O rosto do alfa demonstrava puro desespero e seu cheiro dominava o quarto.

Jeongguk sentia as lágrimas escorrerem por seu rosto, seu peito doía e seus pulmões queimavam, como se estivesse mesmo se afogando.

Percebeu que o aperto em seu pulso era frouxo, então se livrou das mãos do alfa e agarrou seus ombros, o puxando para si. Chorou desesperado, com o rosto escondido no pescoço do marido, sentindo o peso dele em cima de seu corpo. Não ligava, só precisava de seu alfa ali para lhe acalmar.

— Meu amor, me diga o que houve? — pediu virando os corpos e ajeitando Jeongguk em seus braços.

P-pes-delo! — soluçou alto, agarrando as costas de Taehyung e se encolhendo em seu colo.

O mais velho mordeu o lábio e acariciou os cabelos negros, balançando o corpo do ômega como se ninasse um bebê, enquanto o aromatizava.

Shh… Eu estou aqui — murmurava passando as mãos pelas costas e cabelos do mais novo, forçando sua presença para o acalmar. Aos poucos o ômega parou de chorar e apenas um silêncio tomou conta do quarto.

— Era aquele alfa, Hyungsik. Primeiro eu estava no seu colo, depois, quando você me jogou no lago congelado, eu pude ver que não era você e sim aquele homem. Eu implorava por ajuda, mas ele disse que se eu não poderia ser dele, não seria de ninguém, então me largou lá congelando — Jeongguk sussurrou depois de um tempo em silêncio.

Ninguém vai te machucar meu amor, não enquanto eu estiver por perto — Taehyung murmurou beijando repetidas vezes o rosto do marido.

Era isso que Jeongguk temia. O que aconteceria caso o alfa não estivesse consigo? Sabia se defender muito bem, mas não teria chances contra um alfa caso não estivesse armado.

— Está se sentindo melhor? Podemos tomar café? — Taehyung indagou segurando o queixo do mais novo com suavidade.

— Sinto fome… — respondeu se ajeitando melhor no colo do alfa.

O Kim estava com as pernas cruzadas “à chinês” e o ômega estava sentado de lado, encaixado no espaço vazio que sobrava entre as pernas alheias.

— Me deixe pegar a bandeja então, meu amor — pediu tentando retirar Jeongguk de seu colo, o que resultou em um biquinho manhoso e olhinhos pidões em sua direção — Pode voltar para o meu colo assim que eu pegar seu café da manhã, bebê.

— Okay… — resmungou se afastando do alfa. Taehyung se levantou e pegou a bandeja que estava em cima da cômoda, logo voltando a se sentar na cama, com o marido entre suas pernas — Café da manhã na cama? Pode me deixar mal acostumado se continuar me trazendo comida assim.

— Não me importo, faço tudo para ver seu sorriso, meu amor — Taehyung disse esfregando o nariz no pescoço cheio de marcas — Está se sentindo melhor?

Você me deixa melhor, TaeTae — levantou a mão para acariciar os cabelos castanhos do alfa — Tudo isso é para mim ou ainda não comeu?

— Não seja guloso Jeonie, ainda não comi — deu um tapa leve na coxa alheia, recebendo um baixo gemido de dor em resposta — Amor?

— Você judiou muito das minhas coxas quando voltamos ontem, TaeTae — levantou um pouco o quadril apenas para puxar a calça, revelando as coxas com marcas roxas dos dedos do alfa.

Após comemorarem o ano novo com a família, voltaram à noite para casa e comemoraram sozinhos, com uma boa sessão de amassos. Talvez estivessem se viciando em toques íntimos, porém não passava disso. Jeongguk ainda não se sentia pronto para dar um passo a mais.

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