acabou.

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O silêncio era absoluto

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O silêncio era absoluto. Ela pensava e repensava em qual reposta daria, e se, a resposta seria convincente o suficiente para amenizar as coisas. O olhar severo que ele lançava para ela, fez seu estômago revirar, e as mãos suarem em nervosismo. Não tinha certeza da resposta, e sabia que se dissesse “não sei”, Justin não ficaria contente, iria questiona-la e colocá-la contra a parede — não da maneira que ela gosta —, até que a mesma berrasse “sim” aos choros, dando uma resposta sobre pressão, por outro lado a possibilidade de vim um não era cogitada, mas descartou ao perceber que toda a demora para responder, era porque gostava do Bieber, só tinha medo do que ele diria quando ela dissesse isso.

— Lembra do que eu disse no começo? — começou, antes que ela lhe desse a resposta. Ela se quer se lembrava o que comeu no almoço, não tinha uma memória muito boa, mas quando se tratava de Justin, Stacy se lembrava até da última vez que ele espirrou, quando e onde foi, era assustador. Ela sabia que Bieber se referia a sua aversão a relacionamentos, mas não disse nada esperando que ele desse continuidade ao assunto. — Eu deixei claro que odiava relacionamentos, e que nunca estaria em um. — continuo, ainda convicto da certeza de que nunca iria se envolver amorosamente com outra pessoa. A loira acertou em cheio quando ele perguntou se ela se lembrara ou não do que ele disse no início dessa relação estranha que tinham, sabia que ele iria novamente citar que relacionamentos não foram feitos para ele.  Naquele instante ela havia desistido de dizer “Eu gosto de você” e apenas esperou que ele fizesse seu discurso de ódio a relações amorosas. — Eu disse a você que não deveria ter sentimentos por mim. — repetiu, como se naquela altura, tudo que a loira sentisse fosse ser apagado após aquela frase. Não tinha como controlar, o coração é quem escolhe e não a gente, tudo começou de maneira errada, ela entrou na relação completamente apaixonada, mas só percebeu isso agora. — Honestamente, eu gosto do que temos. Quero manter as coisas como estão, mas se você estiver apaixonada por mim, teremos que por um fim nisso, pois eu não posso corresponder as suas expectativas. — O bolo se formou na garganta da loira que engoliu seco, não só a saliva, mas também seus sentimentos. Perde-lo não era uma alternativa, passaria por cima de qualquer sentimento para mantê-lo por perto, seu lado masoquista-emocional gritava, ela não diria a verdade, não deixaria ele ir embora a troco de uma declaração amorosa que não a levaria a lugar algum.  — Será melhor acabar tudo, e você pode encontrar outra pessoa. Estamos esclarecendo nossa relação agora, então seja sincera.— virou-se para ela, encarando as orbes azuis com lágrimas acumuladas no canto dos olhos. Ora, não podia ser tão egoísta consigo mesma, seu peito doía pensando na possibilidade de reprimir tudo que sente, não podia ser covarde e deixar que usasse seu corpo por prazer e conteúdo, seus sentimentos também importavam, a relação já não era mais saudável, não quando as atitudes dele a faziam sofrer, mas como dizer isso a ele? Como explicar que está apaixonada e que não consegue abrir mão dele? Como conhecê-lo de que juntos são melhor?

— E-eu...

Ela era uma covarde, riu de si mesma ao constatar aquilo. Tornou-se dependente dele e agora não conseguia ir embora porque se encontrava envolvida demais. Se dissesse a verdade, ele iria embora, e sofreria com isso. Se mentisse, ela ainda o teria, sabendo que ele nunca seria inteiramente seu, e sofreria por isso. Em ambas escolhas, o resultado era inevitável, ela sempre sofreria com ou sem ele, e seguindo nessa linha de raciocínio se deu conta de que sofrer, e ainda tê-lo consigo era melhor que nada.

Bj Jay | Hiatus Where stories live. Discover now