Ana Narrando:
Fazia uma semana da volta do Coringa e percebi que ele anda muito estranho. Agora ele tem mais plantões na boca, toda vez que chega é um banho diferente, ele está mais carinhoso comigo e eu tô preocupada.
Gaby: Tá reclamando porque ele toma banho e é carinhoso? Sério Ana?- comia meu pacote de Nutella.
Eu: Amiga, ele não tinha besteira com essas coisas antes. Podia chegar todo suado que me abraçava e depois ia tomar banho. Acredita que até a roupa ele tá dando direto na mão da faxineira? Tem alguma coisa errada.
Gaby: Para de mexer a perna, já tô agoniada. - jogou a cabeça pra trás.
Eu: Também a maioria dos homens que traem as mulheres começam a se sentir culpados e ficam mais carinhosos.
Gaby: Deixa de nóia, Ana.
Eu: Gaby, eu já tô cansada, sabe? O Henrique sempre aprontando achando que vou ficar do lado dele pra sempre.- suspirei.- E é sempre mentindo aqui, omitindo ali. Eu já nem sei se nosso relacionamento vai pra frente.
Gaby: Calma ae, parça. Tu não tem só um relacionamento com ele, é uma família, Ana. Pensa no teu filho.- concordei querendo encerrar o assunto.
Passamos a tarde fofocando e quando o Henrique chegou subiu me mandando ir se arrumar para o baile. Gaby foi embora e eu subi. Quando entrei no quarto ele estava saindo do banheiro, fui passar por ele mas o mesmo me puxou.
Coringa: Tu tá gostosa pra caralho, sabia?- deu um beijo no meu pescoço.
Eu: E tenho que me arrumar pra ficar mais ainda.- tentei me soltar mas ele não deixou.
Coringa: Só uma rapidinha, Aninha.- soltou a toalha da cintura e olhei para baixo.
Não deu para resistir a aquele pau babando por mim. Puxei a nuca dele e começamos a nos beijar. Fomos para o banheiro e o que era uma 'rapidinha', se tornou uma hora.
Eu: olha nem vem me acelerar porque a culpa foi sua.- disse indo procurar uma roupa.
Coringa: Agora a culpa é minha se você fica usando esses pedaços de pano pela casa.- deu um tapa na minha bunda.
Henrique se arrumou rápido e desceu, fiz uma make rápida porque já era meia noite. Peguei o Noah e a bolsa dele e descemos. O deixamos na mãe do Menor e seguimos para quadra.
Mal conseguíamos passar entre as pessoas.
Gaby: Amiga, você veio.- me abraçou, eu não costumava vir aos bailes.- Vamo pegar
bebida.- me puxou pelo braço.Peguei uma skol beats e fui sentar do lado do Henrique que bebia whisky. Depois de muita insistência aceitei dançar com a Gaby. Descíamos até em baixo e subíamos rebolando, ainda bem que vesti um short. Não demorou muito para eu estar suada e morrendo de sede, voltei para mesa virei minha latinha e reparei que o Henrique estava agoniado. Balançava as pernas, mexia as mãos e olhava a hora a cada dez segundos.
Coringa: Vou lá na boca perto daqui resolver um negócio com Menor. Tem nego fazendo o trabalho errado.- falou no meu ouvido.
Eu: Não demora.- pedi e ele me deu um selinho antes de sair.
Peguei outra latinha e virei metade de uma só vez, já estava ficando tontinha. Não se passou cinco minutos e o Menor se materializou na minha frente.
Eu: Já terminaram?- ele olhou para mim sem entender.- Tu não ia na boca com o Henrique?- ele olhou para os lados processando e assentiu freneticamente.
Era hoje que essa história acabava. Desci feito bala, criei espaços onde não tinha entre as pessoas. Cheguei lá fora e perguntei à um vapor onde ficava a boca mais próxima. Fiquei parada em frente a ela pensando se entrava ou não, no fim resolvi encarar a verdade. Procurei a porta do escritório, como os meninos me conheciam nem se importaram.
Abri a porta e paralisei, tentei dizer algo mas não saía nada da minha boca. Eu estava em choque. Tanto que ele me prometeu que não faria isso, senti meu coração doer e as lágrimas embaçarem minha visão. Ele levantou a cabeça e me olhou assustado. Culpado mil vezes, agora tudo fazia sentido. Virei e saí andando enquanto escutava ele me gritar.
Senti uma mão agarrar forte meu pulso me fazendo parar.
Coringa: Desculpa, cara...- o cortei.
Eu: Pode parar, sempre é vacilo e depois desculpa. Eu tô cansada, caralho.- soltei meu braço do seu aperto, ele colocou as mãos nos bolsos e baixou a cabeça.- E eu jurando que você tava me traindo.- ri sem graça.
Coringa: Vai com calma também, Ana. Eu te amo, nunca teria coragem de te trair, faço qualquer merda menos essa.
Eu: Inclusive virar um drogado, né?
Coringa: Eu não sou drogado.- elevou um pouco o tom de voz.
Eu: Baixa o tom que ninguém aqui é surdo.- passei a mão pelos cabelos. - Você tem um FILHO pra criar, Henrique, um FILHO. Não é a porra de um adolescente sem responsabilidade que pode ficar se enchendo de pó. Tá usando todo dia, né?- ele não levantava a cabeça.- OLHA PRA MIM.-gritei.
Coringa: Sem grito.- ele odiava barraco.- Eu não gosto de ver seu olhar decepcionado.
Eu: ENTÃO PARA DE ERRAR E VIRA HOMEM. arregalou o olho para mim e trincou o maxilar.- TÁ COM RAIVA DE QUE? A VERDADE DÓI, NÉ? POIS SAIBA QUE É ISSO QUE VOCÊ É, UM MOLEQUE. CRESCE, HENRIQUE. AMADURECE, EVOLUI...- me calei quando percebi o soco formado em minha frente.
Menor: Tá louco, caralho?- agarrou ele por trás prendendo seus braços.
Eu não estava em choque, escutei meu coração quebrar, as lágrimas que antes eu segurava começaram a descer.
Eu: Vo...você ia levantar a mão pra mim? Me bater?- olhei para ele que passava a mão no rosto freneticamente.
A Gaby veio para meu lado e me abraçou. Chorei em seu ombro até chegarmos ao carro. Passei aquela noite soluçando agarrada no meu filho e só dormi porque meus olhos arderam muito. Voltei para casa e nem sinal dele, amém. Subi, liguei para minha mãe e contei tudo.
LIGAÇÃO ON
Luana: Você vem pra cá ainda hoje, Ana. Já tô comprando a passagem.
Eu: Ele não vai deixar, mãe.- suspirei.
Luana: Diz que eu tô doente e você tem que ficar comigo no hospital.
Eu: Com essas coisas não se brinca.
Laura: E de família também não se brinca e ele não tá brincando? Henrique tem que ver se é essa vida que ele quer mesmo, sem filho e mulher. Só errando e se drogando. Se ele mudar, você volta.- senti vontade de chorar.
Eu: Tenho que voltar de todo jeito, não vou separar o Noah dele.
Luana: Hum, interessante... Já comprei, vai arrumar suas coisas, tchau, a mãe te ama. - desligou antes que eu respondesse. Peguei a mala e abri em cima da cama. Não imaginei que o fim seria igual o começo.
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(N/A: É MEUS AMIGOS A COISA TÁ FEIA POR AQUI)❌😬ERROS ME AVISEM😬❌
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💞SEGUE AÍ💞
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complexo do alemão
FanfictionSou Ana, tenho 18 anos, moro desde que nasci no Morro Do Alemão. Sou Henrique mais conhecido por Coringa ou melhor O Dono Do Morro Do Alemão tenho 21 anos, comando o morro desde que meu pai morreu. Adaptada e recriada.