4. Vivendo no paraíso

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Alexa Trovasky
Mansão Trovasky, Los Angeles
30 de abril de 1995 • 21:52

 Após meses, finalmente comprei minha própria casa. É uma mansão grande, se parece com um belo castelo. Ela é toda na cor creme e em cada comodo tem um lustre escandaloso. Se é pra comprar uma casa, que seja a melhor!

 Essa casa é linda e eu estou encantada por ela. Daniel assim que eu a comprei já fez questão de plantar algumas rosas-vermelhas pelo jardim. Tem milhares espalhadas pela propriedade!

 Hoje mais cedo eu as reguei, são tão lindas e cresceram tão rápido. Ele é ótimo nisso. Em todas as casas dele tem essas rosas. Realmente dá um charme a mais no lugar

 Muito empolgada ando de um lado a outro. Daniel está um pouco atrasado hoje. Ele disse que iria mesmo se atrasar. Meu ursinho passou o dia todo no tribunal. Hoje a sessão seria mais tensa porque é um criminoso muito perigoso

 Sempre que ele condena um criminoso de alta periculosidade, ele fica por lá até que um número grande de seguranças vá o buscar. Eu temo tanto pela vida dele, o preço de ser justo e fazer justiça é alto

 Meu coração se aperta sempre que ele chega tarde porque é sinal de que tentaram o matar ou que ele condenou algum bandido perigoso e estão cercando o tribunal. Isso é mais comum do que imaginam

 Ser namorada, ou seja, lá o que eu sou de Daniel, é difícil. Ele está em constante perigo. Ele é enólogo, chefe de cozinha e temos um jardim de rosas-vermelhas incrível que ele mesmo cuida. De todas essas especialidades dele, ele resolveu ser logo juiz em tempo integral?

— Cheguei a tempo do jantar? — ele diz passando pela porta da sala de jantar. Ele ainda está com sua beca de juiz. E está bem vermelho, ele estava nervoso. Ele abre seu sorriso tão lindo para mim e anda na minha direção. Me abraça com carinho. Em quase um pulo saio dos braços dele e empolgada o levo até a ponta da mesa segurando em sua mão

— Quero que se sente! — ele se senta e segurando um sorrisinho olha para a bandeja prateada tampada em sua frente — Vai, abri! — digo muito, mas muito empolgada mesmo, como se eu tivesse cheirado uma carreira

— Eu amo quando você tem novidades, fica tão agitada — ele ri enquanto leva a mão até a tampa da bandeja. Ele abre. Ele me olha sério e logo após olha para a bandeja. Ele olha para frente. Sua respiração está ofegante. Seus olhos de enchem. Ele faz um biquinho ao pegar o macacãozinho escrito "meu pai é um chefe", o escolhi porque ele também é chefe de cozinha e ama muito isso

— Parabéns, papai, estamos de um mês e alguns dias — abro um sorriso enorme para ele — Eu sei desde hoje de manhã e estava louca pra te contar! — dou alguns pulinhos. Ele fecha os olhos e traz o macacãozinho até seu peito e o abraça... ELE É TÃO FOFO

— Eu vou ser pai — ele olha para mim e me estende a mão direita a pego. Ele me puxa devagar para que eu me sente em seu colo. Sento-me de lado em seu colo — Obrigado, muito obrigado por fazer com que eu me sinta o homem mais feliz do mundo — ele fala e em seguida cai em um choro ruidoso — Eu vou ser pai de um filho seu, nosso filho! — ele afunda seu nariz em meus cabelos. Eu não esperava menos que isso, que homem maravilhoso. Eu estou, tão feliz, mas, tão feliz. Já estava na hora do mundo sorrir pra mim após tantas coisas ruins.

Obsidia | Michael JacksonWhere stories live. Discover now