03. Desafiando o Diabo

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— Tem uma sonoridade bonita — comentou Jauregui. — Imagine gemer esse nome? "Oh, Paul, isso vai!"

Harry largou uma almofada em cima dela que gargalhou, jogando de volta uma de suas adagas presas em sua perna em uma velocidade alucinante a Harry que pulou para o lado, desviando.

Eu mal tinha piscado.

— Muito lento — destilou com um sorriso venenoso.

— Muito ardilosa — resmungou Harry. — Sabe que a brincadeira com facas só funciona se eu estiver com adrenalina no sangue. Você não me preparou para isso.

— Qual a graça de atacar se você espera que eu ataque? — apontou sabiamente, andando até sua adaga e colocando debaixo de seu vestido, bem enterrado em sua coxa. — Esteja sempre atento.

— Vai ter volta.

— Mal posso esperar — sussurrou com os lábios entre os dentes, observando as pupilas lupinas aparecendo lentamente e deixando Harry ameaçado.

Quase revirei os olhos. Alfas sempre tão territorialistas e fáceis de irritar. Chegava a ser cômico como uma pequena amostra de posse de instintos lupinos os deixavam ameaçados.

— Qual foi agora? Quem vai fazer xixi ao redor do pé da cama primeiro? — retruquei aquela graça com tédio. — Competição de quem é o dog mais malvadão.

Os dois me encararam com voracidade, quase rosnando, e eu poderia me sentir ameaçado se eu não tivesse duas facas e uma pistola bem guardada em meu terno.

— Muito engraçado — rosnou Styles. — Quase morri de rir aqui agora, nerdzinho. Vamos ver quando você precisar de ajuda e os dois dog malvadão querer retribuir a graça.

Engoli em seco, dando de ombros.

— Você faria isso com seu quase-consorte? 

Harry esbanjou uma expressão de surpresa, semicerrando os olhos. Provavelmente se perguntava da minha forma brusca de personalidade.

Como eu fui de um ômega de cueca e meias de cactus a um homem bem sucedido e com ganas de o mandar a merda.

Essa era uma parte da minha personalidade, da minha pessoa, que eu realmente tinha medo e tentava enfiar ao máximo dentro de uma jarra escondido em Louis Smith.

Porém eu estava aqui. Vivo e sendo requisitado, mesmo sem o Olho de Horus tatuado em meu corpo. Eu ainda era uma munição e devia agir como tal. A partir do momento, dentro do banheiro desse bunker, que eu prometi jamais ter piedade de mim mesmo novamente, eu tinha sangue nos olhos.

Não me deixaria mais ser envenenado pelo amor.

— Não parecia muito feliz com a proposta de quase sermos noivos — refutou acidamente. — Mudou quando me viu de terno?

Ri pelo nariz, pondo uma expressão de completo cinismo.

— Não sei se o terno caro mudou em algo. Nem sei se você morto poderia bagunçar alguma coisa aqui. — Apontei para minha cabeça. — Mas diferente de mim, você respeita as tradições. Você quer me ver de volta a Ordem e sendo totalmente irônico, você sugeriu que pudéssemos seguir a tradição.

Eu estava dando nos dentes e especulando demais, disso eu tinha plena consciência, porém eu precisava saber o que Harry sabia. O que ele queria de todo aquele rolo gigantesco que eu me meti.

Ele não tinha dito sobre Lottie de forma aleatória. Ele queria me falar algo sobre o fato de que meu pai me passaria o comando da Ordem e, como todo casamento dentro da Máfia, seria por pura conveniência com os Styles.

Viúva Negra | L.SOnde as histórias ganham vida. Descobre agora