Capítulo II

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A festa era em um condomínio, a casa era imensa, o luxo podia ser farejado a quilômetros de distancia, meu estômago estava andando de montanha russa desde que entrei no lindo Dorge Charger de Alícia.  

- Isso não está acontecendo. - Murmurei para mim mesma assim que descemos do carro.  

Em frente a casa havia quatro seguranças e fomos barradas, rapidamente Alícia estendeu a mão lhe mostrando o cartão preto com letras cursivas e douradas, era elegante, o homem mais velho nos deu passagem com uma piscada sacana, minha cara de nojo me denunciou, velho safado.  

- Isso não é o máximo! - O corredor de entrada era escuro, e em vidro vermelho, o som do salão era sensual e causava arrepios imprevisíveis em minha pele.  

- Nem pense em desaparecer nesse lugar! - Murmurei apertando seu braço.  

- Não se preocupe, Eve! Hoje nós vamos curtir, é uma balada, mas uma balada BDSM!  

- Deus, preciso de uma bebida. - Disse indo em direção ao bar.  

- Boa noite! Um Red Bubble e um Heaven to hell! - Disse para o barman que me olhou curioso. Eu disse algo errado?! Alícia parecia abismada com a decoração do lugar, e de fato, era algo que não se via em casas noturnas comuns. Era tudo muito elegantemente erótico, desde as cores das paredes que eram vermelhas até os sofás em couro preto e os artigos decorativos em dourado, espalhados pelo salão vários postes para pole dance3 e algumas grades com algemas penduradas, em outro canto diversos tipos de açoites estavam pendurados na parede revestida por um tecido que se parecia com veludo vermelho.  

- Claro, um momento! - Disse ele desaparecendo para dentro da cozinha.  

O lugar estava infestado de homens elegantes, todos acompanhados, as mulheres desfilavam em seus vestidos sensuais, o lugar era preto e vermelho, apenas, todos vestiam preto, nenhuma outra cor se destacava, mas algo chamou a minha atenção, um homem desfilava usando máscara que cobria apenas seus olhos e parte de seu nariz, no começo achei que pudesse ser um baile de máscaras, mas então percebi que o número era limitado a apenas quatro homens. Todos bem vestidos em seus smokings.  

- Alícia, quem são? - Perguntei apontando-lhe um dos homens mascarados que conversava com uma mulher de vermelho.  

- Eles estão aqui! Meu Deus! - Arregalei os olhos, e pensei que provavelmente eram galãs de filmes ou modelos internacionais.  

- Quem são? - Questionei novamente.  

- Dominadores autênticos. - Minha feição deveria ser um ponto de interrogação gigante porque Alícia revirou os olhos e entornou de uma só vez o restante de sua bebida inconformada.  

- Eles são os anfitriões, os donos, os milionários, responsáveis por tudo isso, eles são os únicos aqui que podem escolher com quem pretende passar a noite, tudo se trata de um jogo, entende? Eu aceitaria ser escolhida se não estivesse tão assustada com a possibilidade de ser pendurada de ponta-cabeça por cordas no teto. - A ideia me causou um certo pavor e nojo, Alícia havia me trazido em um covil, era como se eles fossem os vampiros e nós reles mortais, as vítimas.  

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