CHAPTER TWELVE - MAYBE I LIKE YOU

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   —CAPÍTULO DOZE—
Talvez eu goste de você

    — APOSTO QUE papai vai dormir feliz esta noite.

   Draco Malfoy empacou na entrada do corujal. Lentamente, analisou o sorriso debochado delineando os lábios da garota, as sardas mais evidentes devido a palidez da pele, os flocos de neve caídos de forma graciosa entre as madeixas ruivas e os olhos que remetiam ao dia incrível de verão que brilhavam com diversão. Odiava admitir, mas Hope Dumbledore era uma das garotas mais bonitas que já conhecerá.

— "Potter deve estar agora mesmo chorando em seu quarto, papai! Irei ganhar uma nova capa de inverno por ter feito um trabalho tão esplêndido?" — em uma atuação impressionante dos gestos de Malfoy, as íris azul esverdeadas brilharam em sarcasmo.

— Me seguiu até aqui para terminar o que seus amigos não conseguiram, Riddle?

   O sorriso orgulhoso repuxou os lábios pálidos de Malfoy ao ver o corpo da garoto se retesar. Hope tentará não pensar muito no assunto durante o verão. Mas sabia que Riddle lhe pertencia muito que o sobrenome do diretor da escola.

— Ah, que isso! E dar de bandeja um motivo para Umbridge lhe deixar depressivo por sentir falta de uma presença tão impactante como a minha?— estalou a língua, movendo-se para o lado. — Está subestimando minha inteligência, Malfoy.

   Draco expirou, uma nuvem condensando-se diante de seu nariz. Seguiu a passos lentos em direção aos jardins do castelo, tendo uma presença tão tempestuosa quanto o mar em seu encalço.

—  Não consegue parar de ser tão insuportável nem por um minuto e parar de se intrometer na minha vida?! — esbravejou ele, virando para a ruiva que precisou parar para não cair em cima do sonserino.

—E você não consegue, sei lá, deixar de ser um babaca que ataca as pessoas para se sentir melhor? — Hope retrucou, arqueando a sobrancelha.— Eu até sinto alguma simpatia por você, Malfoy, mas não pense nem por um segundo que vou admitir que você continue insultando a Sra.Weasley como fez mais cedo. Eu gosto dela e isso já é o suficiente para te transfomar em uma doninha novamente se continuar a usá-la para atingir Rony ou qualquer um dos Weasley. Ou até mesmo algo, porque como você mesmo disse, eu sou uma Riddle e não a nada, nada, que eu não possa ter ou fazer.

   Um sorriso preguiçoso espalhou-se por seus lábios ao vê-lo estremecer diante de sua ameaça. Draco Malfoy havia, finalmente, percebido que a garota diante dele não era mais Hope Dumbledore. Não. Desde o último verão, embora não ousasse admitir em voz alta, Hope sabia. Sabia que a magia das trevas que se mantinha sobre o sobrenome Riddle estava estampada em seus olhos quando a deixava vir a tona.

   E não se importava nenhum um pouco que Draco visse aquela tempestade de fúria e poder que espreitava em seus olhos. Não, não se importava porque queria que ele a temesse.

— Se quiser, posso te ensinar a ter modos — Seu sorriso se tornou mais largo. — Mas tem que me prometer que vai ser comportar como um bom menino e me obedecer sem hesitar.

   Ódio fervilhou por Draco ao entender a insinuação na frase. Ele levou a mão a varinha, mas hesitou ao ver a diversão brilhar ainda mais forte nos olhos da garota. Hope sabia como jogar com as pessoas como ninguém. Malfoy se deixou pensar por um minuto em como o nome de Hope poderia se tornar grandioso caso pertencesse a Sonserina.

— Estou falando sério, Draco — Sua expressão se tornou séria, mas o sorriso encantador permaneceu.— Se estiver interessado em companhia para... não sei — deu um leve encolher de ombros, as bochechas adquirindo um tom rosado. —, dar uma caminhada pelo luar ou lançar ovo nos clientes do Cabeça de Javali, saiba que estou a disposição.

   Malfoy piscou. Ela o estava chamando para sair? Hope Dumbledore, a quase namorada de Harry Potter, estava o chamando para sair?
  
   A garota abafou uma risadinha ao ver sua expressão. Sem dizer mais nenhuma palavra, ela depositou um beijo em sua bochecha e seguiu escadaria abaixo, o deixando para trás com apenas a surpresa como companhia.

𓅂

  Estava feito. Havia jogado a isca. Agora restava apenas esperar para ver se Draco seria burro o suficiente para agarrá-la.

   Hope odiava ter que recorrer a carência do garoto para se aproximar dele, mas precisava fazê-lo se queria encontrar Voldemort.
 
   A guerra estava a passo de acontecer e ela precisava proteger sua família. Custe o que custasse.

  Algo em seu bolso queimou como brasa. Hope suspirou, recolhendo o galeão e analisando a data e o horário impresso no mesmo. Precisaria ter que fingir ser responsável e bancar a professora para um bando de adolescentes por duas horas inteiras em plena sexta-feira.

  Não que não gostasse de ensinar aos outros como se defender ou eliminar uma ameaça iminente, mas odiava as expectativas que todos colocavam sobre ela. Não se sentia nenhum pouco confortável em fingir ser tão perfeita quanto todos acreditavam que era.

  Hope não queria, mas não pôde evitar a imagem de Cedrico que invadiu em sua mente. Havia perdido a conta de quantas vezes ouvira Diggory lhe dizer que ela era a garota mais incrível que já conhecerá, do quanto ela significava para ela. Um aperto doloroso e cruel envolveu aquela coisa que batia sem parar em seu peito. Cedrico gostava mesmo dela... e Hope nunca pôde, nunca conseguiu, retribuir o sentimento na mesma intensidade.

— Aí está você! — Forçando-se a engolir o nó que se formara em sua garganta, ela levantou o olhar. Um sorriso involuntário preencheu seus lábios ao ver Harry caminhar em sua direção.

— Oi — disse, obrigando seus olhos a transmitir a mesma alegria que seu sorriso estampava. Potter a encarou por alguns segundos, desconfiado. Hope apressou-se em dizer: — Onde estava? Não vejo você e nem os outros desde o jogo.

—Fomos visitar Hagrid! — Harry sorriu, embora seus olhos ainda procurassem se manter fixos nos da garota. — Ele voltou agora pouco.

— E como foi com os gigantes? — Hope guardou o galeão novamente e agarrou a mão fria de Potter, entrelaçando seus dedos.

— Nada bem — respondeu ele, tentando acompanhar os passos dela.— Disse que houve uma confusão, cabeças foram arrancadas, a estratégia de Dumbledore não funcionou nenhum pouco depois que outro chefe assumiu a posição e...

— E? — ela questionou ao vê-lo hesitar.

— Comensais da morte. — em um único fôlego, seus passos pararam de ecoar. Hope virou-se para Harry no segundo seguinte.— Os gigantes resolveram se aliar a Voldemort.

  Aquilo não era nada bom.

— Tem certeza? Talvez Hagrid...

— Ele os viu lá. — Hope suspirou. — Não se preocupe. Tenho certeza que Dumbledore tem um plano.

   Hope forçou um sorriso, assentindo.

— É claro que ele tem. — apertou a mão do garoto e tornou a caminhar.— Ele sempre tem.

   E ela também.




















Oi:)

seguinte: desculpa ficar sumida por UM ANO, sei que foi mancada, mas perdi total a vontade escrever e minha cabeça só pensa enem 24h por dia.

MAS, como eu não sei se vou conseguir terminar essa fic, tentei começar a escrever outra e já tenho quase o livro 1 completo. Tentei aproximar a personalidade da personagem principal o mais próximo possível da Hope e, assim que postar ela, aviso aqui.

É isso, beijo, amo vcs!!

(talvez semana que vem tenha capítulo novo aqui)

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⏰ Last updated: Jun 24, 2022 ⏰

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𝐌𝐄𝐓𝐀𝐌𝐎𝐑𝐏𝐇𝐎𝐒𝐈𝐒 ↯ harry potter [2]Where stories live. Discover now