver como sua filha estava.

Por Klaus.

Meus olhos bateram no sofá onde ela estava sentada lendo alguma coisa que não me interessava no momento. Tentei reunir toda a minha força para criar coragem e ir falar com ela.

-oi, amor. - laura me olhou com uma calmaria que eu não via a tempos. - tá tudo bem?

-eu vou ótima. - sorriu colocando o livro de lado. - nem vou perguntar para você como está no momento.

-é... minha filha resolveu se tornar uma adolescente rebelde e fez a pior burrada de toda sua vida. - ela gargalhou com meu comentário me fazendo ficar hipnotizado.

-hope realmente faz algumas burradas... até parece ser filha de alguém que eu conheço muito bem. - me semicerrou com aquela olhares julgadores e eu baixei meu olhar fazendo uma cara de cachorro pidão. - mas, eu meio que entendo ela fazer algo desse nível. Hope sente falta de vocês, e logo agora que ela irá completar 17 anos. Talvez ela queria a presença da família na festa dela.

-mesmo assim eu tenho medo, nunca em toda minha vida eu senti tanta dor.

-bom... você se tornou um pai. - laura levantou-se do sofá.

Meus olhos se fixaram com o dela.

-eu senti sua falta.- as palavras saíram involuntariamente da minha boca. - já faz anos...

-estou aqui, não estou? - tocou meu braço. - aliás, somos amigos.

-amigos? - repeti com um pesar na voz.

-sim! O que seríamos além disso? - afastou-se de mim.

-você tá certa. - baixei o olhar. - somos amigos.

Laura sorriu e saiu da sala apressadamente, já eu fiquei naquele local digerindo todas suas palavras. Eu não deveria me sentir assim, ela ficou para trás e eu segui em frente. Como ela deve ter seguido com outra pessoa. Mas pensar nessa hipótese faz uma dor enorme atingir meu peito, porquê eu não a quero com outro alguém, apenas, comigo.

*votem.

Amar você é um jogo perdido.. *laura Rodrigues [ Klaus mikaelson] Where stories live. Discover now