3. Os Príncipes

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Não são seus amigos.

Não me decepcione.

Escute, nós não somos amigos. — se virou para encontrar os olhos do príncipe do ar que estavam um pouco maiores que o normal. — E nunca seremos, então não tente puxar assunto ou algo do tipo. Esse lado é o seu...— apontou para onde Donghyuck estava. — E esse é o meu. — apontou para a sua parte. — E ponto.

— Ah...— a fala do mais jovem se esvaiou, ele mal conseguia reagir com a bronca.

Mark suspirou e saiu do cômodo deixando o moreno sozinho, ainda paralisado.

ℒℴνℯ

Renjun pulou na cama assim que entrou no quarto. Logo em seguida, Jeno também entrou com as malas em mãos.

— Essa é a maior cama. — o moreno comentou chamando a atenção do príncipe da água.

— Sim...? — Renjun ergueu a sobrancelha.

— Você é pequeno, não precisa dormir em uma cama desse tamanho. Deixe-a para mim, será mais confortável. — deixou as malas no chão.

— Ah, sim. Você tem razão, me perdoe. Pode ficar com a cama. — se sentou vendo um sorriso começar a brotar no rosto do príncipe da terra.

— Sério? — deu um passo a frente.

— Mas é claro que não! — Renjun franziu o cenho. — Eu cheguei primeiro!

— E?! A cama é o dobro do seu tamanho! Vamos lá, Renjun! — Jeno se aproximou e segurou os braços do pálido.

— Ei! Não toque em mim, seu brutamontes! — gritou com o moreno que riu de si.

Jeno não precisou fazer nenhum esforço para tirar o príncipe da água da cama. Bastou um puxão para que ele já estivesse em pé.

— Como ousa?! — Renjun conseguiu se soltar do aperto e começou a bater no peito do maior que agora segurava sua cintura.

— Olhe para você, os príncipes do mar são tão delicados! — Jeno brincou vendo o rostinho de Renjun tomar uma coloração vermelha.

— Eu vou te mostrar quem é delicado. — o baixinho rosnou.

Suas mãos, de repente, começaram a criar bolhas de água. Logo depois, as jogou no rosto do príncipe da terra que cambaleou para trás por causa da água em seus olhos. O resultado foi: Jeno tropeçando nos próprios pés, caindo no chão e puxando Renjun junto.

— Olha o que você fez! Eu estou todo molhado! — o príncipe resmungou cuspindo água.

— Bem feito! — Renjun gargalhou.

— Ah...Vocês dois estão bem? — se assustaram quando ouviram a voz do terceiro príncipe com quem dividiriam o cômodo soar.

— S-Sim...— Renjun desviou a sua atenção para Jaemin, que estava na porta com a sobrancelha erguida. — Nós estamos bem.

Voltou a encarar Jeno notando que ainda estava em cima dele, no chão, com o maior ainda segurando a sua cintura e os rostos a poucos centímetros um do outro.

Se apressou para levantar de forma desajeitada e com o rosto fervendo. Seria um longo mês...

ℒℴνℯ

— Já vou logo avisando...— Chenle ditou para o príncipe da terra enquanto tirava suas vestimentas da mala. — Eu costumo falar bastante, e falo ainda mais quando estou dormindo!

Jisung suspirou, também arrumava as malas. Ter que lidar com uma outra pessoa, que não fosse o seu irmão mandão, era bastante estressante para si. Havia uma guerra em sua cabeça, vencer a sua timidez era o objetivo.

— Ei, Jisung! É verdade que vocês só comem plantas? — o loirinho se sentou na cama do príncipe da terra, encarando o rosto corado.

— N-Não...— desviou o olhar para suas roupas.

— E é verdade que vocês são descendentes de gigantes e ciclopes? — os olhinhos do pálido brilharam.

— Talvez. — deu de ombros. — Acho que sim.

— Oh! E você já viu um pessoalmente?! — Chenle indagou animado.

Jisung o encarou, ele realmente parecia interessado naquilo. Corou quando viu que o encarava demais, sua boquinha formava um biquinho adorável e seus olhos brilhavam como estrelas no céu.

— Não...— respondeu, voltando a sua atenção para as roupas. — Nunca vi.

— Você gostaria de ver um? Eu adoraria conhecer um gigante! Eu perguntaria a ele se ele levanta os pés para pegar frutas das maiores árvores de Avalon! Ou se já escalou as várias montanhas e...

Chenle continuou falando e Jisung apenas sorriu ouvindo-o atentamente e respondendo suas perguntas com frases pequenas.

Com o tempo ele ia pegando o jeito.

ℒℴνℯ

Todos estavam reunidos na sala de jantar, aguardando ansiosamente a última refeição do dia.

Fora uma longa tarde, tiveram que organizar todas as suas coisas pois no dia seguinte teriam sua primeira aula com o fauno.

Falando nele, o professor adentrou o local com um carrinho cheio de bandejas com tampas. Mesmo sem saber o que era, a barriga dos príncipes já estavam começando a roncar apenas pelo cheiro.

— Aqui está. — o fauno colocou as bandejas na mesa e se sentou na ponta. — Antes de começar gostaria de fazer uma reza, agradecendo a Deusa pela refeição. — passou os olhos por cada um até sorrir para Jisung que corou. — Meu jovem príncipe da terra, gostaria de fazer as honras?

O rapaz tímido travou no lugar, o irmão vendo que o mais novo estava morrendo por dentro, lhe lançou uma cotovelada na costela fazendo-o pular do assento.

Jisung encarou Chenle, que estava na sua frente, e engoliu seco. O príncipe da água lhe lançou um 'joinha' e sorriu para si mandando forças para o rapaz.

— C-claro...— respirou fundo e fechou os olhos. — Mãe Divina, criadora do universo, agradecemos pelo dia de hoje, pelo alimento e pela vida. Abençoe essa refeição e a todos que estão presentes, pela glória de Avalon.

— Pela glória de Avalon. — todos repetiram juntos.

— Muito obrigado, Jisung. — o professor sorriu. — Já podem comer.

Os príncipes agradeceram e apreciaram o banquete em silêncio. O fauno ficou um tempo quieto observando cada um, tinha certeza de que não seria nada difícil lidar com os sete príncipes.

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Como eu terminei de escrever a fic, vai sair att todo dia às 20h00, oka?

Eu amo o fato de que todo mundo tirou conclusões sobre a personalidade um do outro e no final, os delicados são bravos e os que deveriam ser bravos são doidinhos

Até

Rᴇɢɪᴅᴏꜱ ᴅᴏ Cᴀᴏꜱ Onde histórias criam vida. Descubra agora