Para todos os garotos que já odiei - Drarry

And I wanna love like you made me feel

- Draco Malfoy, você vai tirar essa venda do meu olho, agora! - gritei para o loiro que havia colocado aquela pano em frente aos meus olhos. Ele tinha cheiro de pelo de doninha - Você lavou esse pano?

Sem resposta.

- A surpresa é pra Mary mas quem esta sendo surpreendido sou eu - resmunguei.

Draco estava sorrindo, eu conseguia sentir.

Estávamos sozinhos no carro, mas ele havia tampado meus olhos, porque de acordo com sua mente esquisita eu reconheceria o caminho.

Cedrico ia casar com minha irmã, e ela soube finalmente porque ele não havia falado a palavra antes.

Porque ele queria que aquela palavra tivesse um significado, ele queria marcar aquela palavra no relacionamento deles.

Era clichê, era fofo. Se ele tivesse pedido pra Mary no quarto, não sei se ela ficaria tão feliz.

Mary gosta de de declarações em publico, eu não gosto muito.

Aquilo me fez pensar em apenas uma coisa.

- Achei que estava chateado comigo - murmurei, e senti Draco suspirar.

Não era tão horrível usar mascara, não ver suas reações era bem melhor do que vê-las e ficar ansioso.

- Porque eu ficaria? - perguntou o loiro.

- Porque você se declarou pra mim e eu falei que você não podia se apaixonar por mim - respondi - Mas falei que eu precisava de tempo, não gosto de tomar decisões assim - completei rápido.

- E mudou de ideia?

- Tenho muitas ideias - rebati com um sorriso.

- Não me de uma resposta agora, primeira veja a surpresa. Depois disso, você me conta quando voltarmos para a faculdade - falou Draco.

Por algum motivo senti um pouco de receio em sua voz, talvez ele achasse que minha resposta seria negativa.

Eu achei que se eu namorasse sério com Draco Malfoy eu teria o triplo de chances de me machucar. Mas eu já estou machucado.

Eu fiquei com medo de me apaixonar de novo, mas eu percebi que eu nunca estive apaixonado e era por isso que aquilo me machucava.

Ter a ilusão de estar apaixonado é tão ruim quanto realmenet estiver apaixonado, porque ta tudo na sua cabeça!

Me machucava porque eu colocava medo na minha própria cabeça.

- Onde você vai passar a noite? - perguntei curioso.

- Na casa da minha mãe, ela esta viajando então vou ficar sozinho em casa - sua voz não era lá uma das mais animadas.

- Você não gosta de ficar sozinho - eu não havia feito uma pergunta. Ele sabia.

- Não - mas mesmo assim ele havia respondido.

Passou um silencio constrangedor.

- Quer companhia? - perguntei, tentando quebrar aquele silencio.

- Você quer me fazer companhia - ele rebateu minha pergunta.

- Seria um desprazer - respondi irônico, e dei uma risada baixa.

Eu queria ter visto sua reação, mas aquele pano não era de todo mal final. Eu podia sentir sua expressões, de um jeito quase sobrenatural.

Como se ele as mostrasse.

- O prazer será todo meu te fazer companhia Harry - retrucou com a voz desafiadora.

Eu mal podia acreditar que ele realmente queria medir forças comigo.