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Eu não me lembro de muita coisa, mas sim de segurar Noah pelos ombros porque ele não para de andar em círculos.

— Anjo, o que foi? Você apareceu aqui de repente e não para de andar de um lado ao outro.

Solto seus ombros e ele respira fundo. Uma vez. Duas. Três.

— Eu preciso te dizer uma coisa. — ele diz.

— Então diga.

Alguns fios do seu cabelo caem em sua testa e os afasto levemente. Noah sorri, beijo seu nariz.

— É uma coisa muito importante.

— Você está me deixando curioso, me diga o que é!

Noah respira fundo mais uma vez.

— Eu não quero ser apressado nem nada, eu só preciso dizer.

Reviro os olhos, sorrindo, porque Noah está fofo assim, nervoso.

— Confia em mim, pode contar, amor.

Ele sorri e segura minha mão, entrelaçando nossos dedos.

— Ok... Josh... — ele para.

— O que foi? — Noah morde o lábio inferior. — Você quer que eu tente adivinhar?

— Duvido que você acerte.

— Isso foi um desafio, Noah Urrea? — arqueio a sobrancelha e meu namorado tem um olhar divertido.

— Entenda como quiser, Josh Beauchamp.

— Ok — sorrio. — É alguma coisa sobre você?

— Sim e não. 

— É alguma coisa sobre mim?

— Sim e não.

— Então é alguma coisa sobre nós dois?

— É.

— É alguma coisa boa?

— Depende da sua reação.

Eu sou péssimo com adivinhações, mas as dicas de Noah não são nem um pouco úteis.

— Desisto, amor. 

— Tudo bem, eu digo. — ele volta a respirar fundo. — Se eu pensar muito, eu não vou conseguir dizer. — sussurra. Se eu não estivesse tão perto dele, eu não conseguiria escutar seus murmúrios. 

— Então não pense. — digo, no mesmo tom. Estou ficando mais ansioso do que ele. — Noah, é só relaxar e...

— Eu te amo. 

Pisco uma, duas, três vezes. Meu coração parou de bater ou está batendo rápido demais. Não sei, isso não é importante no momento. Noah me ama? 

— O quê?

— É isso, eu te amo. 

Noah me ama. Noah, o garoto que era apenas a minha dulpa no trabalho de química, me ama. Noah Urrea, o homem mais lindo por dentro e por fora que eu já conheci, me ama. Noah me ama. 

— Você... me ama?

— Josh, tá tudo bem? — Noah segura em meus ombros. — Você travou. 

Quando volto à realidade, abraço o menino à minha frente com toda a força que tenho. Aperto Noah em meus braços e sinto ele relaxar seus ombros. Nos separamos e beijo seu rosto. Cabelos, testa, nariz, bochechas, boca. 

— Eu também te amo. — sussurro. Agora é ele quem paralisa. 

— Você me ama? 

Sorrimos e Noah junta nossas testas. A visão de seus olhos brilhando tão de perto faz meu coração bater mais rápido do que nunca. 

— Eu te amo, anjo. 

— Eu te amo, príncipe.

Beijo seus lábios, com a mesma sensação no estômago que tenho toda vez que nos beijamos, e nunca vou me cansar de tê-lo tão próximo a mim. Eu tenho tanta sorte de ter Noah como meu namorado e saber que ele me ama me deixa mais feliz do que nunca estive. 

Quando nos separamos, olho profundamente em seus olhos, perdendo o fôlego ao vê-los olhando para mim com tanta intensidade e com tanto verde. São incrivelmente lindos. 

— Sabe, tirando a minha família, é a primeira vez que alguém diz que me ama. 

— Fico feliz em saber, porque te amar é a melhor coisa que alguém poderia sentir. 

Rio e abraço Noah novamente. Como uma pessoa pode me deixar tão feliz? 

— Obrigado. — ele diz.

— Pelo quê?

— Porque, romanticamente, é a primeira vez que eu amo alguém. Obrigado por me mostrar o que é o amor. 

— Obrigado por me amar. Saber que alguém me ama é a melhor coisa do mundo, ainda mais se for recíproco. 

São tantos sentimentos de uma vez que não sei mais o que estou sentindo, mas de uma coisa eu sei: eu amo Noah Urrea. 

Prince | NoshOnde histórias criam vida. Descubra agora