— Como está Choi Seungchan? — pergunto também, só para confirmar mesmo se isso não é um sonho.

— Está bem, está como você porém com o nariz quebrado mas relaxa, é normal. — ok, posso sentir alívio em saber disso também, hoje parece não ser real.

Só falta esse filho da mãe do Jimin me beijar, mas duvido que irá querer com a minha boca toda fudida. Apesar que ele nem quer, né? Tentei e já recebi o maior fora, tanto faz se estou inteiro ou com alguns pedaços em falta, ele não vai me beijar.

— Vou falar com os enfermeiros sobre a sua retirada, ok? Já volto! — minha mãe diz, se aproxima de mim e deixa um beijo suave na testa.

— Te acompanho, senhora... — Namjoon é quem fala, saindo do quarto com ela e deixando apenas eu e Park, que vai para o outro lado da cama e se senta ao meu lado.

O responsável por bagunçar a minha mente e por ter feito eu não matar aquele Seung, que tortura tê-lo aqui ao meu lado e não poder fazer nada.

— Meus amigos amaram, falaram que foi o melhor campeonato que já viram mesmo que no fim não tenha acontecido o de sempre... — ele começa mas dá uma pausa, puxando a sua perna para cima da cama. — Que orgulho, Jungkook.

— É... Eu sei. — não tenho muito o que dizer, até porque o fato de ontem ainda atormenta a minha mente, assim como eu não conseguir tocar no assunto me fere.

A vida seria mais fácil se dialogar também fosse, mas eu não consigo então o que me resta é esperar o momento, sei lá.

— Não, está longe de saber o quão orgulhoso eu estou de você. Confesso que estava com medo de você machucar o pobre coitado.

— Sinceramente, eu também... — confesso em meio a uma respiração de alívio. — É foda, Jimin. Você não faz ideia do que eu passei na cadeia, lutar me alivia ao mesmo tempo que me faz lembrar das coisas de lá, por isso eu sempre espanco o infeliz.

— Mas o que aconteceu para dessa vez você não ter espancado o Choi Seungchan? — ele me pergunta, calmo.

E, pela minha surpresa, consigo ser aberto e confiante pois a verdade é essa:

— Você... Lógico que meu filho e a minha mãe também mas eles não estavam lá comigo, já você estava e fez eu lembrar das coisas boas que tenho na vida. Você foi a prova concreta do que estou conquistando com eles.

Isso o silencia, eu sinto que o meu coração está batendo na garganta de tão forte. Os lábios de Jimin se curvam e o sorriso vem junto com suas mãos atrapalhadas que escorregam até o meu pescoço e ele me abraça, tão gostoso como todas as vezes.

Eu não sei o que é gostar de alguém, muito menos o que é estar apaixonado ou amando. Mas eu sei que Jimin mexe comigo, deixa o meu coração a turbilhão, faz eu me sentir bem mesmo com todos os meus defeitos, faz eu querer saber o que é amar alguém.

Será que só dele fazer eu querer descobrir isso signifique que eu já esteja gostando dele?

— Jimin... Me diga... — eu o chamo baixinho, olho rapidamente para o meu filho que está dormindo profundamente e desmancho o abraço. — Que tal sairmos amanhã a noite? Só nós dois, ir para o shopping e comer muito Burguer King, faz tempo que não como.

— Calma, você — ele põe a mão em meu peito, desnorteado — está chamando eu — agora aponta para si mesmo. — para um encontro?

— É, podemos chamar assim se quiser. — dou os ombros, ansioso que só o cacete pela sua resposta.

Cicatrizes - Pjm + JjkWhere stories live. Discover now