Capitulo 4

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Miguel

Dra: Desculpe Miguel, certo? Sua avó já está debilitada e uma químio iria prejudicá-la ainda mais.

Miguel: Medicina, a tal medicina que não pode fazer mais nada né?

Nara: Miguel, por favor! — ela falou calma.

Sai da sala sem dizer mais nada, virei o primeiro corredor, o segundo e fui até a escada. Encostei a cabeça na parede, respirei fundo, esse pesadelo novamente. Alguns segundos depois a porta abriu e lá estava ela me olhando com pena.

Luiza: Sua vó lutou muito durante 6 meses, sei que não é justo tudo isso, porém a medicina não tem nada haver com isso.

Miguel: E você acha que é quem pra falar isso?

Luiza: Enfermeira formada, se Deus quiser logo logo uma médica. — falou firme e observei cada traço dela, seus olhos estavam marejados.

Miguel: Não é justo entende? Não é depois de tudo o que ela falou agora tem um tempo certo pra ela sobreviver. — balancei a cabeça.

Luiza: Única coisa que te peço é fique com ela durante esses 5 meses. Aproveite cada minutos com a sua avó, e isso que ela quer.

Voltamos juntos para o quarto, engoli aquele nó que estava na minha garganta e minha avó sorria com o Bernardo como se nada estivesse acontecendo.

Miguel: Vó, vamos para São Paulo amanhã. Vamos ficar naquela mansão no condomínio fechado e você terá toda paz do mundo.

Nara: Ficaremos juntos Miguel, mas só vou se a Luiza for comigo! — elas se olharam e o riso na cara de Luiza foi instantâneo.

Luiza: Como que falo não pra você dona Nara?

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Luisa

Chegamos até a casa de Nara e ajudei ela levando para o quarto, ajudei no banho e sentamos nas duas poltronas que tinha no quarto.

Nara: Percebi você triste, não só por minha causa mas Caio não foi lá e ele sempre nos visita. — ela deu um gole no seu chá sem tirar os olhos de mim.

Luiza: Como pode me conhecer tão bem? — dei uma risada baixinha e ela fez o mesmo afirmando a cabeça que sim — Peguei ele no quartinho de descanso com a Luana.

Nara: O que? Que moleque trouxa! — Amava quando ela falava com um linguajar mais novo, me divertia com ela.

Luiza: É, eles tiveram coragem e é a vida me ensinando para não confiar em homens.

Luiza: É, eles tiveram coragem e é a vida me ensinando para não confiar em homens

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