Capítulo 22

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Durante o caminho até o casarão, Massimo e as crianças encontraram a mãe de Alberto sentada em um banco de uma praça da cidadezinha.

- Mãe! - O garoto correu até Antonella.

- Alberto! - Disse abraçando o filho. - Que bom que você tá bem, amor!

- E você?! Tá bem?!

- Tô sim! - Sorriu.

- Ficamos muito felizes, estávamos preocupados... - Comentou Massimo.

- Que fofo... - A moça falou corada, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, de uma maneira sem graça.

- Você acha?... - Massimo também estava corado.

- Então, é assim que os adultos flertam? Interessante. - Falou Alberto.

- "Flertam"? O que é isso?

- Bom... Significa conversar, sabe, Antonella? - Giulia tentou disfarçar.

- Mudando de assunto, onde tá o Bruno? - Questionou Luca.

- Me prenderam sozinha na casa dos Visconti, eu não o vi. O Ercole me disse que ia procurar por ele.

- O velho seboso?!

- Giulietta!

- Desculpa, papà! Eu só não entendi, o Ercole te ajudou mesmo sabendo que você é um monstro marinho?

- A mãe dele é um monstro marinho, e ele sabe disso agora. O Filippo matou ela, e o Ercole percebeu quem é o verdadeiro vilão aqui. Agora, ele tá do nosso lado.

- E além disso, ele é meu parente.

- Oi?! O Ercole é seu parente?!

- Sim, Giulia. Minha vó é tia da mãe dele, ou seja, nós dois somos da mesma família, porque agora, ele tá tentando mudar.

- Santo pecorino... Quem diria, hein? - Falou o pescador.

- É, eu também me surpreendi. Mas na verdade, não sei se o Ercole é um híbrido, ou se é realmente humano. - Antonella falou.

- Eu nunca vi o Ercole entrar na água, por isso digo que ele é seboso. Mas vai saber, né? Talvez ele não se molhe, porque o pai dele tinha medo de alguém descobrir a verdade. E pra ser sincera, acho que nem nadar ele sabe.

- Acho que o Guido ou o Cicco devem saber. - Luca respondeu.

- O Guido e o Cicco! Esquecemos deles, ragazzi!

- É mesmo! - Disse Alberto. - Coitados, espero que não tenham se sentido excluídos por nós!

- Vamos procurar eles!

- Vamos! Tchau, papà, tchau, Antonella! - Giulia sorriu.

- Tchau, filha! - Falou, e beijou a testa da filha.

- Tchau, crianças!

- Tchau, mãe! Tchau, pai! Amo muito vocês!

- Também te amamos, Alberto! - Antonella riu.

- Então, tchau, sogros!

- Tchau, Luca! - Disse o homem.

O trio então começou sua busca pela cidade. Guido e Cicco estavam em uma sorveteria, a mesma em que os sorvetes que Luca e Alberto comeram pela primeira vez, foram comprados. Os garotos estavam sentados juntos comendo, parecia ser um encontro romântico.

- E aí, pessoal?! - Giulia os cumprimentou alegre.

- Ciao, Giulia! Ciao, Luca! Ciao, Alberto! - Falou o garoto loiro. - Como vocês estão?

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