Bryan me levou para casa, durante todo o caminho me perguntava como eu estava. A verdade é que não sei, não faço ideia do que significa o misto de emoções dentro de mim. Pavor, medo, desespero, nojo, mas acima de tudo, gratidão.
Se ele não tivesse chegado a tempo sabe-se lá o que eles fariam comigo, a perversidade nos olhos deles me deixou enojada. Fecho os olhos e suspiro, pare de pensar nisso, digo a mim mesma, acabou, eles não irão fazer nada com você.
– Bryan? – O chamo de repente com curiosidade. – O que aconteceu com eles?
Ele me encara por segundos que pareceram horas e diz
– Vamos apenas dizer que eles nunca mais encostarão um dedo em você e em mais ninguém.
– O que voc-c... Você cortou as mãos deles? – Pergunto surpresa.
– Emilly, eles tentaram – Ele respira fundo tentando conter a raiva. – Tentaram tocar você sem sua permissão. Acho que ficar sem as mãos não seria castigo o suficiente.
– Eles estão mortos? – Questiono surpresa.
– Você sabe que seus pais são assassinos né? – Me encara.
– É claro que eu sei – Resmungo. – Só não sabia que você também era.
– Agora sabe, raposinha. – Bryan respira fundo antes de continuar. – Desculpe, eu só estou estressado demais por uma noite.
Ficamos o resto do caminho em silêncio. quando ele finalmente estaciona o carro na frente de seu prédio e me encara.
– O que vai dizer a eles? – Pergunta.
– Como assim? – Fico confusa.
– Vai contar a eles sobre o que aconteceu?
– Mas é claro que sim – Exclamo. – Eles são meus amigos e minha família, não posso esconder isso deles.
– Certo – Da de ombros. – Só perguntei porque conheço Lucas e sei que você também o conhece. Ele vai contar para os seus pais no minuto em que você virar as costas, e pelo que eu já ouvi deles, sei que estarão aqui no dia seguinte para te levar embora.
Ele está certo, depois que Lucas e Angel se acertaram ele virou o maior fofoqueiro de todos, mas sei que ele só quer o melhor para mim.
– Não vamos contar nada – Digo. – Se eles perguntarem onde passamos a noite vamos apenas sorrir e não dizer nada, entendeu?
– Você que manda, raposinha.
Reviro os olhos e tento abrir a porta do carro.
– Destrava a porta, por favor – Peço.
Ele finge não me ouvir.
– Bryan, destrava agora essa porta – Peço de novo começando a ficar irritada.
– Ou?
– Ou eu quebro esse carro e saio – Ameaço.
Ele sorri sarcástico como se não acreditasse que eu seria capaz disso. Bato o cotovelo no vidro fazendo-o se quebrar, abro a porta por fora e saio. Antes de entrar no prédio me inclino e o encaro.
– Não duvide de mim de novo, loirinho.
– Gosto um pouco mais de você agora, raposinha
Entro no apartamento e vejo Lucas no sofá, Angel estava sentada em cima dele com as pernas em sua cintura e o rosto em seu pescoço.
Ela se assusta com o barulho da porta se fechando e me encara constrangida.
– Oi Emy, fiquei preocupada com você – Diz.
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Minha Millie
RomanceHistória de Emilly e Bryan Livro 3 da Trilogia Possessive Family NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES ♡