Sinto um leve peso em meu ombro, e um braço ao redor da minha cintura. Olho para o rosto recostado em mim, e vi o anjinho mais lindo que já brotou em minha vida. Seus cabelos que eu pensava serem pretos, na verdade, eram castanhos escuros. Sua boca estava levemente aberta. E sua pele era tão alva.
— Admirando a minha beleza? — ele retira o braço de cima de mim e rola para o lado. — Sou irresistível não é mesmo? — continuou.
— Até parece. — me sento na cama e estico os meus braços. — Você é até que bonitinho, quando está dormindo, e não me estressando. — retiro o cobertor de cima de mim, e saio da cama. Olho a hora, e eram três horas da tarde.
— Ahhh não.. fica mais um pouquinho. — resmunga ele manhoso. Ele bate a mão repetidas vezes na cama, indicando o local onde eu estava deitada.
— Suga, precisamos ir. Não posso ficar dormindo o dia inteiro. Eu amo dormir, mas, preciso viver também. — retruco.
Ele solta um ronronar alto e se senta na cama.
— Você um dia vai me pagar por isso. — falou, com os olhos semi cerrados apontando o dedo para mim.
— Mau espero para esse dia. — começo a rir, e vou para o banheiro. Ele se deita novamente na cama, puxando o cobertor para cima de si.
(...)
Quatro horas depois, nós saímos de lá de barriga cheia, e uma bela mochila repleta de comida. Suga come muito pouco, mas com o meu empurrãozinho ele comeu bem hoje. Bianca até falou que isso foi um milagre. Agora estávamos de volta na estrada, prontos para voltar para casa.
— Pensativo.. — falo, tirando a minha atenção por segundos, da estrada para ele.
— Não, impressão sua. — murmurou olhando com interesse para fora da janela. Um feedback da hora antes de dormir passou pela minha mente, e um frio percorreu o meu corpo.
O que teria acontecido se nós tivéssemos realmente feito algo a mais do que aquele beijo? Não sei! E acho que nem quero saber. Ou quero?
— Olha a estrada! Quer nos matar? — Suga empurra o meu ombro, tirando-me dos meus pensamentos.
— Não. Eu tô pensando de mais. Só isso. — falo, retornando ao mundo real. Estranhamente os meus pensamentos iam criar uma fanfic bizarra, do que teria acontecido ontem a noite, se eu não tivesse dito algo. É estranho pensar, imaginar! Você e a outra pessoa que é seu amigo. Fazendo.. coisas maiores de dezoito. Como ele iria reagir, ao souber que a minha mente, está tentando me levar, para essas alucinações doentias?
— Hey! Agora está realmente querendo nos matar não é? Ei está vermelha? O que você está pensando? — Suga fala indignado.
— Aí, tá bom caralho! Deixa eu dirigir!? — tento focar a minha atenção na estrada. Nem sabia mais o que eu tava falando. Minha imaginação insistia em fazer acontecer o improvável dentro de minha cabeça.
— Tá.. que mudança de humor é essa?. É o que? TPM? — perguntou-me cautelosamente.
— Aí Suga! Caralho, cala a boca! — falo.
— Certo. — ele volta a se recostar no banco do carro, e põe uma mão na coxa e a outra na janela. — mas tem certeza? — continuou ele. Respiro fundo. Não tinha por que eu estar assim. Ele só estava me perguntando o do por que esse comportamento.
— Cara. Eu só tô tentando me consertar na estrada, mas, você, não está deixando isso acontecer! Se eu tô dirigindo mal vem aqui e dirija para mim! — murmuro.
— Não sei dirigir. Mas se soubesse dirigia para você. — falou, calmamente. — Mas por que está vermelha?
— Yoongi você quer brigar é isso? Nós estávamos tão bem cara! Não tem necessidade disso sabia? — falo.
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Remember That Night Livro 1
Fanfiction"Akai Ito" é uma lenda que diz que quando a pessoa é destinada a outra, ambas têm um laço vermelho que as ligam, no dedo mindinho. O laço pode embaraçar, emaranhar, mas ele nunca quebra. O laço não é visível a olho nu, mas está lá desde o momento d...