taekook em: beijinhos do Jiminie

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boa leitura!


— Bom dia papai. — Jiwon estava saindo do quarto que dividia com sua esposa quando sentiu braços circulando sua cintura e automaticamente sorriu. O leve cheiro a lavanda também o atingiu na mesma intensidade que aquele abraço.

— Bom dia garotão, como passou a noite? — perguntou deixando um carinho em seus cabelos loiros.

— O que isso quer dizer? — perguntou confuso inclinando a cabeça para o lado.

— Se dormiu bem anjo. — riu pela fofura e pegou sua mãozinha para o levar até á cozinha.

— Ah sim! O Tete não sabe explicar.. teve sonhos e pesadelos ao mesmo tempo. — bocejou permitindo-se ser guiado até ao cômodo.

— Como assim pesadelos? De novo? Quem são os diabinhos que andam incomodando o sono do meu bebê? — a voz suave e alegre da mulher entrou pelos ouvidos sensíveis de Taehyung que logo se desvinculou do homem para ir abraçá-la apertado.

Jiwon e Haeni eram os pais de Jungkook e seus pais agora também. Eles o tratavam como um filho então nada mais justo que tratá-los como progenitores. Sentia-se tão bem perto deles, tão acolhido e amado que sempre que eles saíam para trabalhar ou resolver algum problema da loja ficava com muitas saudades. Como não tinha celular era impossível se comunicar com eles durante o dia por isso quando chegavam a casa enchiam-o de perguntas e de muitos carinhos. Jiwon cheirava a um perfume forte e dominante, mas não intimidante para o híbrido. Já Haeni emanava um aroma adocicado a mel devido ao seu shampoo.

— Colinho. — pediu manhoso agarrando a cintura da mais velha que outrora colocava as coisas na mesa para o café da manhã e riu daquela carinha fofa espalmada contra si.

— Depois sim? Você precisa tomar seu café. — disse e o menino assentiu.

A mesa era retangular e de vidro o que era um autêntico perigo quando se tem um tigre bruto e desastrado em casa, no entanto Taehyung não queria que eles se desfizessem dela porque ela já estava lá quando ele chegou. Tomava o maior cuidado possível para não acabar quebrando ela com sua força fora do comum afastando sempre os seus cotovelos da mesma e evitando fazer movimentos bruscos. O senhor Jeon ficava numa das extremidades próximo á varanda, o garoto e sua esposa sentados um de cada lado. Já seu filho optava por ficar perto do híbrido ou da mãe, dependendo da sua vontade no dia.

Na mesa havia tudo do que Taehyung gostava de comer: bolachas, pão, geleia, leite com achocolatado, cereais, torradas e suco. Era indeciso e em tempos comia de tudo, mas com a dieta da sua nutricionista que o marcou como acima do peso só podia escolher duas coisas para comer. Odiava ir no médico e passou a odiar mais desde que veio de lá com uma lista de coisas que não podia comer. Colocou suco no copo com desenhos de cachorrinhos - que um dia o senhor Jeon o presenteou - e a mais velha ajudou-o a passar manteiga em suas torradas.

— Seus cabelos estão grandinhos demais Tete precisamos cortar. — ela disse após estender o prato em sua direção e o ver pegar com cuidado. Os fios loiros estavam desgrenhados como todas as manhãs e enroladinhos.

— Mas assim o Jiminnie pode botar grampos bonitinhos no m-meu cabelo. — o mais velho sorriu ao perceber que aos poucos o híbrido estava falando na primeira pessoa, o que já foi muito difícil para si.

Híbridos não iam á escola porque não havia uma, e eles não eram aceites nas escolas para humanos comuns. Porque para a maioria das pessoas híbridos eram vistos como seres inferiores, animais de estimação evoluídos e em casos mais extremos e perturbadores como brinquedos sexuais. Hoje em dia qualquer um pode adotar um híbrido desde que tenha condições para o fazer, ou falo-á ilegalmente. Taehyung só sabia ler e escrever algumas coisas pois tinha muita dificuldade, e á uns tempos para casa - precisamente três anos - é que estava evoluindo graças á insistência da família.

Tete com T de Tigrinho | taekookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora