Capítulo 15

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Ele estava sentado no sofá na garagem de Yamcha vendo o ensaio da banda de Chichi, há duas semanas eles estavam em uma pesada rotina entre as apresentações, trabalho e ensaios.

O que acontecera na roda gigante? Ambos, internamente, atribuíram à súbita carência e proximidade, nada de tão anormal e era somente isso. Na primeira semana eles evitaram ço contato do sexo, cada um do seu lado, com sua própria desculpa, mas, quando a vontade de ficarem juntos bateu forte, não teve escapatória e na semana seguinte houve todo o tipo de desculpa das mais infundadas possíveis para se verem.

Encontros que aconteciam em lugares inusitados: sexo no carro – e esse muito complicado e cheios de embaraços num primeiro momento – num motel, na sua casa, até em locais públicos e escondidos. Era uma total e insana loucura, mas o que ele poderia dizer? Parecia um viciado que se recusava a se livrar de sua amada droga cujo o peso da abstinência o enlouquecia, ou rendia mais e mais composições inacabadas, todas elas.

Naquela quarta-feira, ele estava ali justamente com a intenção de tira-la dali para fazer algo. Simplesmente porque ele estava entediado, mas não era a habitual necessidade de tê-la na cama, ou o corpo: ele queria e buscava a companhia dela. Dizia a si mesmo que era porque ela era a única garota que ele conhecia que o aturava o bastante para ouvir suas chateações de verdade ou para aguentar seu gênio; ou por várias outras razões que não precisava listar, porque para ele, ela simplesmente era uma garota foda e sua amiga.

– Vem pra cá Goku, toca algo e canta. – Chamou Yamcha o tirando dos seus pensamentos.

– Ah não, já disse. Nada de rockstar – sorriu sem jeito.

– Vem logo, bundão! – disse Chichi, rindo no microfone

– Tão doce, essa minha princesa! – Goku sorriu e ela mostrou o dedo do meio e ele fez uma careta. – Viu? Por isso que precisamos filmar essas coisas e mostrar ao senhor Cutelo o que a filhinha dele anda fazendo em público!

Ele pegou o microfone ponderando o que tocar e falou no ouvido de Yamcha que estava com o baixo e esse Enquanto tocavam a introdução ele disse para Chichi:

– Sabe que essa música é pra você né? - Ele sentiu o coração a mil vendo o sorriso dela que o matava, já vendo o olhar de fúria por trás daquilo, e era o delicioso

Mina, seus cabelo é da hora
Seu corpão violão
Meu docinho de coco
'Tá me deixando louco

Minha Brasília amarela
'Tá de portas abertas
Pra mode a gente se amar
Pelados em Santos♫

A risada de alguns que acompanhava o ensaio da banda se fez presente. o que se tornara comum, sempre ter visitantes.

Pois você, minha pitchula
Me deixou legalzão
Não me sintcho sozinho
Você é meu chuchuzinho
Music is very good

Mas comigo ela não quer se casar
(Oxente ai, ai, ai)
Na Brasília amarela com roda gaúcha
Ela não quer entrar
(Oxente ai, ai, ai)♫

A guitarra dela fazia o som e ele pegou o microfone virando-se completamente de frente para ela.

É feijão com jabá
A desgraçada num quer compartilhar
Mas ela é lindia
Mutcho mar do que lindia
Very, very beautiful

Você me deixa doidião
Oh, yes
Oh, nos
Meu docinho de coco♪

– Chega, chega! – Yamcha gargalhou quando pararam de tocar – venceu! Fim de ensaio.

Meu eu em vocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora