Bruna e Luan, um casal que com toda a certeza vai deixar lembranças e saudades, marcaram grande presença em "Apaixonada pelo amigo do meu irmão?". Mas não pensem que parou aí não, nossos pombinhos tiveram filhos e é nesse livro que descobriremos se...
As últimas duas semanas foram uma correria. Heitor continuou no Rio de Janeiro, ele ainda precisava cuidar de algumas coisas da mãe dele e resolver a questão da pista que era dela, e aparentemente agora será da Erica.
O resto de nós voltou para São Paulo, aos poucos eu estou trazendo minhas coisas para o apartamento do Miguel, e o trabalho dele também está super complicado.
Pelo menos ele conseguiu resolver a questão do Heitor com os policiais do Rio, no final deu tudo certo. Por outro lado, o escritório fodao de advocacia onde ele trabalha está passando por uma série de problemas.
Pelo o que ele me falou, a empresa está fazendo uma fusão com outra firma de advocacia. Isso está fazendo com que todos trabalhem ainda mais, já que estão medo de serem demitidos no grande corte de funcionários que acontecerá no final do mês.
Miguel não tem medo disso, porque o canalha sabe que ele é bom demais no trabalho dele. Além disso, todos na empresa gostam dele, até mesmo os chefões. Entretanto, isso não muda o fato de que vários advogados ambiciosos estão tentando tomar o emprego dele.
Um em específico, um tal de Erick Parker, está enchendo bastante o saco dele. Miguel reclama disso pelo menos duas vezes por dia.
Enfim, para complicar ainda mais, nossa pista fechou contrato com alguns patrocinadores novos. Resumidamente, isso significa muita corrida, muita gente nova aparecendo, mais carros para cuidar e, óbvio, mais trabalho.
Claro que eu não estou reclamando, meu trabalho é ótimo. Só estou dizendo que as últimas semanas foram uma loucura.
A parte boa de tudo isso foi perceber que mesmo com nossos trabalhos exigindo mais do que o normal, eu e Miguel estamos conseguindo dar um jeito.
Um respeita o trabalho do outro, eu não me importo quando ele recebe um telefonema 4 da manhã sobre um novo cliente, e ele não reclama quando eu chego em casa de madrugada depois de passar horas trabalhando em algum carro da pista.
Sempre tomamos café da manhã juntos, bem cedo, e nesses momentos começamos a pensar em detalhes para o casamento. Nada muito chique, eu nunca quis uma daquelas festas gigantes, o plano é que seja algo apenas para família e amigos.
Além do café da manhã, nós costumamos almoçar juntos. Geralmente fazemos isso na lanchonete da mãe dele na pista, mas hoje ele estava mais ocupado do que o comum
Aproveitando que eu estava um pouco mais tranquila hoje, só trabalhando com parte burocrática, pedi para a Le fazer o almoço para viagem e combinei de comer com Miguel no escritório dele.
O Miguel trabalha em um prédio comercial moderno, eu nunca tinha realmente entrado no escritório dele, só vim até o lobby algumas vezes.
Passei pelo grande balcão no lobby e entrei em um dos 6 elevadores do corredor. Não deixei as pessoas sérias de terno e roupas sociais me intimidarem no meio do caminho.
Como Caio diria, engravatados só fazem essas caras de merda o tempo todo porque a calça chique deles fica entrando na bunda. Dei um sorriso lembrando do comentário e acenei com a cabeça quando uma mulher mais velha de terninho entrou no elevador.
Não pude deixar de reparar no olhar dela para mim, na verdade para minhas roupas. Acho que ela não estava acostumada a ver mulheres bem arrumadas que não precisavam usar saia lápis. Eu dei um sorriso e ela desviou o olhar, o pior é que eu estava bem vestida.
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