The Battle

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Quando a garota entrou no apartamento, foi logo surpreendida pela voz de Klaus.

- Só pode ser brincadeira. - A voz vinha da sala, onde ele mexia no computador.

- O que aconteceu? - Disse deixando sua bolsa em uma cadeira e indo em sua direção.

- Só olha. - Mostrou um vídeo para Marinette.

O vídeo mostrava uma luz roxa brilhando nas janelas de Lila. Pouco depois, uma borboleta roxa saindo do ambiente. Eles conseguiram encontrar o novo Hawk Moth.

- Eu vou falar com o resto da equipe, vamos acabar com essa palhaçada amanhã! - Foi em direção a sua bolsa.

Os heróis possuíam espécies de Walk Talks, para facilitar a comunicação entre o grupo. Com a utilização dos aparelhos, poderiam conversar sem estarem transformados e sem passar o número de telefone, que poderia colocar as identidades em risco. Todos possuíam telefones com dois chips, porém um era utilizado no trabalho e outro como contato pessoal. Não valia a pena obter outro aparelho celular.

- Você não vai participar dessa batalha. - Se levantou rapidamente, indo até ela.

- Por quê? - Perguntou com o dispositivo em sua mão, pronta para "mandar a mensagem".

- Você está cada vez mais fraca, novos sintomas estão reaparecendo a cada dia... - Deu um suspiro. - Você tem ideia do que me aconteceria se você morresse lá? Anos de culpa, uma culpa paralisante e egoísta. - Fez uma pequena pausa. - Sem contar no ressentimento que eu sentiria quando fosse forçado a arranjar outro amigo de copo. - Ela riu da fala e ele voltou a seriedade. - Você é minha melhor amiga e se alguma coisa acontecesse com você, eu perderia minha cabeça.

- É só não perder a cabeça. - Riu sem humor.

- Isso é muito perigoso, Marinette.

- Levantar da cama é perigoso hoje em dia, mas precisamos viver. - Deu uma longa pausa, antes de desviar um pouco o assunto. - Cada segundo está sendo pior que o anterior. Minha morte é inevitável, por mais que não queiramos aceitar. - Klaus possuía uma lágrima se formando no canto de seu olho direito.

- Então me prometa uma coisa. Não abra a boca. - Fez uma referência a conversa da madrugada.

- Eu prometo, se você prometer não utilizar o poder absoluto para me trazer de volta. - Outro grande medo que ela tinha. Utilizar tal poder, traria consequências, com certeza não seriam boas.

- Tudo bem... - Se deu por vencido. Também tinha medo do que o ato poderia trazer para a vida dele. - Mais uma coisa... Mais um milagre para mim... Não. Esteja. Morta. - Estava pedindo para ela não morrer no dia da batalha, queria que ela ficasse viva o máximo possível e sem contar o fato de querer celebrar a vitória da derrota de Hawk Moth so seu lado.

Marinette sorriu como resposta e depois falou a mensagem no Walk Talk, enviando para todos os portadores de miraculous fixos.
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Já estava no momento de irem para a batalha. A dupla estava transformada e pronta para sair. Marinette havia feito a fusão com o miraculous do cavalo, para atravessarem um portal. Um segundo antes de abrir o tal portal, ela decidiu fazer uma pergunta a Ryuko.

- Se essa fosse a última vez que me visse, o que diria?

- Essa não vai ser a última vez que nos veremos... - Foi um pouco confiante. Ela havia o prometido não abrir a boca, não permitir a entrada de água, não naquele dia.

- Eu diria obrigada.

- Por favor, não faça isso. Você não vai morrer.

- Eu diria que te amo.

- Não diga isso. - Estava começando a entender o que a mestiça queria fazer.

- Eu sempre vou. - Quase em um sussurro.

- Por favor, não faça isso, por favor. Eu te amo. Você não vai morrer hoje, nem essa semana. - Estava triste, a melhor amiga já estava praticamente se despedindo dele. - Você me prometeu isso ontem.
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- Oi, aqui é a Marinette. Deixe um recado. - A ligação de Bridgette para sua irmã estava caindo na caixa postal.

- Marinette, me ligue, por favor. Por favor. - Estava chorando. Estava tentando contato com a irmã, que não foi encontrada em casa e estava preocupada, por conta de sua doença. - Preciso que saiba que eu entendo. Eu sei como deve ser difícil continuar lutando. Se você quer ir, eu preciso que saiba que está tudo bem. Está tudo bem... Eu... Eu entendo. Não se esqueça que eu te amo.
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Lila havia sido encontrada, não em sua casa, na Torre Eifell. Ladybug, Chat Noir, Ryuko, Carapace, Rena Rouge, Viperion e Queen Bee estavam lá.

- Vamos esclarecer uma coisa: Você nunca terá isso - Abriu os braços, mostrando seus aliados. - Lealdade. Você não pode comprá-la, você não pode possuí-la, você não pode forçá-la, se trata apenas de amor e respeito para as pessoas que acreditam em você. - Era verdade, lealdade não é uma coisa que pode se comprar ou forçar. Ladybug e sua equipe possuía confiança e lealdade de sobra. Lila não tinha nada disso e nunca teria.

Durante a batalha, a de cabelos azuis teve que falar sobre o seu plano, porém teve muita dificuldade de fala. Klaus quase ficou doido, se lembrando que esse era outro dos sintomas da ELA. Pediu para a joaninha fazer gestos para explicar o plano e repassou para o restante da equipe.

Embaixo da torre, cidadãos de Paris e repórteres observavam toda a luta. Os funcionários da TV filmavam tudo, mostrando a luta para quem não estava por perto. Félix e Gabriel assistiam tudo de sua casa, junto com Nathalie. Bridgette e seus pais estavam na padaria, assistindo toda a batalha.

Não foi muito longa, levando em conta a inteligência e eficácia da equipe. No momento após terem feito o zerou, Marinette se sentiu fraca e caiu no chão. Niklaus correu até ela.

- Eu acho que eu acabei abrindo a boca. - Sorriu.

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