passado: dean cameron

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Maya Grace ergue uma das sobrancelhas.

— Como sentir saudade de você, se te vejo todos os dias na escola?

Abro um sorriso de canto.

— Eu digo no sentindo de me beijar, você me beija na escola? — vejo sua cabeça balançando em negação. — Então, eu posso te deixar com saudades de me beijar.

Estico meu corpo apenas o suficiente para que consiga a pegar pela cintura e aproximá-la de mim. Já era, Maya Grace estava totalmente entregue, foi o que ela mostrou quando colocou delicadamente os braços em volta do meu pescoço e suas pernas ficaram presas por causa das minhas. Meus lábios tomam a sua clavícula e vou depositando beijos até chegar em sua orelha. Ela dá uma risadinha baixa quando se sente arrepiada. Deito meu corpo no colchão vazio, a levando comigo, porém ela cai em cima de mim.

Seguro seu rosto com uma de minhas mãos, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, levando em seguida os dedos até sua nuca. Lentamente aproximo meus lábios dos seus, a beijando de imediato. Sua língua adentrou a minha boca e explorava cada canto dela da maneira correta. O beijo não estava rápido, mas também não estava lento. Quanto mais ele rolava, mais parecia que nossos lábios necessitavam um do outro. Resmungo baixinho, quando ela finalizou.

Abro meus olhos e Maya Grace estava me encarando com um sorriso no rosto, e eu demorei alguns segundos para perceber que estava também.

— Então, se você quer me levar para algum lugar, vamos logo. — Maya Grace afastou seu corpo do meu e se levantou, mas a impeço, segurando em seu braço.

— Sabia o jeito perfeito para te convencer. — ela revirou os olhos mordendo o lábio em seguida e aproveito minha queixa para depositar um selinho neles, antes de me levantar e saímos juntos pela janela.

Não demorou muito para eu estar no carro dirigindo. Dessa vez Maya não me pediu para dirigir, já que não fazia ideia de onde iriamos e permaneceu quieta o caminho inteiro, com o corpo encostado na porta e a perna dobrada. Ela nem ao menos trocou o pijama, mas estava tão linda que nem ligava para a roupa que vestia. Perguntou apenas uma vez para onde iriamos e a única coisa que digo que é surpresa e que ela irá amar muito.

Estamos em um lugar escuro, cheio de mato e completamente desértico, mas paro o carro mesmo quando nos vejo cercado por árvores e arbustos. É um pouco afastado da cidade, mas o lugar perfeito para olhar as estrelas. Maya Grace sai do carro de imediato e vaga o olhar ao seu redor, estranhando. Dou uma risada baixa, logo ela abre um sorriso quando retiro do porta-malas um telescópio.

Sua expressão é de surpresa e é exatamente o que queria ver.

— Meu Deus, esse é aquele telescópio que nós te demos em um de seus aniversários? — diz, dirigindo-se a mim em poucos passos e tocando no telescópio que segurava. Balanço a cabeça em confirmação, sem conseguir tirar o sorriso do rosto. — Meu pai vai amar saber que você ainda tem ele. É uma herança de família, mas como nunca fui chegada a isso, ele quis te dar.

— Eu me lembro. Fiquei admirado com ele quando fomos acampar aquela vez, se lembra? — ela concordou. — Seu pai fez questão que fosse meu, ele sabia que cuidaria bem dela.

— Ainda bem que desse você cuidou, porque o seu histórico não é muito bom. — certamente ela se lembrou de quando minha mãe disse que eu não era muito cuidadoso com os meus brinquedos e que rapidamente não teria mais telescópio, porém, dessa vez, eles me subestimaram. Fiz uma careta para ela. — Mas o que viemos fazer aqui? — perguntou e lhe mostro um sorriso divertido no rosto.

Antes de fechar o porta-mala, pego a toalha xadrez vermelha de piquenique que trouxe escondido de minha mãe. Entrelaço meus dedos com os de Maya Grace e saio caminhando, a puxando para que possa me acompanhar. Ela está admirada com o céu noturno iluminado por milhares de estrelas. Depois de caminhar por pouco tempo, o verde ao nosso redor some e estamos quase perto de um riacho.

antes que seja tardeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora