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Boa leitura 💜


Corria feito louco até a floresta, sentia que havia pessoas atrás de mim, já estava ficando com falta de ar, tropeçava em todo canto enquanto tentava achar quem eu estava á procura.

— Droga, cadê você? — sussurrava baixinho olhando para os lados.

— Eu vou te achar lorinho, não adianta correr. — a voz ecoava por toda a floresta, o vento corria pelas árvores fazendo balançar a ponto de quase sair do lugar.

Corri o mais rápido que pude, sendo alcançado por algo, ou melhor, alguém. Fui lançado ao chão com a maior brutalidade, enquanto me debatia fui socado várias vezes no rosto.

— Não toque na minha criança, ou eu acabo com você. — uma bela voz surgiu do meio das árvores, estava tudo embaçado e turvo, não era possível ver quem era, mas eu tinha certeza que era ela. — Levante-se, venha até mim.

O ser que estava por cima de mim obedeceu a voz sem pensar duas vezes, levantou e caiu de joelhos de frente à dona da bela voz.

— Eu te condeno, perderá a sua vida por tocar em um dos meus, nunca, jamais, ouse tocar no meu filho novamente. — No final da sua fala, a cabeça da criatura foi arrancada com um simples estalar de dedos.

— Que caralho era aquilo? Como você fez isso? — perguntei assustado — Eu achei que tinha te perdido. — sussurrei com os olhos ainda turvos.

— Você sabe que uma boa alma nunca morre, só muda de universo. — se aproximou e apoiou os seus curtos dedos em meus ombros — Levante-se meu bem, abrace a mamãe. — pediu de braços abertos.

— Isso é uma droga, não encosta em mim, me disseram que você estava morta! — gritei afastando as mãos da mais velha dos meus ombros — Não tem graça, você me abandonou, não é legal, entendeu?

— Minha vida, eu estou morta, isso é um sonho, meio que uma visão do segundo mundo. — respondeu calma e alegre — E aquilo, — apontou para a poça de sangue preto no chão — É um demônio do segundo mundo, tenho uma coisa pra te alertar.

— Ainda estou chateado, mas o que é? — perguntei desanimado — Um demônio vai vim cheirar o meu cangote?

— Você tem o senso de humor do seu avô, é péssimo. — sorriu forçado — Seu pai precisa morrer. — a mais velha falou séria.

— Por qual motivo o corno manso precisa morrer? Ninguém morre de graça. — finalmente levantei do chão, sentindo a minha bunda doer — Jeon me paga, filho da puta, me arregaçou. — sussurrei limpando minha calça.

— Ele está envolvido em muitas encrencas.

— Tá, e qual a novidade? Ele sempre esteve, eu ainda tô meio sem entender, por quê você está no meu sonho? Mãe isso é esquisito.

— Cala a boca menino, senhor, parece um papagaio. — reclamou me dando um tapa na testa.

— Menos o da vovó, ele é mudo. — respondi pensativo.

— Pobre coitado, tem que ouvir calado. — lamentou pelo papagaio mudo.

— Eu tinho tanta coisa pra te contar! — parei de enrolar e abracei minha mãe com toda minha força — Eu estava com tanta saudade.

— Eu também estava com saudades. — caminhamos até um canto. Um rio de água cristalina enfeitava o ambiente — Seu pai realmente precisa morrer. Ele vai tentar matar você, ele acha que se o Jeon saber que você está morto, vai deixar poupar a vida dele pelo luto.

— Primeiro, como você sabe do Jeon? Segundo, o Jungkook me prometeu que não iria matar ele, mesmo que ele mereça. — andava de um lado para o outro impaciente — Papai vai mandar me matar? — perguntei curioso.

A APOSTA  || Jikook Where stories live. Discover now