IV; Hale heist

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4| 𝖧𝖺𝗅𝖾 𝗁𝖾𝗂𝗌𝗍

— FOI ESCRITO EM 1787.- Julie começou a sublinhar a frase do livro com caneta vermelha, explicando a aula de história para o calouro. Era hora do almoço na escola quando Julie daria aulas de reforço remuneradas, e ela sabia que teria problemas com o conselho da escola se descobrissem que ela está fazendo isso no horário escolar, mas isso não a impediu.
— Você sabe quem causou isso? Vou te dar uma dica: rima com Tames Addison.

O calouro, entretanto, parecia perdido em seu próprio mundo.
— Sim, sim.

— Liam?- Julie suspirou quando finalmente percebeu que ele não estava prestando atenção, seu foco estava nos alunos à distância.
— Então, em 1789, eles criaram a lei que ainda temos hoje, que proíbe os pais de nomearem seu filho Liam Dunbar porque ele estará para sempre amaldiçoado a reprovar na aula de história.

— O que?- Liam balançou a cabeça, pegando a última parte.
— Desculpe- Seu rosto caiu sobre as palmas das mãos.
— Não consigo me concentrar, tenho treino de lacrosse amanhã e você sabe que preciso entrar.

Julie balançou a cabeça lentamente.

— Também sei que você é muito bom e que não há dúvida de que vai chutar a bunda de todo mundo. E, de qualquer maneira, também vou para o treino. Em parte porque tenho que interromper essa coisa de tutoria em vinte minutos e continuar no campo, e em parte por causa de outra coisa.

— Qual é a outra coisa?

— Meus amigos estão no time e eu gostaria muito de ver suas bundas sendo chutadas por um garoto de quatorze anos.- Ela explicou, anotando fatos resumidos que ele precisa saber para o teste de amanhã.
— Memorize isso, eu te ensinarei o resto depois. E pelo amor de Deus, não perca as notas que eu te dei para que seu pai não me demita.

Liam juntou suas anotações, um papel específico captando sua atenção, e ele o pegou com curiosidade. Julie estava ocupada enchendo sua mochila com seus cadernos e canetas para perceber que ele estava segurando o bilhete de suicídio de sua mãe.

— Eu acho que você deixou cair isso.

Porra. Seus olhos se arregalaram ao vê-lo segurando o papel dobrado, e ela imediatamente o arrancou de suas mãos.
— Certo. Obrigada.- Ela rapidamente começou a andar para trás, quase tropeçando.
— Boa sorte amanhã!

Quando ela o deixou na sala de estudos um tanto confusa, ela desdobrou o papel coberto de sublinhados e círculos ao redor das palavras, tudo com as teorias obscuras de Julie sobre a morte de sua mãe. Ela tentou dobrar as bordas para que os alunos que passassem não espiassem no papel, mas não se importou o suficiente para cobri-lo mais.

— Ei, olha por onde-- Quando ela olhou para a pessoa que esbarrou, ela suspirou.
— Ah, é você.

— Eu adoro quando você está feliz em me ver.- Stiles ergueu os dois polegares sarcasticamente.
— Como foi sua aula de reforço? Um calouro intimidou você sobre ser um paciente de Eichen de novo?

Julie balançou a cabeça, puxando-o para fora de sua próxima aula.

— Pior.- Ela exalou profundamente, mostrando a ele o papel dobrado entre os dedos.
— Ele encontrou o bilhete de suicídio da minha mãe. Não sei se ele leu, mas se o fez, não tenho certeza de como explicar ao pai dele que mantenho uma cópia anotada da carta de suicídio da minha falecida mãe no bolso para ir à escola.

Invisible String - Stiles Stilinski ²Where stories live. Discover now