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Me apaixonei pela imensidão de sentimentos que existem dentro do teu coração. E pela quantidade de estrelas que os teus olhos me fazem enxergar.

𖧷

Harry atravessou o enorme salão com uma camiseta de gola alta branca e uma calça na mesma tonalidade, seus sapatos oxford preto e branco ecoavam pelo salão vazio. E quando levou a mão até a maçaneta, a porta se abriu sozinha mostrando a silhueta da sua mãe e seu pai quase fazendo-o morrer de susto com a presença de Anne e Robin ajustando as roupas. Aparentemente estava aprontando algo horas atrás.

Ora. Ora.

— Meu Deus, Harry, onde você esteve ontem à noite?! — Reclamou Anne com a mão no colar de pedras vermelhas. — Margaret não apareceu ontem à noite com você, irei demiti-la.  

Harry olhou incrédulo para Robin que deu de ombros enquanto o pai abotoava os botões de sua camisa ao fundo. 

— Ela trabalha unicamente para mim, mamãe, não é como a senhora pudesse demiti-la. O único com esse poder sou eu.

— Onde você esteve ontem à noite com Margaret? — Robin perguntou. 

— Estava distraído demais na noite anterior com os seus problemas papai, resolvi todo o problema sobre os vinhos e os homens de preto. Por isso vim até aqui para conversarmos. 

Ele atravessou a porta aberta com as mãos nos bolsos e gingando um pouco ao caminhar, tentava disfarçar o máximo da dor em sua bunda, pescoço e corpo. A gola alta escondendo os hematomas dos dedos de Tomlinson da sua pele neve. Ele pigarreou e se virou para encarar os pais atrás de si.

— Os Fennings pegaram a carga das barricas de vinho hoje no final da tarde, troquei os rótulos dos melhores vinhos para os menos favorecidos. — Passou o polegar no lábio inferior. — Libere todas as barricas que estão com as datas mais recentes e a numeração estará no quadro branco ao lado do celeiro próximo à capela. 

Anne sorriu orgulhosa e Robin se aproximou dando tapas fortes o suficiente em seus ombros para fazê-lo arrancar um gemido sôfrego. Ele sorriu com os lábios trêmulos e fez uma reverência revirando os olhos no processo, porque bem, sua bunda doía pra caralho. 

— Estou orgulhoso de você, filho. — O pai falou. 

Anne beijou as bochechas do cacheado e o abraçou, juntando suas barrigas. Ela suspirou rente ao ouvido do adolescente e se afastou minimamente para acariciar a bochecha esquerda de Harry. 

— Está tudo bem, mamãe? — Perguntou preocupado.

— Sim querido, apenas alguns chutes nas costelas como sempre. 

— Talvez esse bebê goste de Polo no futuro, agitado até demais e gastará a energia em cima de cavalos. — Robin disse acendendo seu charuto. 

— Não diga bobagens e espero que seja uma menina para que ela me ajude com o gazebo do jardim, Harry não costuma mais fazer isso comigo. 

Ele balançou a cabeça sorrindo e mostrando as covinhas. Anne estava exagerando, foram apenas dois dias sem visitar o enorme jardim com gazebos.

— Papai lhe convido para uma partida de Polo e mamãe à tarde poderemos cuidar do jardim no gazebo, só preciso de uns momentos à sós com o papai. 

Completou olhando para os pais e saiu educadamente dizendo um "licença" mudo. 

[...]

As arquibancadas do clube de Polo estava repleto de pessoas engomadas e mesquinhas, o locutor narrava as ações dos jogadores e as numerações dos cavalos que cavalgavam na grama limpa e recém cortada. Sua vida era comparecer em partidas como essa quase que diariamente, mas ele não gostava muito por ser um esporte que ele mal conseguia desenvolver sua coordenação motora direito, ou controlava as cavalgadas ou acertava a bola e certamente ele preferia apenas cavalgar. 

Geborgenheit [larry stylinson]Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora