•segundo capítulo•

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Vamos explicar essa história melhor, vamos voltar para quando eu era do sexto ano.

Lá estava eu pequeno apanhado de um grupo de cinco garotos da minha sala ou um ano a cima. Eu nunca entendi o porque eles faziam isso comigo, sempre tratei todos bem, nunca maltaratei alguém mas eles sempre estavam lá, todos os dias para encherem o meu saco.

-Isso é pra você aprender a ser um menino.- Um deles falava enquanto me chutava.

Eu nem conseguia pensar em algo para responder pra eles com a dor que eu estava sentindo, era absurda, em todos os lugares e até em lugares que eu nem sabia que se era possível sentir dor, eu não conseguia raciocinar direito.

-Saiam dai, deixem ele em paz.

Um menino na qual eu não reconhecia a voz falava gritando com os outros meninos da roda.

Todos viraram em direção ao tal menino.

-E porque eu faria isso?- Um dos meninos que me batia falou.

-Porque eu estou mandando, mexam com alguém do tamanho de vocês.- O menino falava vindo em direção à roda que tinha em volta de mim.

-Ui, que medo...- Antes que um dos meninos terminasse de falar um soco foi de encontro ao seu rosto.

-Se não isso acontece.

Os meninos começaram a brigar, socos e chutes sendo proferidos entre os dois. Depois de um tempo o menino que me batia se separou das mãos do outro menino. A situação dos dois estava feia também mas nem tanto quanto a minha, o nariz dos dois estavam sangrando, a mão de um roxo e a do outro vermelha e machucada, o que me defendia com um corte no lábio que estava sangrando, o que me batia com um roxo no olho parecido com o que eu tinha no meu olho.

-Vamos embora, deixa esses dois ai.- O menino que havia me batido dizia indo embora do local em que estávamos.

Depois que todos foram embora o menino que me defendeu esticou a mão em minha direção.

-Harry, meu nome é Harry.- Ele falou enquanto eu me levantava.

Quase cai mas eu apoiei o braço em volta do ombro do Harry e ele apoiou uma das mãos me minha cintura me segurando.

-Louis, obrigado.

-Está doendo muito?- Harry falou tocando delicadamente com a mão proxima ao meu olho.

-Aí, sim, está doendo um pouco.- Provavelmente eu estava roxo e machucado por inteiro.

-Vamos, eu te levo até a enfermaria.

-Ei Harry, olha aqui por favor.- Falei chamando sua atenção pra mim.- Sua boca está sangrando.- Eu falei passando a mão em cima do corte com cuidado para tirar o sangue que se acumulava ali.

-Não tem problema, depois eu cuido disso, vamos cuidar de você primeiro.

Fomos até a enfermaria, nada tinha sido muito sério, tirando um braço quebrado que eu tive que colocar gesso. Harry tinha ficado me esperando ao lado de fora da enfermaria, assim que ele viu o meu braço engessado pediu para desenhar nele.

Harry insistiu em me levar para casa e assim foi. Descobrimos que ele morava a algumas quadras apenas da minha casa. Esse foi o primeiro dia em que Harry viu minha mãe, ela primeiro teve um choque ao me ver todo roxo e com o braço engessado mas depois que o Harry contou a história toda ela entendeu e agradeceu e falou o quão bravo ele tinha sido.

*

Depois desse dia eu e o Harry nós tornamos carne e unha literalmente, ele me disse que tinha acabado de se mudar para a cidade e tinha se mudado para a mesma escola que eu.

Always "friends" ?(Larry stylinson)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora