Capítulo 7

904 96 12
                                    

 Vocês pedem, eu trago. Dois capítulos de Minha Millie essa semana. ♥

Bryan

– Anda logo, levanta dessa cama – Sou acordado com minha querida mãe me sacudindo.

– São cinco horas da manhã, me deixa dormir – Resmungo rolando para o lado e tampando meu rosto com o travesseiro ao lado. Suspiro fundo sentindo o cheiro do perfume de Emilly no tecido do travesseiro.

– Não, são quase dez horas – Lily diz. – Por favor, Bryan, você prometeu que ia busca-los.

– Por que você não a deixou na porta dos bombeiros? – Resmungo. – Eu não era o suficiente?

– Quase senti pena – Sorri – Agora vai, sua tia me mata se acontecer alguma coisa com os filhos dela.

Me levanto e visto uma camisa que estava jogada na cadeira. Minha mãe morde o lábio inferior e franze as sobrancelhas, uma expressão clara de que ela quer fazer uma pergunta, mas não tem certeza se deve.

– Pergunta logo o que você quer saber mãe, tá na cara

– Você e a Emilly estão tendo alguma coisa? – Questiona, sua voz saiu tão rápida que quase não entendi.

– A única coisa que estamos tendo é paciência um com o outro – Explico. Meus pais perguntaram exatamente a mesma coisa antes de ontem. – Ela é pior que a Rose. Sabe que outro dia tive que separar todas as minhas roupas das dela, porque ela simplesmente as guarda em qualquer gaveta. Estou cansado de encontrar calcinhas na minhas gavetas.

Quando acabo de falar fico perplexo ao constatar que minha própria mãe está rindo de mim.

– Isso vai ser muito divertido – Murmura para si mesma saindo do quarto. – Vai buscar sua irmã e seus primos!

– Eu odeio o final de semana do sexo! – Grito.

– Bryan!

O final de semana do sexo acontece uma vez por mês, minha tia Lena e o tio Sam despacham os trigêmeos para cá para transarem pela casa toda sem os filhos para atrapalhar. Uma medida preventiva caso aconteça o que aconteceu ano passado.

Não posso explicar o quão sortudo eu sou por meus pais terem colocado isolamento acústico na casa, nunca tive que ouvi-los transarem, ou pior – No caso dos trigêmeos que viram e ouviram.

Pego a chave do carro na escrivaninha e saio de casa indo para o aeroporto. Quando desço do carro sou atacado em um abraço apertado pela cópia em miniatura da minha mãe. Rosely me solta só para me encarar e sorrir e volta a me apertar.

– B, eu senti tanta saudade – Diz me soltando de vez.

– É... eu também – Não me levem a mal, eu amo demais minha irmã, mas Rose é muito grudenta e extremamente inocente. Mesmo passando tanto tempo perto de Kent e Liv. Cath, minha segunda prima preferida é a única que salva nessa família de malucos.

– Cath – Aceno para ela que está agarrada no braço de Kent. – Como foi a viagem?

– Melhor que as anteriores – Diz baixinho. – Descobri que ouvir música alivia o enjoo.

Assinto e beijo o topo de sua cabeça.

– Entrem no carro – Digo e jogo a chave para Kent. – Rose, Liv, temos visitas em casa, por favor se comportem. Tratem as garotas bem e não deem em cima do meu amigo, ele é comprometido.

– Por que você só está dizendo isso para nós? – Rose pergunta chocada.

– Não fale como se eu fosse uma tarada – Liv retruca.

– Estou avisando a você – Aponto para minha irmã – Porque sei como você age com garotas que você não conhece.

Rosely abaixa a cabeça envergonhada.

– E a você – Aponto para Liv – Porque você é sim uma tarada, não me lembro de nenhum amigo meu em quem você não enfiou a língua. Lucas tem um relacionamento complicado e ter você dando em cima dele só vai complicar mais.

– Não vou fazer nada disso – Promete entrando no carro. – Além do mais, eu meio que estou namorando alguém então...

Olho para Kent que apenas dá de ombros.

– Você a conhece, B – Ele murmura entrando no carro. – Não dá para se meter na vida dela.

No caminho de volta para casa fico sabendo de todas as novidades dos últimos três meses que ficamos sem nos ver. Os quatro passaram um trimestre inteiro viajando.

Kenneth para o carro na porta do prédio e sou o primeiro a descer. A primeira pessoa que vejo quando entro no apartamento é Millie sentada no sofá ao lado da minha mãe, reparo em seu rosto e vejo que ela está chorando, assim que me vê limpa as lágrimas rapidamente e vira o rosto.

As meninas entram no apartamento rindo, mas param ao notar o clima estranho. Tento me aproximar da ruiva, mas ela se levanta e anda apressadamente até nosso quarto. Encaro o caminho que ela vez por alguns segundos e então encaro minha mãe. Faço menção de ir atrás dela, mas Lily me para.

– Querido, não – Ela diz com a voz calma. – Dê um tempo a ela.

– O que aconteceu? – Pergunto preocupado, Emy tem estado estranha nos últimos dias.

– Quando ela se sentir pronta vai te contar – Responde se levantando. Minha mãe abre um grande sorriso quando vê Rose. – Amor da mamãe, vem cá

– Mãe! Eu senti tanta saudade – As duas se abraçam com força e ficam os cinco minutos seguintes falando sobre como sentiram falta uma da outra.

– Vou tomar um banho – Aviso. – Se quiserem podemos dar uma volta mais tarde, aí vocês conhecem as pessoas que eu falei.

– A ruiva é sua namorada? – Liv pergunta curiosa. – É bem bonita.

Sim, ela é

– Eu não namoro, Liv – Lembro-a.

– Não sei, ela me parece o tipo por quem vale a pena mudar – Murmura. – Vou para o meu quarto, estou muito cansada da viagem.

♥♥♥

Minha MillieWhere stories live. Discover now