031 || NUNCA É O BASTANTE ...

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ANY GABRIELLY

Eu estou correndo, tentando organizar tudo. Aonde eu fui me meter? Passei o metade da manhã no salão e eu nem vou me apresentar, quer dizer, vou fazer um solo de última hora e o número final, já que a atriz responsável ficou sem voz, e isso está me apavorando.

E se eu não conseguir me apresentar, não, não é isso! Eu já me apresentei, eu só nunca cantei para 300 pessoas, sozinha. Eu vou ter um colapso!

— Any, Any! — Savannah me chama — vai dar tudo certo! Eu estou cuidando dos detalhes finais.

Oh, Deus! Obrigada por ter colocado Savannah nesse musical, pois se ela não estivesse aqui eu já teria tido um ataque e dos grandes.

— Termine de fazer sua maquiagem e assim que as cortinas se abrirem eu coloco seu microfone. — Savannah diz sentada ao meu lado.

— Cadê meu rádio? — parei minha maquiagem para procurar — preciso passar um rádio para Heyoon quero saber de uma coisa — Savannah me olha tensa.

— Ele ainda não chegou Any, mas não se preocupe ele vai vir — Savannah apenas se retira, me deixando com o coração apertado.

Droga! Isso está uma confusão!

Eu passei a semana com Josh, praticamente nós dormíamos e acordavámos juntos. Mas, nos últimos dias, tudo estava meio esquisito.

E ele me disse que viria, para mim seria como nossa festa de formatura que ele não estará presente, e tudo bem eu sei que é por uma boa causa. Mas ele havia me prometido.

Quando uma pessoa está ansiosa, ela pode desenvolver várias formas de demonstrar, algumas roem as unhas, já outras puxam os cabelos, e tudo isso funciona como uma válvula de escape para o nervosismo. Doloroso? Sim, muitas vezes, mas algumas pessoas não conseguem se controlar.

E eu, quando estava desenvolvendo meus sintomas de ansiedade, eu respirava fundo e bebia uma água, apenas para não ter que pressionar minhas unhas contra o meu corpo e eu me auto-destruir, por mais que no momento eu achasse que era um alívio.

Terminei minha maquiagem e tentei ligar para Josh, mas foi direto para caixa postal e foi o suficiente para eu entrar em desespero.

Será que ele está bem?

Por que ele ainda não está aqui?

Por que ele ainda não chegou?

Será que aconteceu alguma coisa?

Ele vai conseguir vir?

Minha mente estava lotada de perguntas e eu mal conseguia ordenar meus pensamentos, e como a água e a respiração controlada não estavam mais funcionando, eu fui arranjar um jeito de aliviar essa tensão — um jeito que eu não me prejudicasse.

Eu estava pronta, vestida e maquiada. Como meu ato de distração, não poderia ser pior, eu fui para as coxias e olhei por trás das cortinas, o teatro estava cheio.

Percorri os olhos por aquelas inúmeras cadeiras, mas nenhum sinal dos olhos azuis que eu tanto queria encontrar, apenas em um suspiro de frustração, voltei para o backstage.

— Vamos entrar em 5 minutos, só passando que o seu número é o penúltimo — Savannah diz colocando meu microfone — Então, relaxe e só brilhe.

Eu apenas assenti, em forma de agradecimento pelo apoio. Deixei meu apoio ir fazer seu trabalho e fiquei assistindo todo aquele trabalho atrás das cortinas.

🤍

Tudo estava escuro, eu aqui em cima só consegui ouvir o barulho das pessoas esperando que eu inicie a minha apresentação.

REASONS || BEAUANYOnde as histórias ganham vida. Descobre agora