EPILOGUE: Young Forever

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— Se lembra daquela noite? — ele me pergunta inocentemente. E me abraça.

— Ah! Não.. — começo a rir e afundo o meu rosto em seu peitoral. Retiro o resto de lá e o encaro de novo. — qual delas?

— Aquela que nós.. nunca nos separamos — ele cruza nossas mãos. E começa a andar para frete e isso me faz andar para trás.—, que você se torna minha, e eu me torno seu. Aquela, que descobrimos que.. nós podemos ter mais que uma amizade. Aquela que, nós vamos viver quando você voltar de Paris, e nós, vamos dar um passeio pela cidade, as três da manhã. Aquela que eu decido reunir as nossas almas para sempre com um simples pedido.

— E qual pedido seria esse que mudaria o rumo de nossas vidas?

— Você.. aceita ser minha esposa? E eu seu marido? — eu me estico e fico de pontinhas dos pés, e sussurro em seu ouvido:

— Isso eu só vou responder naquela noite. — volto para o chão salto uma mão da sua. E começo a girar. Assim como fazem naquelas danças.

   E assim foi começamos a dançar no meio da calçada, enquanto a chuva caía. Não me importei se iria ficar resfriada no dia seguinte. Se eu iria pegar uma pneumonia. Se caísse um raio em minha cabeça. Se um carro passasse e jogasse água em nós. Se.. o mundo se acabasse. Eu faria questão de rir enquanto todos os outros estivessem chorando. Eu sei que isso parece egoísmo. Mas acontece, que eu me sentia tão bem, tão feliz. Será pecado ser tão feliz em um dia qualquer? Eu realmente entendi o significado de um frase que o meu amigo um dia falou. “Vamos realmente nos amar até morte? E se a morte chegasse? Estaríamos bailando para ela?”. Só sei. Que esses dias foram os melhores de minha vida! Sinto que se a criatura mais perversa da face da terra me desse um tapa, eu lhe ofereceria a outra face do rosto, e ainda lhe perderia desculpas por ter a provocado.

— Tá bom!!! — grito depois que chegar começou a fazer cócegas em mim por eu ter roubado o seu boné. — Toma. — lhe entrego o mesmo e nós começamos a rir.

   Nós andamos mais um pouco. A chuva não tinha casado. Ela continuava forte e imponente. Passamos por um ponto de ônibus onde um vendedor de bijouterias feitas com pedras e arame, resina e mais um bocado de coisas se abrigava.

— Ei, espera. — Suga fala correndo em direção ao moço. Eu coloco as mãos no bolso e espero.

— Tá, mas vou avisar que é logo ali... — eu mau termino o aviso. E Suga coloca um colar em mim. — O que é isso? — pego o sol que estava grudado no cordão, e seguro.

— Um colar ué. Nunca viu um não? — ele se aproxima, ficando na minha frente.

— Eu.. — fito o sol. Sem olhar para Yoon.

— Olha. Se completam os dois. — ele pega um colar que já estava em seu pescoço, e junta com o meu. Formava o sol dentro da lua. Ele era a lua, e eu o sol.

— Que tipo de pedras são essas? — pergunto acariciando as duas metades juntas.

— A minha é pedra da lua. E a sua, é pedra do sol. — ele me olha intensamente. — Legal não é?

— Sim, muito lindo. — eu sorri. Ficamos nos encarando. Até que um carro buzina para que nos saíssemos da frente da pista. — Vem, vamos. Tá pertinho.

   Pego a sua mão e nos saímos correndo. Chegando na portaria. Eu falo com o porteiro, que nos pede para esperar um momento.

— Quem mora aqui? — pergunta ele retirando a mão do bolso e apontando para o prédio.

— Meu irmão. — falo.

— Mas ele não tinha dez na época em que nos conhecemos... Então ele teria quatorze hoje. Como o cara já tem um carro, e um apartamento, só dele? — pergunta-me confuso.

Remember That Night             Livro 1Où les histoires vivent. Découvrez maintenant