good 4 u

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- Puxa mais forte! Desse jeito isso nuca vai sair! - gritou.

- Ah! É você que tem que empurrar esse caralho com força! - grito de volta.

- Eu não consigo empurrar mais do que isso, vai quebrar! - retruca ele.

- Aff.. desisto. - Falo largando a corda.

- Você é uma inútil mesmo. - murmurou largando o portão.

- Eu não sou inútil a sua ideia que foi uma merda. - resmungo.

Nós nos sentamos no banco ali perto e olhamos o nada. Cada qual entretido em um plano que nos livrasse dese cordão.

Tínhamos passado o dia inteiro planejando e fazendo diversos tipos de coisas para tentar cortar, arrancar, destruir a linha, mas nada adiantou.

- Ainda acho.. que devíamos tentar uma serra elétrica. - falou ele depois de um tempo.

- Aonde iríamos encontrar uma? E se lembra quando tentamos pedir para o marceneiro e ele falou que nós estávamos loucos!? - murmuro.

- E se isso for loucura? - ele.

- Loucura coletiva Sugar? - falo. - Não.. não é.

Ele fica quieto. Nós ficamos calados durante alguns minutos. Eu já não sabia mais o que pensar, eu nuca me imaginei nessa situação com o Suga.

- Hey - falo. - Hã.. eu tenho uma ideia.

- Que ideia? - pergunta ele.

- Vamos comer. - exclamo enquanto me levanto.

- Comer? Como comer vai nós ajudar a tirar essa coisa? - murmura bravo.

- Não vai, mas já vai dar quatro horas da tarde, e a gente não come nada desdas onze. - puxo sua mão.

- Tá, mas tô sem dinheiro queridinha. - fala sarcástico.

- E quem disse que eu vou pedir pra você pagar? Eu tenho dinheiro Sugar. - finalmente consigo tirar ele do banco e nos saímos andando.

- Olha agora tenho um alguém para me bancar. - fala o peso morto.

- Eu acho melhor você calar a boca antes que a minha mão voe na sua cara. - murmuro.

Eu estava puxando a mão dele, então praticamente estávamos de mãos dadas.

Eu percebo a ironia da cena e solto a minha mão da dele.

- Você tem pernas e sabe me seguir, não preciso te segurar. - falo andando mais de vagar.

- Incomodada? - pergunta ele.

- Claro que não! Por que iria ficar incomodada com você!? - resmungo.

- Então quer dizer que eu não sou um incomodo pra você? Então por que parou de falar comigo? - ele.

- Sugar você não percebeu? Você é um traste chato pra caramba, e é ou era não sei, um escroto sem coração, como eu poderia te aturar?

Ele para alguns minutos. Parecia pensativo. Não me importo com ele, ele não liga pra nada do que eu falo, ele não se importa com nada. Mas eu me importo, e em algum lugar de mim, suas últimas palavras destrutivas escoaram em mim.

- Olha, vamos pegar aquele táxi. - eu falo. Ele não iria falar alguma coisa tão cedo.

Nós entramos no táxi e eu falo para onde vamos. Acho que Sugar não tinha ouvido, seu jeito calado é um desafio pra mim.

- Desde que... Já foi a praia Sugar? - falo.

- Não. Não gosto de sol. - fala para a janela do carro concentrado.

Remember That Night             Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora