💐 Antes das Flores 💐

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Boa noite, meus docinhos!
Hoje, finalmente, teremos lançamento dessa neném. Ela vai ser curtinha, mas espero que vocês gostem.
O tema dessa fic é a doença de Hanahaki, que é uma doença literária, ou seja, ela não existe na realidade. A condição é que, quando uma pessoa não tem seu amor correspondido, começa a vomitar flores, desde as pétalas até buquês inteiros.
Espero que vocês gostem e boa leitura 💜

[• 💐 •]




Park Jimin nunca havia pensado muito sobre viver uma paixão ou amor verdadeiro. Ele estava bem, com seus 25 anos, estudando Física.

Não foi nenhuma surpresa para a família quando e decidiu que cursaria aquilo na faculdade. Ele sempre foi um excelente estudante e ótimo com números. Logo, quando ele entrou para a vaga na Universidade de Seul, seus familiares já estavam comemorando por ele.

Jimin sempre foi um “nerd”, viciado em cultura pop e coisas que jovens da sua idade não tinham muito apreço, como plantar as mais diversas folhas de chá em sua janela do dormitório.

Seu colega de quarto, Kim Seokjin, era um veterano do curso de Teatro. Extrovertido, muito alegre e alto. Jimin achou que não se dariam bem ao vê-lo pela primeira vez, porque era mais reservado, mais retraído e com certeza — na opinião dele — muito sem graça perto de Seokjin.

Eles não se viam muito pelo campus, mas sempre que conseguiam, tiravam algum tempo para falar sobre a vida e conversar bobagens, porque eles se deram bem, no final das contas.

Mesmo que suas idades não fossem tão próximas, e fossem o completo oposto um do outro, uma amizade genuína cresceu entre eles. Assim sendo, Seokjin foi a pessoa que percebeu quando Jimin mudou.

— Jimin, senta aqui — falou o mais velho, cruzando as pernas sobre o colchão da própria cama enquanto o mais novo olhava para ele por cima do ombro, estava colando mais um pôster de filme na parede.

— O que foi, hyung? — perguntou com receio. Não era assim que Seokjin o chamava para conversar. — Aconteceu alguma coisa?

— Hm… então. É o que eu quero saber — respondeu o de cabelos pretos.

Jimin virou para ele, observando sua postura perfeita, sentado na cama com seu moletom rosa pálido.

O Park também já estava pronto para dormir, de camiseta branca e um short azul com estampa de pintinhos. Seus cabelos castanhos caindo pela testa depois de secos, o rosto lavado e as pantufas nos pés cobertos pelas meias eram o complemento de um retrato do universitário cansado do dia.

— Não tenho nada de anormal para te contar hoje, hyung — disse, e sentou na sua própria cama antes de puxar o lençol sobre suas pernas.

— Não é de hoje. Tem dias que eu tenho estranhado a forma como tem agido — comentou, e Jimin se atentou a ele. — Os olhos perdidos, o pensamento longe. Ontem mesmo, eu disse que ia trazer uma girafa para o quarto e sua resposta foi “Okay, hyung”. Então não me diga que está tudo normal.

Jimin corou por um instante, olhando para seus dedos na barra do lençol, e mordiscou a boca nervosamente.

Ah, era aquilo.

Tinha uma coisa rondando seus pensamentos.

Ele tinha mais ou menos sua altura, cabelos descoloridos e um sorriso fofo. Seus olhos pequenos se perdiam na face pálida e de bochechas fartas, e o nariz mais parecia um botão, redondinho e pequeno.

Jimin o tinha visto pela primeira vez na lanchonete do bloco C.

Vestindo jeans rasgado e uma jaqueta bomber preta e branca, com flores estampadas nas costas e uma camisa branca por dentro.

Depois das Flores [YoonMin]Onde histórias criam vida. Descubra agora