Presentes não são as Melhores Coisas do Mundo

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Datas festivas são como dias especiais feitos para dar presentes, todas as crianças acreditam nisso, principalmente as de dois anos a seis. Podem falar: “mas que mentira! Sempre tem uma exceção”, sim, meu caro amigo, sempre há uma exceção em algum lugar do mundo, porém esta não existe na cabeça do pequeno protagonista.

Choi Minho sempre fora um menino animado, vivia sorrindo, rindo, brincando e fazendo bagunça pelos cantos, seus pais viviam irritados, pois a cada dia uma nova travessura era feita. Mesmo pequeno, entendia das coisas e compreendia o quanto sua classe poderia atrapalhar sua vida, como ômega macho, o preconceito era grande.

Lembrava-se de seus pais dizendo a ele para não deixar que os outros dissessem como deveria se comportar, que o importante era quem ele era, e não o que os outros quisessem que ele fosse. Seu pai — mais do que ninguém — sabia das dificuldades que seu bebê passaria por causa dessa sociedade alfista, que tentam impor tudo, obrigando ômegas a serem recatados, julgando aqueles que eram diferentes, inventando estereótipos para todos. Onde um ômega precisava saber cozinhar, precisava ser fofo, não poderia — de modo algum — ser “bruto”Onde não poderia ser ele mesmo.

Com seus quatro anos já descobrira que a Ômega do Dente era completamente mentira, que o Alpha Noel não existia e que a Beta da Páscoa era só uma invenção dos mais velhos; mesmo com todo esse conhecimento avançado para sua idade, como um grande sábio-xadrez que era — palavra inventada por ele, com o objetivo de mostrar o quanto era sábio e malandro no preto e branco — calou-se e fechou os olhos para sua descoberta, fingindo que ainda acreditava em todos esses contos de fadas, visto que só queria e ligava para os seus amados presentes.

Meses passaram e o seu aniversário havia chegado, assim como toda criança ele acordou bem cedo, todo animado para saber o que aconteceria nesta data comemorativa especialmente sua e, principalmente, descobrir qual seria o presente que ganharia.

O pequeno saiu correndo até o quarto de seus pais e cutucou a bochecha de sua mãe, fazendo-a resmungar e franzir a testa. Mais uma, duas, três… Na quarta a matriarca acabou por acordar irritada, encarando o filho de cinco anos feitos, acabando por suspirar.

— O que foi, meu amor? — perguntou, pegando Minho no colo e colocando-o entre ela e seu marido.

— Hoje é meu aniversário, mamãe — falou o pequeno com um bico nos lábios. A alfa sorriu, acariciando os cabelos do filho.

— Oh… É sério? — perguntou como se não soubesse desse detalhe.

— Mamãe! — exclamou indignado, aumentando o bico já enorme nos lábios.

— Ai meu bebê, é brincadeira. É claro que eu me lembro do seu aniversário. — Sorriu, beijando todo o rostinho de seu filhote. — Por que não levantamos e seguimos para a cozinha? Que tal fazermos um café da manhã para o papai?

O pequeno assentiu, olhando para o ômega ao seu lado, este que continha os olhos fechados e a aparência serena. Sorriu para a mais velha e viu-a levantar, ir em direção ao banheiro e fechar a porta, alguns barulhos saíam de dentro do local: água, armário e tampa do sanitário.

Desceram as escadas sorrindo e foram até a cozinha, Minho foi deixado em cima da bancada, vendo a alfa de cabelos negros pegar cada um dos ingredientes e colocar em uma vasilha, começando a bater.

— Deixa eu bater, mamãe? — indagou manhosamente.

— Promete que não fará sujeira e nem uma travessura? — perguntou seriamente.

— Prometo!

A colher de pau foi entregue na mão do filho e a vasilha colocada delicadamente na bancada, onde o outro com a colher em mãos, mexeu a massa facilmente.

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⏰ Last updated: Jul 19, 2021 ⏰

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