Capítulo 4

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*Ponto de vista do Paddy*

Estava pronto. Saio do quarto descendo as escadas apressadamente. 20 minutos até lá com o trânsito conturbado desse horário, se eu não sair mair ou menos agora eu provavelmente vou chegar atrasado.

Pego as chaves do carro em cima do balcão e vou com passos rápidos em direção à porta.

— Mãe, tô saindo. Não vou demorar. — grito da porta na esperança de que ela só falasse que tá tudo bem e pronto. Mas claro que ela não ia deixar fácil assim.

— Espera — ela diz descendo as escadas. — vai aonde?

— Só sair para comer alguma coisa com uma amiga — digo e vejo o sorriso, conhecido por mim, estampado no rosto da minha mãe. Ah não, toda vez que eu saio com alguma amiga ela faz essa cara.

— Sabe, — ela começa se encostando na beirada do sofá próximo a mim — Tom me contou que você fez amizade com a filha do Robert hoje. Ela parece ser bonita.

— Ela é, mãe. — admito, ela realmente é, mas agora eu preciso sair ou irei me atrasar. — E é exatamete com ela que eu combinei de ir na cafeteria, mas não começa a ficar animada porque somos só amgos. Agora eu preciso ir ou vou me atrasar. — digo abrindo a porta.

— Ah, Paddy, — ela me chama mais uma vez. — chama ela para jantar com a gente essa semana, não sei como é a agenda dela, então pode ser qualquer dia. Eu quero conhece-la. — minha mãe sugere. Tomara que ela não esteja criando espectativas em coisas que não acontecerão.

— Mas mãe, ela é só mais uma amiga da escola, por que...— começo mas ela logo me interrrompe.

— Não, nada disso, só uma amiga, mas seria bom ter ela aqui algum dia. — ela diz e vejo que ela claramente estava segurando um sorriso. Eu a conheço, mas não tenho tempo para discutir e tentar explicar minhas amizades para minha mãe. Eu precisava ir.

— Tudo bem mãe. Agora eu realmente preciso ir. — acabo prometendo pra ela que falarei do jantar.

— Tudo bem, pode ir. — ela diz com auqele sorriso materno dela. — Dirija com cuidado, te amo.

— Também te amo. — digo e saio de casa, não demorando para pegar o carro e ir o mais rápido que posso.

*Ponto de vista da Clara*

"Acho que estou aqui na frente." 17:40.

"Okay. Indo."

— Tchau, meninas, obrigada! — me despeço das meninas que me ajudaram a me arrumar enquanto saio da sala e caminho em direção a saída do prédio.

Encontro um carro branco na frente do prédio. Paddy. Entro no banco do carona do carro, afivelando o cicnto.

— Pontual, hein? — digo.

— Tinha um baita trânsito no caminho, achei que não fosse dar tempo. — ele diz tirando o carro da vaga e iniciando nosso caminho para o Starbucks. — Então, como foi a entrevista?

— Ah, foi incrível, eu tinha que falar sobre minhas experiências no set, foi bem divertido.

Meu olhar encontra Paddy, concentrado dirigindo, inconscientemente reparo nos músculos de seu braço tensionados por baixo da camiseta azul marinho conforme ele segura no volante.

Para com isso, Clara Downey! Penso olhando para fora da janela do meu lado do carro.

Mas ele tinha um físico realmente parecido com o do irmão e, convenhamos, os dois são muito bonitos.

Avistamos alguns fotógrafos no caminho, essas fotos provavelmente estaria por toda a internet alguns minutos depois. Já consigo até me ver tendo que fazer stories para esclarecer que somos só amigos.

— Paddy — começo, o olhar dele desvia da rua para mim por alguns instantes. — você também sofre hate por ser parente de alguém famoso?

— Ah sim, claro. Eu acho que hoje em dia — ele começa a responder mas meu olhar foca na forma que ele faz as curvas do carro: com uma mão só. Ó céus, por que isso é atraente? Volto meu foco para o que ele estava falando. — muita gente tem inveja e acaba descontando isso nas pessoas que eles invejam. Eles reparam muitos defeitos nos outros que eles mesmos têm e não gostam. Isso acaba falando muito mais sobre eles do que nós, eu acho.

— Claro, sim, concordo. É que, desde que meu filme saiu, muitas pessoas falam que eu não sou boa o suficiente para manter o legado que meu pai construiu ou até pra ser filha dele. — digo olhando as casas passarem por nós. A arquitetura desse lugar é maravilhosa.

— Ah, eu não acho, eu assisti o filme e você atuou muito bem! Qual é, acho que você deveria se dar um desconto, não é fácil expressar emoção com algo quando só se tem telas verdes ao seu redor. Só se lembra que os haters falam mal de quem eles acham que você é, quantos deles realmente te conhecem? — ele aconselha.

Paddy estava certo. O que eles realmente sabiam sobre mim? Me perco em pensamentos até que sinto meu celular vibrar dentro da minha bolsa. Meu pai me ligando mais uma vez. Merda. Eu tinha esquecido de ligar para ele depois de entrevista, aposto que ele já tinha visto as fotos.

Atendo.

— Oi papaizinho lindo que eu amo. —  Paddy segura a risada com a frase. Bato em seu ombro. Antes do senhor falar algo, eu esqueci de ligar sim, mas pelo menos agora eu to falando com o senhor ó. — digo carinhosamente numa tentativa de não fazê-lo se irritar.

— Está com quem? — ele pergunta do outro lado da linha. Olho para Paddy e sei que meu pai já deve ter saber, por isso nem tento mentir.

— Com o Paddy.

— Olha, você sabe que eu não tenho problema com você fazendo amigos e saindo com eles, isso me deixa até feliz, mas você poderia ao menos te rme avisado? — ele pergunta. Eu sei que o deixei preocupado mas eu não tive tempo de avisar, foi tudo muito rápido.

— Claro pai, a gente ta indo naquele Starbucks perto de casa, tudo bem?

— Tudo bem, qualquer coisa faz o favor de me avisar, criatura? — ele fala me fazendo rir.

— Aviso. Te amo.

 — Ah, mais uma coisa, olha, se vocês forem se beijar, por favor não façam isso em púbico porque já tem muitas fotos de vocês por aí e vocês se conheceram hoje, sabe, não pega bem...

— Pai! Eu- não, a gente é só amigo, pelo amor, você mesmo disse, a gente se conheceu hoje! — Digo e ouço Paddy voltar a rir do meu lado. Dou um soco no seu braço mais uma vez, agora sentindo os músculos por alguns mlésimos de segundos em contato com meus dedos.

— Tudo bem, eu só queria avisar. Também te amo, tchau. — ele então desliga.

Suspiro a tempo de ver o sorriso ainda no rosto de Paddy enquanto ele dirigia.

— O que? — Pergunto. — Qual o motivo desse sorriso?

— Nossos pais — ele começa e eu frazo o cenho, intrigada. Os pais dele também estavam assim? — , minha mãe me parou antes de eu sair de casa e fez questão de que eu perguntasse pra você se você quer jantar em casa qualquer dia porque, aparentemente, o que ela mais quer é te conecer.

Me conhecer? O que deu com eles? Que eu saiba, quando alguém faz um amigo novo, não há tanto alarde assim. Mas claro que eu não negaria o jantar.

— Ah, claro, eu adoraria jantar com vocês. 

— Ela disse pra você escolher um dia, já que ela não sabe como anda a sua agenda. — ele diz rindo.

— Se não for muito em cima da hora pode ser amanhã. — Respondo. De noite é o horário que eu tenho menos coisas para fazer.

— Pode ser. Ela vai ficar feliz.


Destiny - Paddy HollandWhere stories live. Discover now