Capítulo 5: A Floresta

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      A Floresta Encantada de Kaori, esse é o seu nome completo, é uma das cinco florestas lendárias dos povos antigos. São muito importantes, pois em cada uma vivia uma anciã, ninguém sabe direito como elas nasceram, mas existem muitas lendas sobre elas.

      Em geral, a floresta não ficou tão danificada, pelo menos não internamente, claro que muitas árvores foram afetadas com o ataque, por isso antes de adentrar Hol se curvou no chão encostando o rosto no chão pedindo perdão pelo o acontecimento e pedindo licença para entrar dentro dela.

Para a sorte de Hol a Floresta de Kaori era perto da aldeia Vivian, a floresta onde Hol vivia perto da aldeia era conectada com a Encantada, porém o percurso era bem longo e dificultoso, pois para se perder ali era muito fácil e isso era o melhor que poderia acontecer na pior das das hipóteses. Partindo do começo da tarde, chegava no final da sua floresta até ao anoitecer, se nada acontecesse. Hol era acostumada com a natureza, fazia sete anos que vivia sozinha por ali.

      Enquanto caminhava ouvia o som do vento e dos pássaros deixavam Hol mais calma com seus pensamentos, a natureza causava esse efeito, ela gosta de acreditar que fazia parte da vida ali e por isso a floresta cuidava dela assim como fazia com qualquer outro ser vivo que habitava ali. Olhando sempre pra frente observava a luz solar entrando na trilha através das brechas das grandes árvores e enquanto alguns animais pequenos como coelhos e esquilos a observavam e faziam suas atividades matinais. Era sempre melhor estar ali do que vivendo entre os humanos com toda aquela carga de energia e intensidade de emoções.

      No caminho havia um enorme tronco, além de alto era muito grosso, e quanto mais se aproximava maior ele ficava. Hol conhecia bem aquela parte, era quase no limite, apenas mais alguns metros e chegaria a caminho da entrada Kaori um pouco antes do início da noite, o tronco estava quase todo coberto por vegetação que nasce do chão e ia se apossando da madeira ali. Ao olhar para os lados via que nas duas pontas possuíam pedras bloqueando a passagem no caminho, tinha a opção de dar a volta por outras trilha, mas iria demorar muito e Hol queria muito entrar na floresta encantada ainda naquele dia, se de repente ela se encontrasse com algum animal de grande porte com certeza não ia conseguir se manter por ali.

Ela passou o cachecol nas palmas das mãos e pressionou contra a madeira para conferir a resistência, e deu meia volta soltando as mãos do tecido vermelho, andou até uma boa distância e virou novamente ficando na direção do tronco, seus olhos se fecharam e sua respiração foi profunda o suficiente para que ela sentisse o ar entrando em todas as partes de seu corpo e depois retornando de onde ele veio, quando seus olhos abriram ela começou a correr.

      A cada espaço que seus pés tocavam ela ia mais rápido, o vento veio forte, mais do que deveria vim quando se acelera daquela maneira, porém isso passou despercebido por ela, continuando a correr ela pegou impulso o suficiente para que quando alcançasse uma distância suficiente ela conseguisse realizar o plano. Então quando conseguiu se agachar levemente e jogar todo o seu corpo por cima do tronco ao mesmo tempo que ele se direcionava para frente, erguendo a cabeça para o alto ela via o céu azul e sentia os raios de luz em seu rosto, esticou um de seus braços para o alto enquanto as pontas do longo cachecol da garota se esticou todo no ar atrás antes de tocarem suas costas novamente quando os pés pousaram no chão.

Por mais que tivessem sido apenas alguns segundo, aquilo foi de tirar o fôlego, ela imaginou que a sensação que teve era o mais próximo de voar e de tocar o céu que poderia ter todas as vezes que saltava de alguma altura, aquilo era maravilhoso, mas tudo que era bom durou pouco e a realidade estava embaixo de suas botas a fazendo lembrar de que precisava fazer, então arrumou sua roupa e seguiu pelo caminho.

      A trilha continuava por mais um pouco de uma hora de caminhada, uma vez ou outra ela pegava algumas frutas nos arbustos e parava para se sentar em uma pedra ou em pedaço de tronco e descansar. No fim da tarde ela se encontrava no final da trilha. Logo na sua frente havia o limite da rota e já iniciava um longo caminho coberto por grama, ela respirou fundo e pediu permissão para entrar naquela parte da floresta.

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⏰ Last updated: Feb 04, 2022 ⏰

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