Capítulo 5

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Bryan me levou para casa, durante todo o caminho me perguntava como eu estava. A verdade é que não sei, não faço ideia do que significa o misto de emoções dentro de mim. Pavor, medo, desespero, nojo, mas acima de tudo, gratidão.

Se ele não tivesse chegado a tempo sabe-se lá o que eles fariam comigo, a perversidade nos olhos deles me deixou enojada. Fecho os olhos e suspiro, pare de pensar nisso, digo a mim mesma, acabou, eles não irão fazer nada com você.

– Bryan? – O chamo de repente com curiosidade. – O que aconteceu com eles?

Ele me encara por segundos que pareceram horas e diz

– Vamos apenas dizer que eles nunca mais encostarão um dedo em você e em mais ninguém.

– O que voc-c... Você cortou as mãos deles? – Pergunto surpresa.

– Emilly, eles tentaram – Ele respira fundo tentando conter a raiva. – Tentaram tocar você sem sua permissão. Acho que ficar sem as mãos não seria castigo o suficiente.

– Eles estão mortos? – Questiono surpresa.

– Você sabe que seus pais são assassinos né? – Me encara.

– É claro que eu sei – Resmungo. – Só não sabia que você também era.

– Agora sabe, raposinha. – Bryan respira fundo antes de continuar. – Desculpe, eu só estou estressado demais por uma noite.

Ficamos o resto do caminho em silêncio. quando ele finalmente estaciona o carro na frente de seu prédio e me encara.

– O que vai dizer a eles? – Pergunta.

– Como assim? – Fico confusa.

– Vai contar a eles sobre o que aconteceu?

– Mas é claro que sim – Exclamo. – Eles são meus amigos e minha família, não posso esconder isso deles.

– Certo – Da de ombros. – Só perguntei porque conheço Lucas e sei que você também o conhece. Ele vai contar para os seus pais no minuto em que você virar as costas, e pelo que eu já ouvi deles, sei que estarão aqui no dia seguinte para te levar embora.

Ele está certo, depois que Lucas e Angel se acertaram ele virou o maior fofoqueiro de todos, mas sei que ele só quer o melhor para mim.

– Não vamos contar nada – Digo. – Se eles perguntarem onde passamos a noite vamos apenas sorrir e não dizer nada, entendeu?

– Você que manda, raposinha.

Reviro os olhos e tento abrir a porta do carro.

– Destrava a porta, por favor – Peço.

Ele finge não me ouvir.

– Bryan, destrava agora essa porta – Peço de novo começando a ficar irritada.

– Ou?

– Ou eu quebro esse carro e saio – Ameaço.

Ele sorri sarcástico como se não acreditasse que eu seria capaz disso. Bato o cotovelo no vidro fazendo-o se quebrar, abro a porta por fora e saio. Antes de entrar no prédio me inclino e o encaro.

– Não duvide de mim de novo, loirinho.

– Gosto um pouco mais de você agora, raposinha

Entro no apartamento e vejo Lucas no sofá, Angel estava sentada em cima dele com as pernas em sua cintura e o rosto em seu pescoço.

Ela se assusta com o barulho da porta se fechando e me encara constrangida.

– Oi Emy, fiquei preocupada com você – Diz.

Minha MillieWhere stories live. Discover now