por todos os tons de laranja | niziam

v.36

- Uau, como eu não pensei nisso? Você é realmente um gênio - Liam cruzou os braços.

- Não seja irônico, querido.

- Não seja estúpido, querido.

- Você realmente quer começar uma discussão agora? - Zayn parecia irritado. Mas arrumar uma briga era sua fuga para situações que ele não conseguia resolver de imediato.

- Não - Liam respondeu, temporariamente domado.

- Então não me chame de estúpido outra vez - Zayn voltou a se virar para Niall.

- Então não aja como um, outra vez - Liam respondeu.

- O que deu em você? O Liam que eu conheço não costuma agir como se fosse mais inteligente que os outros - Zayn tornou a se virar para ele.

- Mas eu não estou, é você que está todo irritadinho - Liam se virou para ele também.

- Você é um idiota, Liam.

- Eu?

- Não, eu - Zayn debochou.

- Babaca.

- Esnobe.

- Que merda vocês estão fazendo? - Niall falou abruptamente, interrompendo qualquer coisa que estivesse acontecendo ali.

Zayn e Liam se viraram para ele no mesmo momento, com os olhos curiosos do que tinha acabado de acontecer.

Niall estava praticamente encostando os pés no chão, se apoiando de forma desajeitada sobre o braço, enquanto, com a outra mão, tentava arrumar os fios de seu cabelo que insistiam em cair novamente sobre sua face.

Ele parecia um sopro de vento.

Talvez o primeiro canto de um pássaro depois de um inverno árduo.

- Você... - Liam começou, procurando desesperadamente auxílio de Zayn para continuar a frase.

- Você está bem? - Zayn perguntou, intercalando o olhar de Liam para Niall.

- Sim? - Niall os olhou de forma estranha - Por qual motivo vocês estão parados dessa forma estranha? Eu até ficaria com medo se não os conhecesse.

- Liam - Zayn empurrou o parceiro, jogando a responsabilidade por cima dele.

- Nós... eu... Zayn... ele.

Niall riu.

Talvez no meio daquela confusão estranha Zayn não tenha percebido de início, mas não foi difícil encontrar o que Niall tentava esconder sobre os braços e, agora, a camiseta esticada sobre suas coxas.

Uma lâmpada se ascendeu em sua mente e ele sorriu daquela forma felina que a tempos não fazia.

- Você está machucado? Por que seus braços estão assim?

Niall imediatamente corou.

- Você está machucado? - Liam questionou com urgência, obviamente não percebendo exatamente a situação.

- Eu odeio você, vocês - Liam continuou sem enteder - Saiam daqui - Niall tentou se esconder sobre os lençóis que tinha chutado anteriormente.

- Ah, não tenha vergonha de nós, mostre-me o que esconde - Zayn se inclinou para frente.

Niall, que tinha se empurrado para trás na cama, juntou os joelhos mas permanceu com os pés separados enquanto suas costas estavam levemente inclinadas sobre o colchão, os lábios estavam vermelhos da mesma forma como estavam enquanto dormia, agora suas bochechas combinavam com o mesmo tom vermelho.

Zayn se inclinou e tocou o tornozelo de Niall, subindo perigosamente sobre sua panturrilha.

Liam parecia, finalmente, ter entendido o que acontecia ali, e agradeceu pela oblíqua luz que cobria o tom de vermelho que surgiu nas próprias bochechas devido a própria lentidão.

- Não vai ser tímido, vai? Não agora... - Zayn ronronou enquanto contornava a coxa nua de Niall.

- Eu preciso... preciso de um banho - Niall sussurrou em meio a um suspiro de pura excitação.

- Então vá, e quando voltar estaremos aqui, se ainda nos quiser - Zayn se inclinou mais, subindo no colchão, para poder sussurrar no ouvido de Niall - Podemos chutar a bunda lerda de Liam para fora, se assim desejar.

Niall soltou um riso contido enquanto deixava o próprio corpo deslizar para fora do colchão do quarto de Zayn.

- Ele vai mesmo tomar banho? - Liam questionou, novamente perdido.

- Meu querido guerreiro, cale a boca e se sente aqui - Zayn deu leves tapinhas ao seu lado na cama enquanto Niall, ainda rindo, corria para o banheiro.

°

Quando Niall voltou, Zayn e Liam permaneciam lá para a sua imensa felicidade, talvez levemente entediados se ele pudesse julgar pela forma como Zayn se sentava no colchão, mas Zayn sempre se sentava daquela forma então não havia muito o que julgar.

Porém ele soube, quase imediatamente,  que não precisava ter vergonha do que seu corpo implorava a dias.