XXII. Confissões

Começar do início
                                    

— Sim, meu doce luar, e o Gi ama o Jiminie igualmente, né? — perguntei, me inclinando para beijar sua bochecha.

— A-ama... O Jiminie não tá bravo? — indagou enxugando as lágrimas.

— Não há motivos para ficar bravo por não suportar ficar longe de mim tendo a marca do nosso amor, hyung — respondi continuando a beijar seu rosto e sentindo seu cheiro mais forte.

A culpa foi minha, eu insisti para renovar a marca, mas sequer sabia que poderia afetá-lo desse modo. Se soubesse, não teria feito.

— Agora, me deixe te dar um banho, meu doce luar — falei, já pegando-o no colo e seguindo para o banheiro minúsculo que havia ali.

Havia apenas uma tina de madeira, um vaso sanitário e uma pia.

Após encher a tina com água morna, deixei Yoongi ali dentro e o banhei com calma, lavando seus cabelos e acariciando nossa marca sempre que possível, já que o meu toque ali amenizaria as dores.

Quando terminei, sequei meu ômega e o vesti com as roupas que havia trazido na mochila. Novamente o peguei no colo, sentindo seus braços agarrarem meu pescoço em seguida. O deitei na maca e acariciei seus cabelos com um sorriso doce nos lábios.

— Descanse agora, sim? Não irei me afastar de ti nunca mais — prometi, beijando seus lábios finos com calma.

— Eu te amo, meu raio de sol — respondeu sorrindo fraco, tocando meu rosto. Não evitei deixar as lágrimas caírem, aliviado ao escutá-lo falando normalmente.

— Eu te amo tanto, meu doce luar... — disse de volta, beijando seu pulso esquerdo, onde continha uma marca de Lua, combinando com a marca de Sol que havia em meu pulso direito.

Nós éramos a reencarnação do amor dos Grandes Lobos, por isso tínhamos as Marcas Iniciais do Sol e da Lua, que só apareciam quando nos tocamos, e ninguém além de nós dois sabia.

Ninguém precisava saber.

Nosso amor era puro e inocente, igual ao dos Grandes Lobos. Nascemos apenas para ficarmos juntos e mostrarmos para as pessoas ao nosso redor o significado de amor verdadeiro.

Eu mostrei ao Taehyung como amar é bom, mesmo após tudo o que lhe aconteceu. Mostrei que o amo e sempre estaria ao seu lado, e ele aprendeu a amar facilmente.

Yoongi cuidou de Jeongguk por toda sua vida, mostrando o quanto era importante para si a felicidade do irmão, e percebeu que havia tido sucesso quando Jeongguk lhe contou sobre o motivo de se casar.

Jeongguk sabia amar, Taehyung sabia amar.

Bastava se amarem.

— Descanse... Ficarei aqui contigo — sussurrei, beijando com calma os lábios finos do meu amado.

— Obrigado, Ji — sorriu fraco, fechando os olhinhos e, enfim, relaxando completamente em meus braços.

[ Narradora ]

Sétimo dia de Março, quarta-feira
1848 anos depois da B.G.L
Seoul, Coréia do Sul

  Mais tarde, naquele mesmo dia, Jeongguk e Taehyung foram até o hospital para ver como Yoongi estava. Já passava da uma hora da tarde, então resolveram ir caminhando até o hospital, já que haviam almoçado juntos na casa do ômega, após tomarem um banho e Taehyung fazer a barba rala.

Jeongguk se sentia nas nuvens com os dedos longos de Taehyung entrelaçados aos seus, e sorria bobamente ao olhar para o lado e ver a expressão leve do alfa.

Vidas Entrelaçadas  ☽︎𝑲𝑻𝑯+𝑱𝑱𝑲☾︎Onde histórias criam vida. Descubra agora