Epilogue.

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Como o prometido, aqui está o tão esperado epílogo! Pode parecer que não, mas a demora é totalmente justificada, escrevi 50k de palavras entre esse e o capítulo extra desde que postei o último cap da fic... Vou admitir, foi bem cansativo! Mas fiz tudo com muito amor e sei que vai valer a pena lendo os comentários de vocês ☺️
Sem mais enrolar, boa leitura!

...

O ar da terra natal é o mais puro dentre vários outros lugares, estar no campo não taria a sensação de pulmões limpos como o aeroporto de Doncaster traz. O barulho e pessoas trombando umas nas outras passa despercebido em meio ao encanto de retornar para a casa. A frança foi ótima, Marsella foi uma ótima cidade para viver e criar os filhos, mas nada como o verdadeiro lar. O vislumbre de Harry esvai assim que percebe o corpo de Annalise escorado no carrinho de bagagem, a menina é a prova viva que viajar com crianças pode ser fácil, mas viajar com pré-adolescentes é impossível. A ida foi boa, em seus oito anos, Anna estava fantasida com o charme francês, ansiosa para a nova vida que a esperava... A volta foi de fato um problema. A menina não quis vir de forma alguma, houve inúmeras discussões em torno de seu mau comportamento. Após ficar sem saída, ela apenas aceitou o retorno para a antiga cidade, mantendo uma carranca no rosto durante toda a viagem. Os pais entende a menina, já reviraram a rotina da filha de cabeça para baixo tantas vezes no passado, ela certamente está cansada demais para outra mudança radical. Ainda sim, o início da adolescência é uma fase terrível. Annalise não consegue expressar suas frustrações sem gritar ou bater portas, isso tem gerando conflitos na convivência de pais e filhos.

— Anime-se. — Harry entrelaça os dedos pelos fios castanhos do cabelo de Annalise. Seu cabelo está tão grande que já alcança a sua cintura, ela diz gostar do comprimento. — Olhe só para os seus irmãos...

— Alicia só está feliz porquê acha que vamos comer bacon todas as manhãs. — Annalise suspira, corrigindo a postura. — E o Tyler diz que as garotas daqui são mais bonitas, é por isso que ele está tão animado.

Harry balança a cabeça em um aceno negativo, antes que possa repreender a filha por falar dos irmãos dessa forma, Louis passa ao seu lado com Alicia sentada em seus ombros. Harry rapidamente observa com o cantos dos olhos, notando a animação de ambos.

— Eu não quero comer ovos mexidos no café da manhã, está bem? — O sotaque de Alicia é inegável. Por mais que em sua casa todos falassem o inglês em sua melhor forma, todos os estudos da menina foram em francês. Logo, ela se habituou com as duas línguas, mesmo tendo um sotaque estrangeiro forte. É algo para corrigir futuramente, por enquanto, Harry acha uma graça.

— Você vai comer tudo o que quiser. — Louis sacode a menina ainda mais, arrancando murmúrios felizes da mesma. Ele também parece uma criança nesse exato momento, anseiou duramente muito tempo seu retorno para a cidade natal. — Vamos ver o vovô!

— Eba!

Como a casa estava sobre os cuidados de Desmond, foi ele quem ficou na residência nos anos em que Harry e Louis estiveram fora. Hoje, ambos não pretendem morar no mesmo lugar em razão do o modelo antiho casa. No entanto, precisam ficar em algum lugar nas primeiras semanas e como Desmond sempre fora prestativo com o filho, ele deixou a casa limpa e organizada, até mesmo ofereceu para buscar a familia no aeroporto.

— Você não sente falta da casa antiga? Da escola, amigos... — Harry insiste em animar a filha.

— Não. Sinto falta do ar francês. — Annalise balança os ombros.

A revirada de olhos é forte, Harry não sabe como lidar com a revolta pré adolescente da filha. É Tyler quem costuma colocar a irmã nos eixos, ele briga com a menina a cada sinal de malcriação. Ao perceber que o filho está entretido em uma loja de convivência, ele revira os olhos novamente.

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