Epílogo

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O tempo parecia que passava mais rápido quando estávamos juntos. Pouco mais de sete meses depois que começamos a sair como um casal, Hermione praticamente havia se mudado para o meu apartamento. A casa que um dia fora dela e do ex marido, havia sido vendida e estávamos a procura de outra. Porém não havia pressa, eu gostava dela ali. No meu espaço. E Dom também era um grande apreciador dessa mudança.

Eu adorava acordar pela manhã e ter ela agarrada a mim, como se eu fosse fugir. Adorava quando ela andava pela casa apenas com a minha camisa e calcinha, dançando e cantando músicas que só ela conhecia. Adorava quando ficávamos no sofá, vendo filmes de terror e ela se escondia no meu peito.

Tudo nela era intenso e especial. Tudo com ela se tornava melhor. Eu estava completamente viciado naquela mulher e não escondia isso de ninguém. O primeiro eu te amo veio no meio de uma confraternização da empresa dela e eu fiz questão de gritar para todos ouvirem o quanto eu tinha sorte por tê-la comigo.

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Em um ano e meio juntos, havíamos comprado nossa casa. Como presente de aniversário para ela, eu lhe dei uma filhote de husk siberiano chamada Lizzy. Uma irmãzinha para Dom, que não gostou muito mas depois foi só felicidade para nosso filho de quatro patas. Morávamos nós quatro e estávamos tão felizes quanto um casal poderia estar.

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Em três anos juntos, eu a pedi em casamento. Fizemos uma cerimônia simples no nosso quintal, apenas para amigos próximos e família. Ele estava linda, usando um vestido quase branco de renda. Foi um dos dias mais felizes de todo a minha existência. Dom e Lizzy levaram nossas alianças até o altar, mas não sem antes fazerem uma bagunça. Dançamos e sorrimos a noite toda. Bebemos e curtimos nosso dia especial. E a noite, fizemos amor como marido e mulher.

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Em quatro anos juntos, passamos por uma crise. Ela não conseguia engravidar e a cada mês, uma nova parte do coração dela se quebrava. Eu tentava consola-la, mas ela apenas me afastava. Foi o pior ano para nós. Sempre que eu chegava, ela saía. Sempre que ela aparecia, eu ia para outro cômodo. Vivíamos estressados e discutíamos por tudo. Mas no fim, conversamos e resolvemos tentar mudar a situação. Ficamos bem de novo.

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Em cinco anos juntos, resolvemos entrar com o processo de adoção de um bebê de uma adolescente. Ela tinha 16 anos e estava grávida de 6 meses. Seria o tempo ideal para o juizado de menores nos avaliar e decidir se poderíamos ou não ter a guarda do bebê.
Foram meses de espera e angústia. Montamos o quartinho da nossa pequena Rose todo na cor lilás. Compramos berço, cômoda, trocador e roupinhas. Meu Deus, as roupinhas! Tudo estava perfeito, apenas esperando aquele pacotinho de amor.
E então ela veio. E no mesmo dia do nascimento, o juiz nos deu a guarda dela. Foi o segundo dia mais feliz de toda a minha existência.
A assistente social chegou pela manhã e a entregou nos braços de Hermione, que chorava copiosamente com aquele pequeno embrulho nos braços. Nós a apresentamos a seus irmãos, Lizzy e Dom. Que de imediato aprovaram sua presença na casa.

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Rose estava agora com seis meses de vida e era a coisa mais linda do mundo. Seus cabelos eram ruivos e os olhos tão azuis quanto um dia ensolarado. Ela brincava com seu mordedor na cadeirinha de alimentação quando eu cheguei de mais um serviço cansativo. Estava completamente estressado, mas ao ver aquele sorriso para mim, todo o estresse havia passado. Tina, a babá, preparava sua mamadeira.

— Oi pequena, onde está sua mamãe?

— A dona Mione está no quarto e disse para o senhor ir direto para lá quando chegasse.

Tina respondeu. Falei a dando um beijo nela e seguindo para o quarto do casal. Hermione estava sentada na cama com os olhos marejados. Ao me ver, uma lágrima escapou, rolando por sua bochecha.

— Amor, o que houve? Está tudo bem?

Me aproximei, me abaixando na sua frente. Ela pegou um pequeno objeto e me entregou. Era um teste de gravidez. E havia dois palitinhos ali. Engoli em seco, a encarando. Minhas mãos tremiam e eu não sabia como reagir.

— Meu Deus... você está... grávida.

Sussurrei em êxtase. Hermione concordou com um aceno de aceno de cabeça, dando uma risada em meio as lágrimas e me abraçou. Eu a levantei, rodopiando no ar com ela. Rindo em alto e bom som. Foi ali que entendemos que as coisas só acontecem quando tem de acontecer. Que nada na vida é por acaso. Cada pedra que pisamos, cada curva que fazemos, nos leva a algum lugar. E todos os meus caminhos, me levaram até ela. Até aquele momento de pura felicidade e emoção.

— Aconteceu, Draco. Aconteceu mesmo.

Ela ria e sorria, e ao mesmo tempo chorava. Como podia? Alguém rir e chorar ao mesmo tempo. Meu coração estava quase explodindo de tanta felicidade. Saí correndo pela casa, gritando a quem quisesse ouvir que nossa família iria aumentar. Ao chegar na cozinha, peguei nossa Rose nos braços a balançando enquanto ela gargalhava. Logo Dom e Lizzy se juntaram a nossa comemoração, latindo e pulando. Então nós quatro, em breve cinco, éramos a família mais feliz e cheia de amor de todo o mundo.

Fim.

Bad Liar - Dramione Where stories live. Discover now