presente: maya grace

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— Você conhece a sua mãe, Maya Grace, ela fica desesperada por tudo. — ouço a voz do meu pai assim que ele chega mais perto do telefone, tomando o lugar da minha mãe do outro lado da linha.

— Oi pai. — abro um enorme sorriso no rosto, mesmo que ele não pudesse ver.

Não fazia muitos dias que havia nos visto, mas a saudade já estava imensa.

— Oi minha linda. Já estou com saudades.

— Eu também, vou combinar com o Dean para irmos ai no final de semana. Vamos torcer para que ele não vá trabalhar. — dou uma risada baixa assim como ele.

Depois que sai de casa para morar com Dean, meus pais venderam a casa na cidade e compraram uma casa no campo afastado da cidade, cerca de uns 8 km do pequeno centro de Doverwood. Eles se encantaram com uma casa de campo no lado sul da cidade, mas por causa dos Skulls preferiram se manter no lado norte para que poupassem de arranjar problemas com os integrantes, por mais que sempre foram um segredo.

— Estou ansioso para a sua festa de noivado.

— E para chorar que nem um bebê. Você não imagina como esse homem ficou quando o Dean veio aqui em casa pedir sua mão para seu pai. — mamãe interrompeu.

— Eu sei mãe, papai sempre foi chorão. E como está a Abby, ainda dando muito trabalho?

— Depois que sua irmã colocou na cabeça que quer fazer faculdade em Nova York tem se concentrado a maior parte do tempo em se dedicar aos estudos, o que foi um alívio para mim. — mamãe suspirou. — Ela estava me tirando do sério com essas idas à festas e chegando em casa tarde todas as noites, mas agora sossegou.

— Abby sempre foi mais aventureira e social do que eu desde pequena. Era óbvio que quando chegasse aos dezessete começaria a frequentar essas festas do ensino médio. Confesso que queria ter esse espírito aventureiro de Abby, pelo menos para ter aproveitado mais a minha adolescência e não só me dedicado a ficar pintando.

— Você descobriu sua vocação muito nova Maya e sempre dizia que preferia se dedicar ao seu futuro do que frequentar aquelas festas. Essa sempre foi sua essência. — papai entrou outra vez na conversa. — Agora Abby já é diferente, toda hora muda o que ela quer ser da vida. — gargalhou.

— Ela não está se dando bem com os instrumentos? Da última vez que me ligou disse que estava adorando tocar violino.

— Está indo nas aulas todos os dias. — papai afirmou. — E desde que começou a estudar disse que estava se dedicando a entrar em uma faculdade de música. E ela toca tão lindo minha filha, você tem que ver. Acredito que agora ela tenha encontrado a vocação dela. Abby com a música fica da mesma forma que você com a pintura.

— Fico tão feliz por ela, quero muito vê-la tocando. Quem sabe agora, por ser minha irmã, Dean não passe a gostar mais desse estilo de música. Da última vez que fomos a um concerto, ele ficou entediado muito rápido. — meus pais gargalharam do outro lado da linha.

Aproveito este momento para ligar o ar-condicionado do carro para que o calor saísse desse ambiente. Ao certificar de que mantenho o carro em linha reta com apenas uma das mãos, estico a mão livre para apertar no botão. A atmosfera dentro do veículo muda completamente, instantes depois, tornando-se acolhedor e reconfortante. O ambiente gelado faz o meu corpo relaxar.

— Esse foi o dia do encontro que não era um encontro mais se tornou um encontro? — mamãe perguntou ainda dando gargalhada.

— Esse dia mesmo. — afirmo e esta lembrança me faz sorrir.

antes que seja tardeWhere stories live. Discover now