Os corredores estavam mais vazios que nunca. Por uma única vez, eles não faziam jus ao próprio nome, já que não havia nenhuma "criança catarrenta" correndo por entre seus caminhos. Faltavam aproximados 20 minutos até a valsa de abertura. A lua brilhava no céu, extremamente resplandecente, nada mórbida, diferente do que muitos pensavam. E não só ela, mas as estrelas também coruscavam, tornando a noite encantadora até para aqueles que não conseguem enxergar.

A entrada do castelo estava cheia de pequenos pontinhos brilhantes, que provavelmente eram fadas. Estava tudo impecavelmente magnífico.

Ele iria ao salão, e Parkinson provavelmente o encontraria lá em alguns instantes. Ela queria ir sozinha, para que ninguém "ofuscasse seu brilho".

Logo quando chegou ao salão, prestou cumprimentos aos professores e, tediosamente, encostou-se na parede, pois ninguém havia chegado.

Entretanto, a "paz" do loiro não durou muito, já que Pansy não demorou mais de 2 minutos para chegar.

A morena usava um vestido preto longo e levemente rodado. Seus cabelos estavam presos em um meio rabo, presos por uma presilha de prata com diamantes. Estava deslumbrante, digna de uma Parkinson.

Draco se juntou a sua acompanhante, reverenciando-a, como um Malfoy deveria fazer. Eles se perderam em especulações e conversas supérfluas, esperando os demais.

Com o passar dos minutos, o restante dos convidados chegavam. Obviamente isso não incluía Potter, que, como de costume, estava atrasado.

Mas, interrompendo as reclamações incessantes de Draco, Weasley 6 entrou no salão. A primeira coisa que chamou a atenção do loiro foi o traje extremamente antiquado e brega que o ruivo usava. Mesmo de longe, era quase possível sentir o cheiro de pó.

E antes que o sonserino pudesse se estender, Potter também adentrou, conversando com o ruivo.

Seu traje era diversas vezes menos cafona. Na realidade, era bonito. Belo demais para Potter. Diferente dos outros dias, o moreno estava muito bem-apessoado.

Sua veste de garrafa verde ressaltava esplendidamente os olhos verdes do moreno. Os quais sempre eram muito chamativos, mas nesta noite estavam tão brilhantes quanto o sol. Ardentes, vividos e ansiosos. Semelhantes a duas apolíneas esmeraldas.

Nada se parecia com aquele Potter cotidiano, até o relar de seus pés no chão soava diferente.

Era relativamente burlesco assistir o moreno se afastar das outras pessoas. Draco passou grande parte de sua vida crendo piamente que Potter amava a atenção. Julgando-o e pensando que tudo e todos poderiam se virar contra ele, pois em sua mente o moreno era um maníaco obcecado por atenção. Culpava-o por todo e qualquer problema no mundo, principalmente por sua própria carência. E, quando o grifinório recusou sua amizade, tudo em sua pequena cabeça paranóica apenas se confirmou. Obviamente, nem todas as opiniões se aboliram, grande parte delas ainda sondavam por entre o cérebro do loiro, mas, alguns fatos se provaram inverídicos para Draco.

Mas, de qualquer forma, não deixava de ser cômico Potter e Weasley desviando freneticamente das pessoas, como se não quisessem chamar nenhuma atenção.

O que é um pouco difícil, já que o tolo está usando essa veste extremamente extravagante.

As gêmeas Patil se aproximaram dos grifinórios, desfocando Draco de seus pensamentos. O loiro nem havia percebido que todos, exceto os campeões e acompanhantes, já tinham se dirigido ao salão principal.

Choices • DrarryWhere stories live. Discover now