Fear - Novas Espécies (Livro 3)

Epílogo

Fear estava de olhos arregalados em frente a porta do quarto, mexendo nervosamente a perna. A notícia sobre aqueles bebês foi completamente inesperada, e nasceram tão rápido quanto a notícia veio. Estava nervoso! Esperava que ela ficasse bem.

-Fear – O felino deu um pulo no lugar quando Lightning colocou a mão em seu ombro – Calma, amigo. Ela vai ficar bem. Também fiquei meio louco quando soube que minha Daiana estava grávida.

-Mas ela ainda não teve o bebê. Como saber se está tudo bem? – Fear se levantou e começou a caminhar de um lado a outro.

-Calma, amigo. Tenho certeza que-

-NASCERAM! – Fear pulou no colo de Lightning quando June saiu do quarto anunciando – Os filhotes nasceram! – Os dois trocaram olhares, e o canino o colocou no chão, ambos começando a pular empolgados.

-Quantos? Quantos?

-Seis!

-Seis? Caramba!

-Eu tenho sete coelhinhos???

-Não, espera... Oito bebês! Não... Espera aí...

-OITO BEBÊS??? E A LOLA ESTÁ BEM?

-Shhhh... Vai assustar a mamãe! – Lightning tentou acalma-lo.

-Doze! Doze bebês! – June saiu animada, comemorando com eles – E a mamãe está bem! Ela está ótima!

-DOZE BEBÊS? – Fear teve que se sentar – Tenho doze netinhos!

-Parabéns, Fear! – Lightning riu, o ajudando a ficar de pé, pois suas pernas estavam bambas – Imagina só quando tiver seu filho...

-Ah, nem me fale! Eu quero muito.

-Paciência, amor! – Se virou para ver sua Ashley de cabelos presos e acabando de tirar um par de luvas. Foi até ele, o beijando – Venha ver seus netinhos! Lola está acabando de limpa-los – Entrou empolgado, indo até o cesto que estavam com roupas, feno e pelos.

Descobriram que ela estava prenhe, quando virou o cesto de roupas sujas e o encheu com os seus próprios pelos, além de ter mordido Cloud quando ele tentou juntar a bagunça. Então juntaram tudo em um cesto espaçoso e com cobertura para ficarem bem escondidinhos e a levaram para a casa em que Fear e Ashley estavam na Reserva.

CURIOSIDADE COELHÍSTICA: As mamães coelho arrancam os pelos da sua barriguinha, ao redor das mamas, para facilitar que seus bebês possam se amamentar, e também para fazer uma cama bem quentinha para eles.

O quarto que separaram para ela estava com a luz baixa para não a incomodar, mas levantou vagarosamente a toalha que os deixava escondidinhos e confortáveis para ver sua coelha, limpando seus bebês enquanto alguns deles já começavam a mamar.

-Eles nascem peladinhos? – Ashley sorriu.

-Ficarão peludinhos com o passar dos dias, lindo.

-Ainda assim são umas gracinhas! – Contou os filhotes um a um - Você deu um susto no papai, Lolinha – Acariciou sua coelha que parou um minuto de limpar seus bebês para curtir o carinho – Mas não faz sentido... Como ela engravidou?

-Foi... Culpa minha – Luci admitiu ao sair do banheiro da suíte – Se lembra quando a levaram para um exame de rotina a um mês? Eu pedi pro estagiário a colocar no cercado junto com os porquinhos da índia para ficar mais confortável, mas eu não sabia que tinha outro coelho lá também. Um machinho. Mas ele era um coelho de três cores, todo pintado, muito lindinho. Esses bebês terão uma pelagem bem bonita quando crescerem.

-Eles já são lindinhos! E não tem problema. Foi um presente inesperado, mas muito bem-vindo. Não é, minha pequenininha?

-Ainda assim, eu deveria ter tido mais cuidado. Me desculpem.