De enfermeira em um hospital particular renomeado de Belo Horizonte, para ser enfermeira de uma senhora em uma mansão em São Paulo. Foi quando conheceu Miguel, quando sua vida mudou do avesso, e descobriu que o avesso era sua melhor versão.
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Dra: Desculpe Miguel, certo? Sua avó já está debilitada e uma químio iria prejudicá-la ainda mais.
Miguel: Medicina, a tal medicina que não pode fazer mais nada né?
Nara: Miguel, por favor! — ela falou calma.
Sai da sala sem dizer mais nada, virei o primeiro corredor, o segundo e fui até a escada. Encostei a cabeça na parede, respirei fundo, esse pesadelo novamente. Alguns segundos depois a porta abriu e lá estava ela me olhando com pena.
Luiza: Sua vó lutou muito durante 6 meses, sei que não é justo tudo isso, porém a medicina não tem nada haver com isso.
Miguel: E você acha que é quem pra falar isso?
Luiza: Enfermeira formada, se Deus quiser logo logo uma médica. — falou firme e observei cada traço dela, seus olhos estavam marejados.
Miguel: Não é justo entende? Não é depois de tudo o que ela falou agora tem um tempo certo pra ela sobreviver. — balancei a cabeça.
Luiza: Única coisa que te peço é fique com ela durante esses 5 meses. Aproveite cada minutos com a sua avó, e isso que ela quer.
Voltamos juntos para o quarto, engoli aquele nó que estava na minha garganta e minha avó sorria com o Bernardo como se nada estivesse acontecendo.
Miguel: Vó, vamos para São Paulo amanhã. Vamos ficar naquela mansão no condomínio fechado e você terá toda paz do mundo.
Nara: Ficaremos juntos Miguel, mas só vou se a Luiza for comigo! — elas se olharam e o riso na cara de Luiza foi instantâneo.
Luiza: Como que falo não pra você dona Nara?
. .
Luisa
Chegamos até a casa de Nara e ajudei ela levando para o quarto, ajudei no banho e sentamos nas duas poltronas que tinha no quarto.
Nara: Percebi você triste, não só por minha causa mas Caio não foi lá e ele sempre nos visita. — ela deu um gole no seu chá sem tirar os olhos de mim.
Luiza: Como pode me conhecer tão bem? — dei uma risada baixinha e ela fez o mesmo afirmando a cabeça que sim — Peguei ele no quartinho de descanso com a Luana.
Nara: O que? Que moleque trouxa! — Amava quando ela falava com um linguajar mais novo, me divertia com ela.
Luiza: É, eles tiveram coragem e é a vida me ensinando para não confiar em homens.
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