32- Fetiches

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Espero na fila do café quase dormindo em pé

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Espero na fila do café quase dormindo em pé. Deveria ser umas 08h da manhã, e graças a deus as cafeterias já estavam abertas. E eu tinha acabado de sair de um turno extremamente estendido. Eu não podia sair quando a emergência estava tão cheia, não sei muito bem o que tinha acontecido, mas essa noite realmente tinha sido puxada. Eu não era o único que estava saindo essa hora. Katherine estava comigo, mas não parecia nem um pouco cansada. Ultimamente nossos plantões haviam batido. E se em algum momento eu achei que ele vagava pelos corredores mais do que trabalhava essa imagem tinha sido excluída da minha cabeça depois dessa noite.

Eu estava no auge da exaustão. Mas a culpa não era só os longos plantões que eu estava fazendo, mas também relacionado as minhas últimas atividades. Cerro os dentes lembrando. Stefanny. Eu tinha plena consciência que ainda morreria pelo que ela provocava em mim. Esses últimos dois dias nossa "relação" teve uma mudança tão drástica do dia pra noite, literalmente, que mal conseguia acompanhar como as coisas estavam indo. Quer dizer, desde quando nos encontramos naquele restaurante que estava jantando com Katherine, e depois só faltamos transar no meio da rua, e depois realmente transamos no meio dela só que dentro de um carro. As coisas meio que tomaram um rumo que eu não imaginava.

Por um momento achei que as coisas estivessem encaminhadas para se resolver, mas quando acordei sem ela na minha cama e em nenhum lugar da minha casa percebi o que tinha acontecido. E foi um grande golpe de sorte encontrá-la logo depois disso. Mas o grande soco no estomago mesmo foi quando, finalmente, conversamos e ela me disse que não queria nada além de sexo. Acho que tinha ficado congelado por alguns segundos sem saber o que dizer.

Eu queria sexo com ela? Era obvio que sim. Mas eu não queria só isso. Eu queria tudo. Acordar e dormir com ela, tomar café da manhã, talvez a deixar no trabalho. E depois buscá-la e levar ela para um jantar incrivelmente romântico. Merda, eu compraria até velas e rosas pra isso. Mas aparentemente isso não estava nos planos de Stefanny. Não mesmo. Então sim, eu queria tudo com ela. Mas se ela só pudesse me oferecer uma parte, eu aceitaria, porque isso era melhor do que não ter nada.

Pego os dois copos de café e vou para a mesa que ela estava sentada, colocando um na sua frente me sento. Abro a tampa do copo sendo recebido pelo vapor quente do café. Suspiro e bebo um gole. Eu poderia ir direto para casa, mas não confiava nos meus sentidos o suficiente para dirigir antes de tomar um copo de café antes. Graças a deus, depois do episódio do carro que não conseguia sair da minha cabeça, tive que ir para o hospital. Que estava uma verdadeira loucura. E isso conseguiu me distrair.

Na sua menteOnde as histórias ganham vida. Descobre agora