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"E então, o que há de tão especial neste campo de golfe?" Louis pergunta-se enquanto Harry percorre um caminho no carro de golfe. Louis não quer especialmente trazer à tona o seu recente encontro com Niall.

"Vais ver". Harry responde sem rodeios, não desviando o olhar do trilho que o espera. Louis afasta-se. Ele não quer que Harry fique triste ou distante este tempo todo, só por causa do seu estúpido ex. Harry parece já ter perdido o alívio que tinha guardado no rosto momentos antes.

"Louis?" Harry diz após um minuto, sacudindo Louis de um transe em que ele não sabia que tinha estado.

"Hmm?".

"Niall; ele disse que ainda me ama".

"Harry?". Louis responde com força, chicoteando a sua cabeça para olhar para o rapaz alto.

"Mas ele disse-o. Só estou a dizer, ele disse-o. Não significa que ainda o amo". Harry resmunga.

"Mas, tem a certeza de que não tem?" pergunta Louis, não levando a sério os seus olhos para o perfil lateral de Harry.

"Sim. Eu não amo Niall Horan"! Harry gritaIsto parece ser prova suficiente para Louis, por isso ele sorri para si próprio e quase cai do carrinho quando Harry faz uma curva acentuada à direita.

"Jesus foda-se, Harold!" Louis grita, agarrado ao poste que segura o tejadilho da carroça

"Quase me atiraste para fora!"

"Desculpa, esqueci-me para onde virar; depois lembrei-me". Harry responde timidamente, talvez sorrindo porque acha que o Louis é um pouco fofo. Harry conduz por mais alguns minutos até a estrada ficar notavelmente mais inclinada, para cima, fazendo-o encostar.

"Então, acho que estamos a andar, agora". Harry diz a Louis, pegando-lhe na mão e conduzindo-o pelo trilho.

"O que há aqui em cima?" Louis pergunta depois de terem caminhado um minuto ou dois.

"Bem, é um campo de golfe, e nos campos de golfe têm uma tonelada de lagos e colinas feitos pelo homem, certo?"

"Uh, sim."

"E eles precisam de um lugar de onde obter terra, sim?"

"Não vejo onde quer chegar com isto. Podes simplesmente dizer-me, Harry?" pergunta Louis, irritado.

"Muito bem, está bem. Encontrei uma cascata aqui atrás, é fixe". Harry explica.

Louis sorri, já não está aborrecido. Ele nunca esteve realmente, apenas pensou que se agisse como se estivesse, Harry lhe diria mais depressa.

À medida que os rapazes sobem a colina inclinada, não é invulgar que Louis não sinta os seus músculos das pernas a doerem da subida. Na verdade, seria invulgar se ele o fizesse.

Em pouco tempo, Louis ouve o rugido da água nos seus ouvidos, vinda da cascata próxima. Eventualmente, chegam ao topo, e a cascata está à vista de todos. Louis olha para ela com um desejo de sentir a água fria na sua pele, mas, infelizmente, não consegue sentir a temperatura. Harry (sendo o merdinhas foleiro que é) tem uma pequena mesa portátil montada - sabe, uma com as pernas dobráveis - bem longe da queda de água, com uma toalha de mesa em cima. E, além disso, há um saco de sanduíches que parecem muito... feitos à mão.

"São, uh, sanduíches de manteiga de amendoim-banana" Harry mexe os polegares. "Desculpe, nunca te perguntei se gostavas desse tipo".

"Eu gosto, não te preocupes com isso". Louis planta um beijo na bochecha de Harry, na esperança de acalmar os seus nervos subitamente descobertos. Louis acha muito giro que Harry os tenha feito sanduíches.

Harry pisca algumas vezes antes de se recompor e puxar o lugar de Louis para ele. Louis sorri, dando um belo tapa no rabo de Harry enquanto ele se senta na sua cadeira. Harry cora, mas depois decide brincar, verificando visivelmente Louis enquanto morde o seu lábio.


Em breve, Louis irrompe em gargalhadas, porque o Harry a olhar para ele com tanta franqueza é tão desprovido de carácter. Harry junta-se a Louis no riso. Ficam sem fôlego num minuto, as suas bochechas ficam vermelhas e cada um deles deixa sair pequenas baforadas de ar. Quando fazem contacto visual um com o outro, as gargalhadas começam de novo.

"Nem sequer é assim tão engraçado!" Harry diz, enquanto ri.

"É mais ou menos". Louis sorri para Harry, e gradualmente acalma-se de todas as gargalhadas. 

"Tanto faz". Harry pousa, dando uma dentada no seu sanduíche. Louis segue o exemplo.

"Quanto tempo estiveram estes sanduíches sentados aqui fora?" Louis pergunta depois de ter engolido a sua última mordidela. (Porque, a maioria das pessoas sabe que é rude falar com a boca cheia, e Louis detestaria sair tão rude com Harry).

"Preparei tudo isto mesmo antes de sair para te apanhar". Harry responde, esperando que isso não enoje Louis.

Felizmente, não enojou, por isso Louis apenas sorri e acena com a cabeça.

"Então", começa Harry. "Eu queria trazer-te aqui porque, bem, não sei se muitas outras pessoas sabem disso? Quer dizer, claro, os donos do campo de golfe e outras coisas, mas não é exactamente fácil chegar aqui"... Harry diz isso como se estivesse a sugerir algo estúpido.

"Este pode ser o nosso lugar". Louis continua com a ideia de Harry. "É realmente agradável", sorri Louis. "um pensamento simpático".

"Está bem, pensei que podia parecer estúpido". Harry murmura, só que alto o suficiente para que Louis mal consiga sair

"Nunca penses que és burro, ou qualquer coisa que digas soará burro, porque seja o que for, não me vou rir, se for sério", responde Louis. "Claro que se for uma das suas piadas eu rir-me-ei".

"Oooh, queres ouvir uma?" Harry sorri, os seus olhos cintilam.

"Claro." Louis enrola os olhos ao mínimo, antes de olhar para Harry com expectativa.

"Qual é a diferença entre uma guitarra e um peixe?" Harry diz tonto.

"Não sei. Qual é a diferença entre uma guitarra e um peixe?"

"Não se pode pescar atum".

sem dor - larry stylinson.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora