"But where I stand, well, I don't know"
Aconteceu tudo tão de repente.
Em um momento eu estava caindo, olhando para o céu inconvencionalmente limpo, num azul claro tão profundo e envolvente. Seria o lugar perfeito.
Depois senti a água me acolher e n...
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Até quarta-feira daquela mesma semana tudo havia se encaminhado normalmente. Não tinha recebido muitas visitas em meu quarto além de Alice e Esme. Os Cullen perceberam que eu gostava de ficar solitária em meu canto. Mas eu não seria totalmente antissocial. Era só mais um começo como todos os outros. Era o curto tempo que eu tinha que fingir estar ainda me acomodando, quando na verdade aproveitava cada segundo como eu mesma. Logo seria dever se socializar.
Era tarde da noite e eu estava vendo as cores do pôr do Sol, da porta do meu canto, quando fui surpreendida.
Encontrava-me concentrada em meu momento de paz, observando os pequenos detalhes vistos durante o dia, esconderem-se nas sombras da noite, vagarosamente, quando ouvi uma voz atrás de mim, um tanto distante.
-Gosta do silêncio?
Não movimentei meu corpo, nem ao menos tentei olhar para Edward. Continuei olhando para fora, sabendo o que viria a seguir.
-Desculpe. Eu acho que atrapalhei seu silêncio.
-Tudo bem, Edward. Na verdade eu estava mais vendo do que ouvindo. Mas o Sol se põe todo dia.
-Certo. –falou ele, já se aproximando um pouco, mas ainda distante.
Senti que deveria dirigir-lhe o olhar, por formalidade, porém contra a minha vontade, mas mesmo assim, fiz. Ele estava mais desconfortável do que eu. Seu nervosismo era notável e sua mente exclamava a pergunta que queria fazer, mas tentava encontrar modos de chegar até a mesma. Assim se fez seu silêncio e era meu dever cortá-lo.
-Como vai Bella e Renesmee?
-Bem. As duas foram visitar Charlie, meu sogro, junto com Jacob.
“Fingir desconhecimento.”
-O lobo? Renesmee o mencionou para mim.
-Sim... Ele é da família. –falou com certa relutância.
Mesmo se eu realmente não tivesse conhecimento do que Jacob tinha com Renesmee, a reação de Edward ao dizer sua última frase me faria entender. Segui a conversa neste raciocínio. Talvez o assunto pudesse ser minha porta de fuga.
-Deve ser difícil para você.
-Ainda estou me acostumando com a ideia.
-Se tivesse escolha, não precisaria. Então eu acredito que não tenha.
“Lutar contra o inevitável é inútil.”
Ele apenas fez um aceno em concordância, depois abaixou a cabeça, olhou para o gramofone e seguiu até o mesmo.
-Gosta de Beethoven? “Für Elise” é uma grande obra.
