Capítulo 66: "Fuga"

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− Eu estou.... − Inspirou fundo, colocou a mão livre de forma contrita contra o peito, e se pôs de forma mais ereta ao meu lado. − ...Bem. − Todavia, assim que o fez, pude voltar a encarar aqueles olhos questionadores e exigentes mais uma vez, e voltei a meu estado habitual.

− Já que é assim, o senhor já pode me soltar... − E me aproveitando de seu estado atordoado, puxei meu braço preso em suas mãos, com toda a força de tinha e desta vez, pude me afastar dele.

− Por favor, espere! − O ouvia me chamar ainda de modo receoso enquanto me afastava, e estava satisfeita ao notar que ele não seria idiota o suficiente de fazer um escândalo naquela entrada lotada de funcionários. Mas quando estava preste a alcançar o hall principal, me sobressaltei ao ouvir um grito altivo chamando o meu nome. − Por favor, me escute, ao menos desta vez!

Me virei confusa em sua direção, não acreditando em sua ousadia, mas ele estava no mesmo lugar, com uma expressão estranhamente tímida, e supus que naquela altura, só poderia estar delirando. Balancei a cabeça em descredito e voltei para o meu percurso.

− Só uma chance! É só isso que eu te peço! − E desta vez, aquilo fora alto, e, claro demais para ter sido somente fruto da minha cabeça.

Virei mais uma vez, e assim que vi todos aqueles rostos de iam de mim e ao CEO, de modo afobado e curioso, notei que realmente não tinha ouvido errado. Me questionava se realmente valia a pena tentar conter tudo aquilo, ou ignorar de vez, e fugir dali, mas quando vi que aquele homem já estava prestes a abrir a boca outra vez, corri o mais rápido que podia em sua direção, para conter seu ataque de loucura.

− Mas que idiotice pensa que está fazendo? − Fora minha vez de agarrá-lo pelos dois braços, enquanto cochichava em seu ouvido sobre o quão absurdo estava sendo. − Gritando desse jeito, o que acha que as pessoas irão pensar? Não acha que já tem escândalos o suficiente?! − Ralhei, contendo a vontade de puxar sua orelha, como faria com o meu irmão mais novo.

− Ou era isso, ou você sairia daqui e não iria me ouvir. − Respondeu em um tom mais baixo, mas sem dúvida, os ouvidos atentos ao nosso redor conseguiam ouvir.

− Não há nada que o senhor vá falar, que já não tenha dito ou que eu já não saiba. − Devolvi seu argumento de maneira mais complacente possível, talvez somente por não ser mal interpretada pelas testemunhas que estavam no local, e não pela expressão totalmente apiedada que Namjoon fazia.

− Mas, e se eu melhorasse? Se eu, na verdade, já esti –Tentou argumentar, mas eu o cortei, antes que os fofoqueiros ouvissem demais.

− De qualquer maneira, minha resposta seria a mesma. − Escorreguei minhas mãos sobre seus braços, que ainda segurava levemente, e deslizei meus dedos em suas mãos, em forma de prévio consolo, mesmo que isso seja última coisa que ele merecesse ou se importasse. − Não me faça recusá-lo mais uma vez.

− Mas, você não precisa recusar, se você me ouvir... − Ele insistia, e seu tom de voz parecia estranhamente amuado desta vez.

− Sr. Kim, eu conheço muito bem o senhor, como, tenho que admitir que o senhor também, me conhece... − Suspirei, e ao continuar, tomei cuidado ao me aproximar e ir rente ao seu ouvido e explicar de uma vez por todas, o porquê não continuar com aquela ideia absurda.

− Nós dois sabemos muito bem que eu seria a pior opção para ser sua acompanhante de luxo, ou muito menos, uma esposa de fachada − Apoiei meu peso ao me segurar em seu ombro e tentei ignorar da melhor forma possível os olhares curiosos queimando em minhas costas. − Sei que de forma inconveniente, acabei incitando sua personalidade competitiva, mas caso o senhor volte a pensar mais racionalmente, verá que todas as suas antigas pretendentes, mesmo sendo de escolha de seu pai, serão uma escolha mil vezes melhor do que a mim, sua secretária. − Me afastei de seu ouvido e voltei a encará-lo, encontrando uma expressão bem mais desanimada, do que imaginava.

− Você sabe há muito tempo que quero que seja bem mais do que uma simples secretária para mim, eu posso... − Sua expressão agora ficara rígida, como se quisesse conter algo dentro de si, e pela primeira vez, pareceu incomodado, com a quantidade de pessoas que estavam nos observando. − Não ter tido coragem antes, mas, se você ao menos, acreditasse desta vez... − Senti suas mãos se juntarem as minhas e as apertou com força, em um pedido de apoio, mas eu as soltei.

− Como lhe disse antes, isso não cabe somente ao senhor. − Pressionei meus punhos, me convencendo que iria me conter. − Eu não sei o que o senhor esperava com tanta insistência, mas saiba que, a única coisa que acredito é que não mudarei de opinião.

Eu sabia que isso não seria o fim, que isso estava longe de acabar, mas independentemente do que ele tentasse, eu não iria desistir de escolher minha própria felicidade.  

N/A: atualização de feriado! (não se acostumem)

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N/A: atualização de feriado! (não se acostumem)

essa foi a melhor  finalização de um arco? provavelmente não. Mas eu definitivamente tive de me convencer que, ou terminaria isso, ou não teria coragem de terminar (ou de arranjar um tempo, de não sei onde, para fazer uma long decente para tampar os buraquinhos que deixei, mas se quiserem, podem deixar suas teorias) 

Estejam prontos para o próximo capitulo, pois ele definitivamente será  o penúltimo arco. 

e minha nossa, eu estou tão ansiosa para o próximo...!

uh uh uh quem será?! 

bonus do feriado: publiquei uma tradução de uma fanfic da Bela e a Fera (universo de OUAT) de comédia, então caso, tenham interesse procurem ela no meu perfil do AO3 (link do meu perfil)

Meus Sete Clichês | BTSWhere stories live. Discover now