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Ana Narrando:

dois meses depois🍃

Se eu tinha alguma mínima dúvida se o Henrique me amava ou não, esses nove meses foram a prova que sim. Acho que nunca fui tão chata na minha vida. Juro que não fazia por mal mas quando percebia já tinha mandado todo mundo se ferrar.

Hoje fazia um mês que minha mãe tinha voltado para o Brasil, finalmente. Ela falou que conversou com o chefe dela e pediu para voltar. Falando nisso eles andam muito próximos, quando pergunto ela diz estar resolvendo coisas do trabalho. Quero saber que reunião é essa que acontece às oito da manhã de um domingo, mas deixa ela, daqui a pouco descubro tudinho.

Eu: Mãe, eu tô quase estourando e você ainda faz esses bolos.- falei de boca cheia.

Luana: Fecha a boca pra comer, infeliz. Te criei assim não.- comia sua fatia de bolo de garfo e faca enquanto eu comia pegando com a mão mesmo.

Eu: Realizo seu sonho de ter uma netinha e é assim que você me trata.- fiz cara de choro.

Luana: não coloca a culpa na minha princesinha não. - falou rindo.- e não tenho culpa de vc tá quase estourando. Pega a dica da mãe aqui - falou debochando e passando a mão no corpo, só porque era uma coroa gostosa ficava se achando.

Coringa: Bom dia, família.- falou descendo as escadas com o Noah no colo.

Luana: Oi, meu filho.- ele foi nela e deu um abraço.

Eu: Sei que tô enorme e não entro em todo lugar mas vocês precisam me excluir assim? - peguei um guardanapo, limpei minha mão e levantei saindo.

Luana: Vou nem me estressar.- ouvi a voz dela longe.

Estava quase chegando no quarto quando uma mão me puxou e me encostou na parede. Cruzei os braços e encarei ele fazendo bico.

Coringa: Ana...- caiu na gargalhada.

Eu: Tenho cara de palhaça pra você tá rindo? - ele não disse nada mas continuou rindo.- Saí da minha frente, idiota.- tentei empurrar ele.

Coringa: Ô minha bolota raivosa, tô rindo porque você tá toda sujinha de chocolate. - revirei os olhos e levantei a mão para limpar o rosto mas ele não deixou. - Deixa que eu limpo. - começou a passar a língua em volta da minha boca e ia até a bochecha.

Eu: Eca.- reclamei e ele me beijou, o filho da puta sabia que não podia me beijar assim. - Para, a gente não pode fazer nada aqui.

Coringa: Só relaxa.- atacou meu pescoço dando leves mordidas e eu respondi com gemidos mas do nada ele parou.- Ana, você fez xixi?- me encarou com ar de graça.

Eu: Não, tá doido...- uma dor forte não me deixou continua.- Estourou.- foi o que consegui soltar.

Coringa: estourou oq doidona, porque não falou que queria ir no banheiro. - falou gargalhando

Eu: o filho de uma puta a BOLSA ESTOUROU CARALHO - falei gritando de dor.

Coringa: Caralho. Desculpa Vida - me apoiou nele.- DONA LUANA, CORRE, ELA TÁ PARINDO.- só ouvi os passos da minha mãe subindo as escadas, ela passou direto por a gente e foi para o quarto.

O Henrique me pegou no colo e fomos para o carro. Minha mãe apareceu logo em seguida com as bolsas e o Noah no colo que começou a chorar quando me viu chorando.

Eu: VAI LOGO PORRA- gritei para o Henrique e fiquei passando a mão pela barriga. Nunca fiquei tão feliz por ter escolhido o hospital perto do morro. - MEU DEUS COMO DÓI - peguei uma mão do Henrique e apertei com força - obrigada vida - falei assim quando passou a contração.
Coringa: aí vida da doendo - falou quando apertei a mão dele - pronto chegou. - falou parando o carro - SOCORRO, SOCORRO.- começou a gritar assim que desceu do carro.

complexo do alemãoWhere stories live. Discover now