one. redenção;

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Eu sempre vou te amar

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Eu sempre vou te amar.

As últimas palavras do meu irmão foram um acalento para meu coração partido durante os meses que fiquei na prisão. Era na sua voz calorosa e seu olhar gentil que me concentrava todas às vezes que meus algozes me abusavam física e psicologicamente, com meus poderes selados e incapacitado, eu não podia fazer muito para me proteger. Mesmo quando disse a Kakashi, ele afirmou que foi minha imaginação, delírio, ou, minha mente me punindo pelos que crimes que eu havia cometido.

Às vezes, ainda tinha vislumbres dos abusos, as mãos passeando meu corpo sem permissão, me causando repulsa de mim mesmo, mas Kakashi disse que nada disso era verdade e, me concentrei nas suas palavras, acreditando que tudo fora uma invenção da minha cabeça, mas no fundo a verdade estava impregnada.

Era para isso que você gostaria que eu voltasse, Nii-san?; a pergunta constantemente rondava minha mente, mas não tive coragem de expressá-la em voz alta aos ventos.

Meu irmão achava que meus camaradas iriam me receber de braços abertos, mas fora exatamente o contrário, apenas Naruto continuava a me tratar como antes, Sakura continuava insistindo que o Time Sete era minha família e que não estava sozinho, mas sabia que ela ainda esperava que eu retribuisse seus sentimentos por mim, contudo, nunca poderia dá-la o que ela queria, uma vez que eu estava quebrado, e levaria anos para me recuperar, e além disso, eu não conhecia mais o amor.

Eu lembro perfeitamente das reações dos meus antigos colegas quando cheguei a guerra e declarei que desejava ser Hokage, eu não queria que houvesse outro Itachi e por aquele objetivo estava disposto à tudo, eu suportaria todo o ódio que viesse disso, porém, Naruto e eu lutamos no Vale do Fim e, estava tão cansado de tudo, que eu cedi. Eu confiei em suas palavras de que ele mudaria o sistema, eu conhecia o idiota o bastante para saber que ele vai ser um bom kage.

Havia conversado com Kakashi após deixar a prisão sobre meu desejo de sair de Konoha por um tempo para expiar meus pecados, ele concordara com a condição de que eu ficaria ausente por apenas seis meses, pois minha situação era delicada e só tinha conseguido minha liberdade por causa da minha ajuda na guerra e dispersão do Tsukyomi Infinito, como também a sua intervessão diante o Conselho, caso contrário, eu teria sido executado por meus crimes.

Aceitei suas condições humildemente, tendo ciência dos problemas que havia causado à Konoha. Eu não me importava com a vila, muito menos com as pessoas hipócritas que moravam nela. Estava apenas tentando ver as coisas com outros olhos, queria conhecer o mundo que meu irmão tanto amava, e aproveitar da calmaria dos tempos de paz.

Ficou acertado que eu estaria à disposição de todas as Cinco Nações, mas o Raikage deixara claro que minha entrada era proibida no País do Relâmpago, por causa da minha arrogância em invadir a Cúpula dos Cinco Kages, por tê-lo arrancando um braço, como também por causa da captura do Oito Caudas. E se eu cruzasse suas malditas fronteiras, seria morto.

Enquanto caminhava para o novo apartamento de Naruto, logo após minha reunião com Kakashi, vi os olhares do povo de Konoha. Eu continuei meu caminho indiferente aos seus olhares estúpidos, era tão irritantes como antes.

Quando o meu clã fora assassinado era notório os olhares penosos que recebia toda vez que deixava meu apartamento, mas também havia os receosos, como se a qualquer momento, eu fosse ter um surto e enlouquecer como meu irmão e massacrar todos eles, agora eles continuavam desconfiados, cochichando uns para os outros, a repulsa quanto o nojo tão claro em suas faces medíocres.

Eu os odiava. Todos eles.

Bati na porta do Dobe, mas quem atendeu foi Sakura. Eu olhei por cima do ombro dela, vendo todos o pessoal da Academia. Pude ver Iruka conversando com o loiro, voltei meus olhos para a Sakura, o rosto dela se iluminou, mas não pouco dei atenção, o arrependimento batendo com força. Pensei em dar meia volta, mas Naruto me notou e vinha na minha direção, sorrindo alegremente.

Ele estava um pouco mais maduro, mas ainda continuava um idiota.

- Entra, Sasuke. Você era o único que faltava para a nossa reunião. - ele disse, mas sabia que eu era tudo, menos bem-vindo, graças ao vira lata que me olhava com cara de poucos amigos e o herdeiro Nara.

Eu passei por Sakura, ignorando sua expressão aborrecida. E um silêncio constrangedor se fez presente no ambiente. Ino, que estava sentada no colo do meu substituto, Sai, abriu um sorriso simpático para mim. Eu olhei para todos que estava reunidos naquela sala e me senti deslocado, não era íntimo de nenhum deles, além dos meus antigos companheiros de time, além disso, passei muito mais tempo com a Equipe Taka do que como um membro do Time Sete.

- Sasuke, é bom ver você. - Iruka disse para mim, notei que ele estava sendo sincero e acenei com a cabeça para o meu ex-professor. - Kakashi me disse que você pretende deixar Konoha novamente.

- QUÊ? - Naruto e Sakura gritaram em unissono, não perdi os olhos úmidos da rosada, enquanto Naruto agarrou minha capa, me olhando furiosamente nos olhos.

- Que história é essa, Teme? Você ficou maluco? Sabe que sua situação é delicada, quer ser morto?

Me desvencilhei dele bruscamente, não reprimindo o rolar de olhos, diante o exagero do mais novo.

- Não é o que você está pensando, idiota. - falei irritado. - Kakashi permitiu minha saída. E será por apenas seis meses, infelizmente. Eu quero entendê-lo, Naruto. Eu quero amar esse mesmo mundo que ele tanto quis proteger.

O Uzumaki relaxou ao ouvir minhas palavras, e ele compreendeu exatamente ao que estava me referindo, mesmo morto, Itachi ainda rondava entorno do meu mundo, uma vida inteira não seria o bastante para me redimir por tudo, principalmente por matar a única pessoa que me amava profundamente.

O apartamento de Naruto era muito melhor do que o outro que ele morava, o novo status como heróis de guerra estava dando-o frutos, as pessoas já não olhavam mais para ele como antes, agora havia respeito e admiração. Eu também tinha lutado contra Madara Uchiha, fui apunhalado pela minha própria espada, mas isso não me importava mais. Estava contente com meu antagonismo, afinal, ele sempre almejou o respeito das pessoas de Konoha, então, deixe-o saciar sua fome de atenção.

No fundo, eu estava feliz por ele também. Dobe maldito que não desistiu de mim, mesmo quando eu próprio havia desistido da minha salvação. E eu era grato por sua teimosia infinita.

Eu sentei um pouco distante dos outros, me permitindo enterrar minhas preocupações no fundo da mente e, aproveitar aquela fraternização na casa de Naruto.

No dia seguinte, eu deixaria Konoha, para me redimir dos meus pecados, sem saber das surpresas que me esperava na minha jornada solitária.

* * *

meu deus do céu pareceu uma eternidade para mim atualizar essa fic.

devo confessar que ela é minha xodozinha.

shisasu tudo pra mim.

beijos.

até a próxima.

empty hearts | shisasuWhere stories live. Discover now