O róseo rola os olhos aparecendo de vez no mesmo ambiente que ambos. Os pares de olhares foram para o garoto que olha para Jungkook que manteve um pouco do sorriso que restou da risada com Katarina para olhar para Park.

— Professor Park! — Ela acena para ele que a olha sem se esforçar para parecer amigável.

— Eu vou indo. Hoje é a amostra de Gaia, não a deixe atrasar, por favor. — Park ignora a mulher para olhar Jeon que concordou rapidamente com a cabeça.

Seus olhos negros varrem o corpo de Park e se condena por querer tanto ir atrás do próprio e o roubar um beijo antes de ir. Apenas o imaginar do beijo de Park estava o dando sede por aquele contraste na sua língua.

Aquela sensação de estar sedento por alguém era tão espantosa para quem nunca sentiu algo parecido. Ele apenas se perguntava se o róseo também pensava o mesmo.

— Vai acabar babando.

A voz de Katarina o fez sair do transe e percebeu que estava olhando a entrada da cozinha como se Park ainda estivesse ali.

— Eu estava pensando no trabalho.

Claro. O trabalho que Park Jimin o fazia ter.

Katarina ri negando com a cabeça colocando o dedo sobre o queixo de Jungkook virando seu rosto para ela.

— Tenho que te dizer algo que não vai gostar...você está se apaixonando.

Ela diz negando com a cabeça e Jungkook tira a sua mão de seu rosto com certa brutalidade antes de ir detrás do balcão organizar a lancheira de Gaia.

— Não está nos meus planos essa palavra, sinto muito.

Ele pegava uma faca para cortar os morangos que Gaia tanto gostava.

— Quer mentir para mim? Logo para mim?

— E você como minha psicóloga deveria saber quando eu não quero falar sobre. — Jeon dizia ainda com a faca na mão apontando para a mulher que ergueu as mãos em rendição dando um passo para trás com seus saltos.

— Você já sabe o que eu acho. — Ela pega um dos morangos da lancheira de Gaia e o come recebendo um olhar repreensivo do mafioso.

— Não sei se devo confiar em você.

Ele foi sincero.

Katarina estava presente na vida de Jeon Jungkook há muito tempo. Ela foi um fio de esperança para o rapaz quando ele tinha apenas quinze anos.

Ela tinha acabado de sair da faculdade, com vinte e três anos.
Ele era um dos seus primeiros pacientes. A mulher ainda se lembrava da expressão tímida do menino de quinze anos sendo carregado pelo pai pelos braços que esbravejava que ele estava ficando maluco igualmente a mãe e foi o maior erro da vida dele.

Ela não conseguia conversar com ele no início. Ele entrava e saia sem falar nenhuma palavra.

Até o dia em que ele adentrou em seu consultório e disse: "Matei meu próprio pai, como vai seu dia, doutora?"

Ele estava sereno. Uma paz habitava em sua voz indescritível. Katarina ainda se lembrava da maneira que os olhos negros tinham um brilho de satisfação e se arrepiava todas as vezes que relembrava. Mesmo passando-se onze anos atrás.

POR TRÁS DA GRANDE MÁFIA | jjk + pjmWhere stories live. Discover now