Capítulo 10- Ele fodeu a porra da minha vida.

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Encaro o caixa eletrônico e bufo por ter que pagar a conta lá dentro, pego minha senha e me sento esperando a minha vez. Não havia muitas pessoas, o banco estava vazio em questão de funcionários e de pessoas para pagar havia apenas umas 3, deixo minha mente viajar em Suguru já que estávamos juntos a quatro meses e estava tudo indo bem, meu pai não desconfiava de nada, meus amigos não sabiam e nos víamos todo dia, ele era bem melhor quando se tinha intimidade. Ergo o olhar e vejo que eu era a próxima, era, pois na hora entrou um bando de caras de preto atirando, falando que era assalto e que era pra todo mundo ir ao chão, faço isso pq afinal eu era filha de policial e também não queria morrer, eles entram onde ficava o dinheiro e penso em ligar para o meu pai mas uma mão toca meu ombro e se abaixa até mim que estava sentada encolhida no chão, eu congelo. FODEU. A pessoa abaixa a balaclava e eu não sei se fico aliviada ou preocupava.

- Niragi?? – falo e ele ri e me beija – ta doido?
- Só se for por você e por dinheiro, quer sair daqui comigo? – disse simples, mas com adrenalina.
- Ah claro, para ser dada como sequestrada de novo? Não muito obrigada – digo e ele sorri, me beija e desce a balaclava, sim ele ficava sexy com aquilo.
- Bora!! – ele gritou e todos saíram com sacos e mais sacos de dinheiro. Porra meu namorado era um bandido e só agora eu fui perceber.

Logo o banco estava lotado de policiais e entre eles meu pai, as câmeras foram destruídas e a quantia roubada foi enorme. Fizemos depoimentos dos rostos os traços dos bandidos (era horrível falar bandido para o meu namorado e os amigos dele, mas fazer o que né) e no fim por insistência de alguns colocaram Suguru no meio e eu estava super nervosa.

- Goldberg – fui chamada para contar como tudo aconteceu – pode falar – era meu pai e porra, eu tinha me mentir de novo igual àquela vez que soltei Niragi.
- Eu estava sentada e quando eles entraram apenas fiquei no chão até eles saírem – falo simples.
- Viu alguém? – o policial perguntou.
- Não, maioria estava de máscaras ou balaclava, mas as vozes eram grossas – digo e eles concordam.
- Ok, com base nos depoimentos anteriores fizemos esses rostos – meu pai me olhava, acho que eu estava tremendo – qual se assemelha? – o cara me mostra dois caras que nunca vi e Suguru.
- Aquele – aponto para um careca e eu torcia para não ser ninguém de Suguru, eu olhava para as fotos e para meu pai a fim de receber uma autorização para sair dali.
- Pode ir filha – ele diz e eu sorrio.

Saio e vou em direção a minha casa e lá ligo para Suguru.

- Que merda foi aquela? – pergunto e ele ri.
- Eu juro que você estar no banco na hora não fazia parte do plano – ele ri.
- Niragi, eu acabei de cometer outro crime e você está rindo – digo simples.
- Tudo bem, todo mundo fica nervoso nos primeiros – rimos – o que você fez?
- Perguntaram quem tinha assaltado e sua foto estava lá.
- O que você fez? – agora ele estava preocupado.
- Falei que foi você e até passei seu endereço – falo a ligação fica em silencio – eu menti né idiota, não te quero preso.
- Puta merda, no meu cu não passava nem wifi – rio – quer vir na casa do assaltante a noite?
- Quero – digo e rimos.

Naquela noite ele satisfez a minha vontade e transou comigo com a balaclava e em cima daquele monte de dinheiro que havia em um quarto da casa dele. Ele me deixou em casa pois amanhã eu teria aula.


Volto do intervalo e me sento esperando o professor chegar até que ouço meus amigos falando do assalto de ontem.

- Não sei pq cogitaram pensar em outra pessoa, obvio que foi Suguru – um menino diz.
- Mas pq ele faria isso? – minha amiga Ane questiona.
- Pq ele é um delinquente que quer tudo para ele! – ele diz e eu me levanto indo até ele. O que passava pela minha cabeça? Não sei, mas eu não iria deixar ele falar aquilo.
- Oi privada humana – chego perto dele.
- Privada humana? – ele pergunta me olhando com deboche.
- É só fala merda – digo e ele cruza os braços me olhando incrédulo- primeiro pare de acusar os outros sem provas pq nem no assalto você estava e segundo você nunca nem pisou na mesma calçada que a gangue do Niragi para saber algo – falo com autoridade.
- E você? Estava no assalto ou já viu Niragi cara a cara? – responde.
- Sim eu estava no assalto e eu moro na frente da boate dele e aliás frequento ela – faço uma pausa - meu pai sabe muito sobre ele, então cala a boquinha – e saio apenas escutando a povo falar que eu fui demais.
- Kaori! – Ane chega ao meu lado, ela era a minha melhor amiga e eu queria tanto contar sobre eu e Suguru – o que foi aquilo? Defendendo o Suguru?
- Não, apenas fiz aquele lá parar de falar merda – disse escondendo meus sentimentos.
- Ah sim, precisamos ir à boate dele no horário que ele estiver lá – ela disse analisando as unhas.
- Pq? – disse curiosa.
- Pq?? Até parece que você também não acha ele um gostoso né – ela ri e eu respiro tentando não gritar – todas as vezes que fui lá ele nunca estava, só vejo ele quando você vai – ela me olha e eu fico vermelha – eu sei que vocês já ficaram, não é segredo para ninguém mas acho que ele está querendo um replay.
- Nada haver louca – rio – quem pega figurinha repetida?
- Se eu tivesse uma chance com ele obviamente que eu adoraria repetir – ela sorri e eu a encarava.
- Tenta lá, ele é muito disputado – digo e ela ri antes de falar o quão bom deve ser o sexo dele e eu apenas a olhava, mas para a minha salvação o professor chegou e ela foi para o lugar dela. Aquilo ficou rodando na minha cabeça o tempo todo até o dia seguinte, eu não conseguia olhar a para ela de tanto ódio e o pior foi que eu não compartilhei a minha raiva nem com Niragi.

Após meu pai voltar ao trabalho após o almoço recebo uma ligação de Niragi.

- Posso passar te pegar para irmos em casa? – ele pergunta e a voz dele estava diferente.
- Pode, aconteceu algo? – pergunto.
- Vou ter um infarto de tanto ódio e eu só consigo me acalmar com você – ele disse aquilo e meu coração disparou, concordei e em poucos minutos eu estava entrando no carro dele.

- Oi meu amor – ele me abraça fortemente quando eu entro – o que foi? – pergunto quando separamos o abraço.
- Seu pai Kaori, seu pai – ele falava estressado quando arrancou com o carro – ele fodeu a porra da minha vida – ele bateu as mãos no volante e eu toquei seu ombro – ele roubou um carregamento bilionário meu, estava tudo certo e agora eu to na merda atrás de outro para amanhã – ele estava super irritado e eu não sabia como reagir.
- Calma meu amor – digo e o caminho até a porta do apartamento dele foi super quieto – Niragi? – falo assim que ele tranca a porta e joga a chave, carteira, celular no sofá.
- Oi – disse calmo e eu o abraço, ele estava tremendo de nervoso.
- Você almoçou? – pergunto e ele nega – vai tomar um banho enquanto eu faço algo para você comer – falo e ele concorda.
- Te amo – ele beija minha testa e vai para o quarto.

Abro a geladeira a fim de achar algo que não seja entalado ou industrializado e acabo optando por fazer uma omelete para ele. Quando está pronto o celular dele toca e ele desce apenas de cueca, já tinha tomado banho.

- Oi – ele atende e alguém fala algo – se for notícia ruim me liga daqui 5 minutos pq eu vou comer – diz e encerra a ligação, seus olhos param na comida – leu meus pensamentos – ele diz comendo um pouco e revirando os olhos – ta bom demais.
- Faz quanto tempo que não come comida de verdade? – digo e me aproximo dele que devorava tudo.
- Alguns dias – ele diz simples e eu fico indignada, como uma pessoa conseguia viver a base de Mc Donalds? – obrigada – diz quando termina e me beija – agora preciso ligar para os caras – ele se levanta e eu vou lavar a louça – o que? – ele grita e some para o quarto – COMO ASSIM ELE VENDEU PARA O SUETH? QUE FILHA DA PUTA!!! – escutei coisas caindo no chão – SÓ DA UM JEITO DE CONSEGUIR DROGA PARA AMANHÃ, NÃO NÃO VOU BATER NELE NÉ EU NAMORO A FILHA DELE! - mais coisas caem no chão antes de um silencio tomar a casa.

Resolvo deixar ele sozinho um pouco enquanto eu arrumava um pouco aquela casa, não era bagunçada ou suja pq ele pagava para limpar, mas as vezes ele deixava as coisas jogadas.

Vou até o quarto e após guardar dois pares de tênis dele no closet eu vou para a cama no qual ele estava deitado com a cara enfiada no travesseiro. Me aproximo e beijo sua cabeça e sua mão toca minha coxa, passo a mão nas costas dele e ele murmura em aprovação, então pego um creme e coloco um pouco na costas dele depois de subir e se sentar na bunda dele com uma perna em cada lado no corpo dele. Começo a massagear e ele se relaxou.

- Relaxa minha vida – digo e massageio.
- Como é possível ter sentimentos totalmente opostos pela mesma família? – ele diz rindo e eu rio – você escutou né? – ele disse e eu concordo – me desculpa, mas eu estava muito estressado.
- Tem ideia pq ele fez isso? – pergunto.
- Pq ele acha que fui eu que assaltei o banco – rimos – não que não foi, mas ele não tem rastros meus.
- Queria poder fazer alguma coisa – digo triste.
- Não quero que se machuque fazendo isso – ele diz simples e eu me abaixo até o rosto dele – acabou? Estava tão bom – fez biquinho o qual eu beijei.
- Vou fazer só para admirar suas tatuagens, mas não pq você pediu – digo brincando e ele ri.

Dou atenção as costas dele e ele já estava super relaxado. Não vou mentir que eu adorava me gabar pelo namorado extremamente gostoso e para me deixar mais doida por ele, ele dava o mundo por mim falando que eu era a mulher da vida dele. Quando percebo, Niragi já está dormindo então apenas me deito no lado dele e durmo também.

Acordo algumas horas depois e Niragi ainda dormia igual a um neném, me levanto e vou até a cozinha para pegar algo para comer, essa casa precisa de uma visita ao supermercado urgentemente pq não tinha absolutamente nada, a única coisa que acho é um pote de sorvete quase acabando. Pego o sorvete em um potinho menor e subo para assistir qualquer coisa na TV esperando ele acordar. Em alguns minutos sinto a cama se mexer.

- Oi – digo tomando o sorvete e ele ri sentando-se ao meu lado – quer? – ele concorda e dou um pouco para ele na boca – precisamos ir ao mercado Sr. Suguru.
- Acabou as coisas? – pergunta tomando mais sorvete e eu confirmo – a noite vamos, pode ser?
- Pode – digo simples – se acalmou? – rio.
- Sua massagem foi milagrosa – ele ri – faz tempo que eu não dormia bem, na verdade eu só durmo bem quando estou ao seu lado – sorrio quando ele fala e o beijo. Tomamos o resto de sorvete juntos e quando acaba ele tira o potinho da minha mão e me beija.

- Seu piercing está gelado – digo rindo quando separamos o beijo.
- Esta é? – pergunta e parte para o meu pescoço me fazendo gemer e ele ri satisfeito com meu gemido – quero você – disse rouco no meu ouvido e subiu em mim – você me quer? – pergunto e assenti – fale meu amor, eu gosto quando você fala – disse rindo enquanto tirava minha blusa, shorts e sutiã – você me quer?
- Eu quero Niragi – disse manhosa quando ele abocanhou meus seios, ele sorriu com a minha confirmação e deu um tapa na minha bunda antes de sair de cima de mim para pegar um preservativo – me provoca e sai, filho da puta – brinco enquanto ele vestia seu membro, era uma cena linda ele se masturbando para colocar camisinha.
- Estou indo Srta. Kaori – ele diz voltando para mim e retirando a minha calcinha delicadamente – ainda tenho guardada a sua calcinha do restaurante – ele diz e eu sorri tímida – o que passava pela sua cabeça ficar sem calcinha no restaurante? Você é minha – disse me penetrando e eu gritei o nome dele – você é minha?
- Totalmente sua Suguru – disse passando minhas pernas pelo quadril dele enquanto ele aumentava a velocidade e ri ao falar aquilo. Ele estocava com força em mim me fazendo gemer e arranhar suas costas, seu corpo pesava no meu me perdendo para ele demonstrando possessão.

Nos beijávamos em um ritmo totalmente diferente das estocadas, era lento nossas línguas brigavam por dominação e quando cansávamos mordíamos o lábio um do outro nos provocando e disputando quem fazia isso de maneira mais prazerosa.

Minha intimidade queimava de prazer por aquilo e logo cheguei ao meu ápice afundado minhas unhas nas costas dele e gritando seu nome. Ele me olhou cheia de prazer e sorriu malicioso, mas sem parar de estocar.

- Não pare! Continua – disse gemendo e ele continuou até chegar ao ápice – faz 5 meses que eu transo com você e nunca fica sem graça – digo rindo e arrumando alguns fios de cabelo.
- Faz mais – ele se deita de lado e me puxa para ele – se arrepende de ter perdido a virgindade comigo?
- Não, foi bom, mas não imagina que seria em uma aposta e dentro do seu carro – rimos e ele me puxa para perto dele.
- Vem morar comigo – ele diz simples, mas eu me assusto com o convite.
- Ah claro, como eu falo para a minha família que eu mesmo sendo menor de idade namoro um bandido escondido deles? – ambos rimos – ano que vem eu já vou ser de maior e vou estar na faculdade e trabalhando aí eu venho – ele sorri e me beija.
- Vai demorar muito – ele faz drama.
- Falta dois meses para mim me formar e ser de maior – rio e acabo com o drama dele – aliás, como eu optei por não fazer formatura, um dia antes vamos ter uma apresentação literária e eu vou me apresentar – disse tímida, mas ele ficou feliz.
- É um convite? – assenti – o que vai apresentar? – ele pergunta.
- Ainda não sei, talvez um poema – rio e nos beijamos mais uma vez – vamos no mercado? – falo animada.

Favorite Crime [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now